Incêndio no Hospital de São João. PJ já abriu investigação

por RTP
Rui Manuel Farinha - Lusa

Um incêndio no Hospital de São João, ao final da tarde de domingo, provocou um morto e quatro feridos graves. A PJ já confirmou à RTP que os indícios recolhidos apontam para que a origem tenha sido um cigarro acendido por um doente.

Os elementos da PJ que estiveram ontem no Hospital de São João recolheram indícios que apontam para que o incêndio tenha sido provocado por um doente, que sofre de perturbações mentais.

A tese que os investigadores estão a seguir é a de que o doente em causa estava a oxigénio e terá acendido um cigarro, o que provocou uma explosão que matou o doente que estava na cama ao lado.


O doente que terá acendido o cigarro está em estado muito grave.
Naquela enfermaria com três camas estariam apenas estes dois doentes, mas a explosão atingiu a enfermaria vizinha provocando no total quatro feridos graves e cinco feridos (profissionais de saúde) cuja gravidade permanece desconhecida.No final do dia de domingo, elementos da Polícia Judiciária estiveram no local para dar início às primeiras perícias e tentar perceber a origem do incêndio. 

A administração do hospital remeteu para esta segunda-feira mais informações sobre o incêndio.

As chamas, que deflagraram no nono andar do edifício - no serviço de pneumologia -, por volta das 18h00 de domingo, alastraram-se a outros andares do hospital.

Doentes que estavam nas unidades afetadas tiveram de ser transferidos para outras zonas do Hospital de São João.


O incêndio, que foi combatido por 21 operacionais apoiados por sete viaturas, foi dado como extinto duas horas depois.

O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) explicou, em comunicado divulgado ainda no domingo, que o incêndio, de "elevada complexidade", foi dado como extinto às 19h00, "continuando neste momento em manobras de rescaldo".

"As causas do incêndio estão a ser apuradas e será aberto um processo de averiguações interno", acrescentou o comunicado, segundo o qual "o plano de incêndio do hospital e o plano de emergência interno foram prontamente ativados, possibilitando a deslocação dos doentes e dos profissionais, bem como o combate ao incêndio pelas equipas internas e pelas corporações de bombeiros".

De acordo com o mesmo texto, o hospital está a "prestar informação e apoio psicológico às famílias das vítimas e aos profissionais", tendo apresentado "os mais sentidos pêsames à família da vítima mortal".
Presidente da República lamenta incêndio

O Presidente da República falou na noite de domingo com Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, para se inteirar das consequências do incêndio e exprimir solidariedade com todos os afetados e respetivas famílias, mas também com os profissionais daquela unidade de saúde, segundo uma nota publicada no site da Presidência da República.
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