Governo quer diminuir desigualdades salariais entre professores
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse hoje, em Chaves, que o Governo quer diminuir a desigualdade entre os salários que os professores portugueses recebem no início e no topo da carreira.
Os professores portugueses são dos que menos recebem no início da profissão, entre os docentes dos 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas integram os mais bem pagos quando atingem o topo da carreira.
"Quando se fazem as comparações internacionais da estrutura salarial dos nossos docentes, o que se percebe é que no início de carreira, os professores têm um salário baixo e um topo de carreira têm um salário mais elevado que os professores de outros países do espaço da OCDE", referiu Maria de Lurdes Rodrigues.
Por isso mesmo, o Ministério da Educação quer "reduzir esta desigualdade, aproximando justamente os salários dos professores em início e no topo carreira".
Uma medida que, segundo a governante, se insere na revisão do Estatuto da Carreira Docente que está agora em discussão.
Maria de Lurdes Rodrigues disse ainda que a colocação dos professores por um período de três anos "é um assunto que está completamente arrumado", apesar da contestação dos sindicatos do sector.
"Os sindicatos podem contestar o concurso, mas o que é facto é que a maior parte dos professores considera que as condições de estabilidade é uma mais valia, que penso que vêm ao encontro das expectativas dos professores, das escolas, das famílias e das alunos", frisou.
Considerou ainda que os sindicatos sempre defenderam a estabilização do corpo docente e, por isso, "dizer agora que é preciso voltar aos concursos anuais é completamente fora do tempo".