"Inadmissível" resistência à lei do aborto

O primeiro-ministro considerou "inadmissível" a resistência do Governo Regional da Madeira em aplicar em lei do aborto e considerou "ensurdecedor o silêncio" dos líderes do PSD e CDS-PP sobre esta matéria.

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"Esse é um caso sério e considero-o inadmissível", declarou José Sócrates em entrevista à SIC, depois de confrontado com a recusa do Governo Regional da Madeira em aplicar a lei do aborto.

Segundo Sócrates, o Governo Regional da Madeira "vai ter que aplicar a lei, porque é uma lei da República e porque resulta da vontade popular".

"Não admito outro cenário que não seja o de aplicar a lei também na Região Autónoma da Madeira", frisou o chefe do Governo antes de atacar politicamente o presidente do PSD, Marques Mendes, e o líder do CDS-PP, Paulo Portas.

"Tenho assistido a um silêncio ensurdecedor dos líderes da direita. O que tem a dizer o dr. Marques Mendes e o dr. Paulo Portas sobre isto? A lei do aborto será cumprida por todo o território nacional. Não me passa pela cabeça outro cenário", acrescentou.

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