O CITRI, empresa que está a importar lixo suspeito de Itália, acaba de enviar análises para sustentar a viabilidade do negócio. O relatório já está na Inspeção Geral do Ambiente.
Irão todas para o CITRI, empresa de tratamento de resíduos em Setúbal. Foi ela que fechou negócio com os italianos que ganharam este concurso público para aterrar lixo urbano.
À falta de solução interna, e a braços com uma multa europeia de 120 mil euros por dia, Itália decidiu exportar. E Portugal surgiu como destino fácil, até porque a viagem marítima é mais barata.
Por cá, a agência portuguesa do ambiente, responsável por autorizar e fiscalizar os fluxos migratórios de resíduos, não viu razões para duvidar da remessa italiana.
O Sexta às 9 aprofundou a investigação a este negócio que pode chegar aos 9 milhões de euros e detetou uma teia de influências a pairar sobre a Agência Portuguesa de Ambiente.
Logo para começar, o atual administrador do CITRI e ex-secretário de Estado do Ambiente trabalhou com o presidente da APA no governo de Durão Barroso e teve como adjunto e assessora o actual vice-presidente e a vogal desta entidade pública %u2013 o que significa que Pedro Afonso Paulo tem relações muito próximas com três dos quatro responsáveis máximos desta Agencia que licencia a entrada de lixo em Portugal.