O país está sob alerta máximo por causa dos incêndios, quadro que vai vigorar até ao final de quinta-feira. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
O país está sob alerta máximo por causa dos incêndios, quadro que vai vigorar até ao final de quinta-feira. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.
Pedro Sarmento Costa - Lusa
Nas últimas horas, o vento intenso acabou por fazer com que as chamas cercassem habitações em Ribeira de Fráguas, em Albergaria-a-Velha. "Isto está incontrolável, precisamos de meios humanos", relatou um habitante.
Populares juntaram-se aos bombeiros e militares da GNR para ajudar a combater o incêndio que entrou pela aldeia de Zimão, em Vila Pouca de Aguiar, onde esta noite arderam quatro casas, uma habitada, e foram retirados idosos.
"A situação está complicada, já esteve mais. Houve muitas projeções, projeções de centenas de metros, e as faúlhas propagaram-se e chegaram às casas", afirmou à agência Lusa José Machado, secretário da Junta de Telões.
De Zimão, aldeia invadida pelo fumo e ponteada de chamas, foram retiradas cerca de uma dezena de pessoas mais idosas e, segundo o responsável, arderam "pelo menos quatro casas, uma de primeira habitação".
José Machado disse que o incêndio chegou "muito rapidamente" à pequena aldeia, precisamente por causa das projeções empurradas pelo vento forte e inconstante.
"Estava num outro incêndio na sede de freguesia, em Telões, e consegui ver projeções na ordem das centenas de metros. É praticamente impossível travar e estas são aldeias muito antigas, com armazéns de fenos e forragens de animais e, com a densidade de faúlhas que estava a cair, foi mesmo muito difícil", referiu.
As ruas estreitas dificultaram a passagem dos autotanques dos bombeiros e muitos populares juntaram-se aos operacionais a ajudar a combater as chamas. Uns com baldes, outros com mangueiras.
Marília Santos, da Associação para a Defesa de Animais e Ambiente de Terras de Aguiar (ANIPUR), passou a tarde a percorrer as aldeias próximas dos vários fogos que atingiram o concelho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.
O primeiro alerta foi dado pelas 07:30 em Bornes de Aguiar, depois à tarde foi em Sabroso de Aguiar, Telões e Quintã de Jales (Vreia de Jales).
"Ligaram-me daqui de Zimão quando não havia nem um bombeiro, um senhor que tem montes de animais e a partir daí tem sido um caos. Nós ajudados animais e pessoas, tudo o que precisar nós ajudamos", afirmou, explicando que os voluntários já ajudaram a colocar em segurança, cães, gatos e um burro.
Arlindo Ribeiro, vereador da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, estava também em Zimão e descreveu à Lusa uma noite muito difícil em Vila Pouca de Aguiar.
"Quatro fogos, todos ativos, junto a populações e com poucos meios para todas as ocorrências. É indescritível aquilo que nos está a acontecer. No espaço de 30 minutos o fogo desceu a serra e entrou pela aldeia adentro", contou.
Na aldeia, tanto os autarcas como os militares andaram a bater às portas das casas para assegurar que todos estavam em segurança.
"Foi feito esse trabalho para não deixarmos ninguém para trás", frisou o vereador.
As pessoas retiradas de Zimão e também da aldeia vizinha de Gralheira foram encaminhadas para o Lar Padre Manuel do Couto, onde a presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, disse estar preocupada com a situação hoje vivida no concelho.
A autarca acredita que os vários focos de incêndios verificados tiveram "mão criminosa".
Durante todo o dia Ana Rita Dias pediu mais meios para combater os vários incêndios, referindo que, pelas 23:00, estavam cerca de 200 operacionais nos vários fogos, alguns separados por 15 quilómetros de distância.
"As corporações se estiverem divididas acabam por não ser suficientes para o combate a esta dimensão de fogo que temos", referiu, considerando que a situação no concelho se agravou precisamente devido à falta de meios empenhados no combate inicial.
A autarca disse que será necessário repensar algumas estratégias de combate.
"Sabendo que há meios parados no concelho vizinho e que não são ativados, isso de facto é de lamentar e , por isso, que agora estamos aqui nesta situação a tentar salvar a vida das pessoas e os bens delas", frisou.
No concelho continuam ativos os fogos que deflagraram em Bornes de Aguiar, Telões e Quintã de Jales, estando já resolvido o fogo em Sabroso de Aguiar, onde arderam dois armazéns.
Mais cinco mil operacionais combatiam no final da noite de segunda-feira 131 incêndios ativos em Portugal Continental, sendo o que deflagrou no domingo no concelho de Oliveira de Azeméis aquele que mobiliza mais meios, segundo a Proteção Civil.
De acordo com a informação disponível no portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) às 23:50 de segunda-feira, estavam no terreno a combater os fogos ativos estavam 5.432 operacionais, apoiados por 1.600 veículos.
O incêndio que deflagrou no domingo, às 14:52, na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, era o que, no final da noite de segunda-feira, concentrava mais meios no local, mobilizando 549 operacionais, apoiados por 195 veículos.
Ainda no distrito de Aveiro, em Albergaria-a-Velha, 384 operacionais combatiam os incêndios apoiados por 123 meios terrestres.
Na região de Coimbra, em Torres de Mondego e Carvalhosas estão a combater os fogos 318 operacionais apoiados por 102 veículos. Em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, 300 operacionais estão no terreno com o apoio de 99 meios terrestres.
Ainda em Gondomar, no distrito do Porto, os incêndios estão a ser combatidos por 265 operacionais e 60 veículos. Os meios aéreos durante à noite encerram as suas atividades de combate aos fogos.
As chamas que começaram domingo a norte de Aveiro alastraram hoje pelo distrito e foram responsáveis, direta e indiretamente, por três mortes, casas destruídas e estradas cortadas, um cenário que se repetiu em vários locais do norte e centro.
Na noite de domingo morreu um bombeiro de "doença súbita" quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis e na segunda-feira as autoridades anunciaram mais duas mortes, uma pessoa carbonizada no fogo de Albergaria-a-Velha e uma morte por ataque cardíaco em Sever do Vouga.
Num dos piores dias dos últimos anos em termos de incêndios, as chamas chegaram na segunda-feira, nomeadamente, aos distritos do Porto, em Gondomar, de Braga, em Cabeceiras de Basto, de Viseu, em Penalva do Castelo e Nelas (com seis feridos), e de Castelo Branco, em Louriçal do Campo, assim como em Coimbra.
Mas foi o distrito de Aveiro, com 10 mil hectares já ardidos, o centro dos maiores focos de incêndio, primeiro em Oliveira de Azeméis e depois Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.
Devido aos fogos no distrito estiveram cortadas ao trânsito, ao longo da segunda-feira, as autoestradas A1, A25 e A29, mas também outras vias sofreram cortes, como o IC2 e várias estradas nacionais. Foram ainda cortadas a A1 e a A13 na zona de Coimbra. A circulação ferroviária na linha do Norte também esteve cortada na manhã de segunda-feira. Devido aos incêndios estiveram suspensas ligações rodoviárias de passageiros.
Num balanço feito na noite de segunda-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, nos incêndios do norte e centro do país, dois feridos em estado grave, seis dezenas de evacuações por precaução, e destruição de casas (mais de 20), anexos e armazéns e instalações industriais, em número que não é possível ainda precisar. Há pelo menos 17 vítimas, nas contas da ANEPC.
Com vários incêndios em curso e com previsões meteorológicas muito desfavoráveis ao combate, Portugal pediu ajuda à União Europeia, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, tendo sido anunciado um reforço de meios vindos de Espanha, França, Grécia e Itália, dois aviões de cada país.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos incêndios dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
O autarca de Mangualde diz que a situação neste momento é "bastante preocupante" e que está a ser feito um grande esforço para combater o incêndio que se propaga "de forma muito violenta" pelo concelho.
O Governo criou uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos incêndios dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenado pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, anunciou hoje o primeiro-ministro.
Luís Montenegro falava à comunicação social na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), tendo ao seu lado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, onde também confirmou que o Governo prolongou o estado de alerta até ao final do dia de quinta-feira.
"Do ponto de vista do apoio às populações e às autarquias locais que têm sido atingidas, está criada uma equipa multidisciplinar no Governo, coordenada pelo sr. ministro Adjunto e da Coesão Territorial, que se vai instalar já amanhã [terça-feira] de manhã no concelho de Aveiro", anunciou.
Segundo Montenegro, esta equipa "já está a programar e a agendar reuniões com os autarcas dos municípios mais atingidos" e vai integrar secretários de Estado da Saúde, Educação, Segurança Social, Habitação, Florestas e Administração local.
Questionado se o Ministério da Administração Interna não integrará essa equipa multidisciplinar, o chefe do Governo respondeu que este gabinete "não é operacional".
"O MAI está concentrado e muito bem nas questões operacionais", afirmou, tendo ao seu lado a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
Em Vila Pouca de Aguiar, as chamas não cessam. Três casas arderam na freguesia de Telões, em Zimão, e um membro da Junta de Freguesia falou com a RTP para explicar que o fogo teve início com projeções de outros incêndios.
O incêndio que lavra em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, obrigou ao corte total da Autoestrada 24 (A24), entre São Tomé do Castelo e o nó de Vila Pouca de Aguiar, informou fonte da GNR.
O alerta para este incêndio foi dado às 07:36 e, segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 21:15 estavam mobilizados para o combate 114 operacionais e 33 viaturas.
De acordo com a GNR, às 21:00, mantinham-se cortadas a A1 entre Coimbra norte e Albergaria-a-Velha, devido ao incêndio que lavra em Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha, a A25 entre Angeja e Reigoso (Viseu) e ainda a Estrada Nacional (EN) 16, entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
Cortada estava também a A13, entre Coimbra e nó da A13-1, devido ao incêndio que deflagrou em Ceira, neste distrito, e que provocou igualmente o corte total da EN17 entre Coimbra e São Frutuoso.
O incêndio de Nelas, no distrito de Viseu, provocou o corte da EN 234 entre Canas de Senhorim e Oliveirinha; da EN 231 entre Folhada e Caldas da Felgueira e do Itinerário Complementar (IC) 12 entre Canas de Senhorim e Oliveirinha.
Devido à previsão de risco elevado de incêndio na generalidade do território, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) aumentou o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, para hoje e terça-feira.
O Governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até ao final do dia de quinta-feira, face às previsões meteorológicas, adiantou hoje o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê até quarta-feira um agravamento significativo do perigo de incêndio rural no continente, devido a condições meteorológicas adversas, como vento forte e temperaturas elevadas.
A União Europeia disponibilizou oito aviões para ajudar a combater os incêndios em Portugal. Luís Montenegro e a ministra da Administração Interna acompanharam o combate aos incêndios na sede da Proteção Civil.
Pelo menos duas casas foram destruídas pelas chamas em Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga. O incêndio chegou a mobilizar mais de 190 operacionais. Em Gondomar, seis bombeiros ficaram feridos e um teve que ser transportado para o hospital.
Foto: Paulo Novais - Lusa
A circulação automóvel foi parcialmente cortada em várias estradas e autoestradas em Portugal devido aos incêndios. A A1 está cortada em vários troços perto do incêndio de Albergaria-A-Velha. Antes dos cortes de estradas, alguns automobiistas sentiram o fogo perto dos carros.
O autarca de Sever do Vouga descreveu uma situação complicada e em prejuízos muito avultados, depois de arderem mais de 1700 hectares.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmou a morte de duas pessoas esta segunda-feira: um homem, de doença súbita, durante o incêndio de Sever do Vouga; outro, de 28 anos, que foi apanhado na linha de fogo.
Durante a tarde, um incêndio teve início em Coimbra. Às portas da cidade, o incêndio preocupa. Vários meios pedestres foram reforçados.
O "complexo de incêndios" que integra os três maiores fogos rurais a lavrar hoje entre a Área Metropolitana do Porto e a região de Aveiro atingiu até ao início da noite 10 mil hectares, segundo a Proteção Civil.
Em conferência de imprensa às 20:00, para um ponto de situação, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, indicou que em causa estão os três incêndios que deflagraram entre domingo e hoje nos concelhos de Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Oliveira de Azeméis, atingindo ainda os municípios de Vale de Cambra, Águeda e Aveiro.
Nesta área estavam mobilizados, às 19:30, 1.262 operacionais, apoiados por 437 veículos.
Segundo André Fernandes, neste território, "a área atingida estimada é já de cerca de 30 mil hectares, com potencial estimado de 30 mil hectares que podem arder".
Às 19:30, estavam em curso, no total do continente português, 59 incêndios rurais. Às 20:00, havia 129 ocorrências, entre as mais significativas e de menor dimensão e contabilizando também as que já estavam em resolução.
O comandante nacional recordou que há três mortes a registar nos fogos desde domingo, como tinha já sido anunciado, havendo ainda contabilizados, entre sexta-feira e hoje, dois feridos graves (bombeiros que sofreram queimaduras no fogo de Oliveira de Azeméis), nove feridos ligeiros e seis pessoas assistidas nos locais.
Em diferentes concelhos, pelo menos 60 pessoas foram retiradas de casas e outros espaços, mas na generalidade têm colaborado nas evacuações e, entretanto, "têm voltado". Um hotel e um centro social foram evacuados devido às chamas em Oliveira de Azeméis, estando já novamente em funcionamento.
Ao nível do corte de estradas, havia já ao início da noite "alguma normalização", com a manutenção de cortes nas autoestradas A25, A1 e A13.
Os danos estão ainda a ser apurados, mas as chamas atingiram também, em diferentes municípios, mais de 20 habitações, uma casa de turismo rural, anexos, um armazém, uma exploração pecuária e equipamentos industriais.
Uma frente ativa em Oliveira de Azeméis continua a causar muita preocupação na zona. O vento terá um papel decisivo para o avançar das chamas nas próximas horas.
Um incêndio em Penalva do Castelo teve três frentes ativas. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas. O fogo ameaçou também várias localidades de Sever do Vouga e chegou perto de habitações.
Em Telhadela as chamas continuam a não dar tréguas. O vento traz vários receios para a noite.
O incêndio que lavra há quase um dia em Albergaria-a-Velha continua a não dar tréguas, especialmente na zona de Ribeira de Fráguas. Um habitante da zona disse à RTP que a situação é um verdadeiro "inferno".
Várias casas foram consumidas pelas chamas em Oliveira de Azeméis. Este incêndio é um dos que mais preocupa as autoridades. O fogo fez quatro feridos entre os bombeiros.
O incêndio atingiu todas as freguesias do concelho. Ardeu um supermercado, as escolas estiveram encerradas, linhas de comboio suspensas e em várias aldeias foram as populações que enfrentaram e combateram o fogo. Nestas áreas sentiu-se a falta de meios no terreno.
Em poucos minutos já não havia bombeiros, mãos nem baldes suficientes para acudir a tudo. A ameaça estava em toda a parte. Arderam postes de eletricidade e temeu-se o rebentamento de botijas de gás.
A circulação nas autoestradas A29 e A17 e na Estrada Nacional (EN) 109 já foi retomada depois dos incêndios que hoje lavram no distrito de Aveiro terem obrigado ao seu corte, revelou à Lusa fonte da GNR.
O Comando Territorial da GNR de Aveiro avançou à Lusa que as três vias já estão transitáveis, sem adiantar a hora a que foram reabertas.
Segundo a GNR, permanece cortada a circulação na A1 entre Coimbra norte e Grijó (nó da A41), na A25 entre Angeja e Reigoso (Viseu), e na EN16 entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
Cinco incêndios de grandes dimensões no distrito de Aveiro, que hoje provocaram já dois mortos, mobilizavam, pelas 17:00, mais de 1.200 homens, apoiados por 391 viaturas e 12 helicópteros.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), uma pessoa ficou carbonizada no fogo de Sever do Vouga e outra sofreu um ataque cardíaco no incêndio de Albergaria-a-Velha.
Entretanto, a Guarda Nacional Republicana esclareceu em comunicado que foi encontrado cerca das 15:30 um corpo carbonizado na zona florestal do Sobreiro, no concelho de Albergaria-a-Velha.
No domingo, um bombeiro que combatia um incêndio na região de Oliveira de Azeméis morreu vítima de doença súbita.
Foram também contabilizados quatro feridos, sendo que três estão internados no hospital de Aveiro e um quarto foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, informou a proteção civil.
Cerca de 70 pessoas tiveram de ser retiradas e pelo menos cinco imóveis, incluindo habitações, foram atingidos pelas chamas em diferentes incêndios rurais que deflagraram entre domingo e hoje nas regiões Norte e Centro, segundo a Proteção Civil.
Em conferência de imprensa, às 13:00, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, indicou que as evacuações foram registadas nos fogos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga e Cabeceiras de Basto, e têm "corrido dentro do expectável", com a colaboração das populações.
Portugal pediu ajuda à União Europeia ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e já disponibilizaram meios aéreos França, Itália, Espanha e Grécia, num total de oito canadair.
Seis pessoas ficaram hoje feridas, duas delas em estado grave, na sequência de dois dos três incêndios ativos em Nelas, disse fonte dos bombeiros.
De acordo com a mesma fonte, no concelho de Mangualde há uma população em risco de ser atingida pelas chamas.
"Há seis pessoas feridas, três do Folhadal e outras três de Vale de Madeiros, entre os 20 anos e os quase 70. Entre eles, há dois em estado grave, que inspiram alguns cuidados", disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Nelas.
Guilherme Almeida disse que os dois feridos graves "são entre as pessoas mais velhas que estavam a tentar salvaguardar os seus bens", uma em Folhadal e outra em Vale de Madeiros, freguesia de Canas de Senhorim, Nelas.
O incêndio que teve início em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo, propagou-se ao concelho vizinho de Mangualde e "colocou, neste momento, [cerca das 19:00] uma aldeia em risco, Quintela de Azurara", disse à agência Lusa o segundo-comandante do Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões.
João Cardoso acrescentou que as duas aldeias, Casal das Donas e Sandiães, no concelho de Penalva do Castelo. que estavam em risco de serem atingidas pelas chamas, "já não estão e ficaram livres de perigo".
Segundo fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR), os incêndios obrigaram ao corte ao trânsito de várias vias, como o Itinerário Complementar 12 (IC12) em Nelas e as estradas nacionais 231 e 329, em Nelas e Penalva do Castelo.
Em Penalva do Castelo, há a registar, desde as 00:15, um incêndio em mato na localidade de Miuzela, que, cerca das 19:00, mobilizava 114 operacionais apoiados por 38 veículos.
Ainda no concelho de Penalva do Castelo há um outro incêndio, que começou às 20:16 de domingo, também em mato, na localidade de Valamoso.
Estava a ser combatido, pela mesma hora, por 95 operacionais, apoiados por 22 veículos e dois meios aéreos.
No concelho de Nelas, o incêndio em Vale de Madeiros, desde as 14:19, mobiliza 73 operacionais e dois meios aéreos.
Em Folhadal, o incêndio para cujo alerta foi dado pelas 11:53, está a ser combatido por 281 bombeiros, apoiados por 80 veículos e um meio aéreo.
Em Senhorim, o incêndio começou pelas 11:34 e concentra 71 operacionais, apoiados por 19 veículos e um meio aéreo.
A autoestrada A13, entre os nós de Coimbra e da A13-1, em Almalaguês, está cortada ao trânsito devido a um incêndio florestal que atinge a zona de Torres do Mondego, informou a GNR.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) o incêndio que eclodiu às 16:18 na localidade de Carvalhosas, freguesia de Torres de Mondego, em Coimbra, estava às 19:14 a ser combatido por 300 operacionais, apoiados por 82 viaturas e cinco meios aéreos.
Este incêndio, ainda segundo a informação da GNR, está também a provocar condicionamentos de trânsito na estrada nacional (EN) 17.
Já em Viseu e ainda segundo a GNR, um incêndio florestal que eclodiu às 11:53 em Folhadal, no concelho de Nelas, levou ao corte total quer da EN 234 entre Canas de Senhorim e Oliveirinha, quer do IC12 entre Canas de Senhorim e Carregal do Sal.
De acordo com a ANEPC, as chamas em Nelas estão a ser combatidas por 279 operacionais, apoiados por 79 viaturas.
Seis bombeiros sofreram hoje ferimentos ligeiros, tendo um sido transportado ao hospital, na sequência do incêndio que lavra em Jovim, em Gondomar, distrito do Porto, revelou em comunicado a autarquia.
Fonte da autarquia revelou à Lusa que o bombeiro foi transportado para o Hospital Santo António, no Porto.
O incêndio teve início às 13:02 e, "por precaução, e no sentido de evitar a inalação de fumo, foi evacuado o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar, tendo sido retirados 30 idosos. Os idosos foram transportados para o Multiusos de Gondomar, estando acompanhados pelos técnicos do próprio lar e pelos técnicos das áreas da saúde e da ação social da Câmara Municipal de Gondomar", lê-se no comunicado.
Pela mesma razão, continua a nota de imprensa, "foram evacuados três estabelecimentos de ensino -- EB1 de Ramalde (S. Cosme), EB1 de Aguiar (Jovim) e Jardim de Infância de Trás da Serra (Jovim), tendo, dos cerca de 100 alunos dos três estabelecimentos, 20 sido transportados para o Multiusos de Gondomar, tendo, entretanto, já sido recolhidos pelos encarregados de educação".
Permanecem cortadas a Autoestrada 43 (Gondomar a Gens) e a Estrada D. Miguel (entre a rotunda de acesso à A43 e Jovim), lê-se no comunicado.
O município revela ainda que ardeu uma casa devoluta em São Cosme, freguesia vizinha de Jovim onde deflagrou o incêndio.
A contabilidade dos meios, segundo a câmara, assinala 243 operacionais envolvidos no combate às chamas (137 bombeiros voluntários, 80 militares da GNR, sete agentes da PSP, 15 da Polícia Municipal e quatro da empresa de proteção florestal AFOCELCA), apoiados por 37 viaturas e um meio aéreo.
O incêndio, sublinha o município, encontra-se em fase de evolução e com várias frentes ativas.
Duas pessoas ficaram hoje gravemente feridas num incêndio no anexo de uma habitação em São Mamede, concelho da Batalha, disseram à agência Lusa fontes da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Proteção Civil.
O alerta para o incêndio chegou às autoridades às 16:14, tendo acorrido ao local 26 operacionais apoiados por nove viaturas e um helicóptero que transportou uma das vítimas para uma unidade hospitalar de Lisboa, disse à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria.
O outro ferido grave foi levado para o Hospital de Santo André, em Leiria, referiu a mesma fonte, esclarecendo que estiveram no local meios da GNR, Bombeiros Voluntários da Batalha e Instituto Nacional de Emergência Médica.
Segundo a GNR, os feridos graves são um homem de 69 anos e uma mulher de 67 anos, e as circunstâncias do incêndio estão a ser investigadas.
O comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha, Hugo Borges, explicou que pessoas que se encontravam nas imediações relataram ter ouvido uma explosão e depois fumo.
"As duas vítimas, um casal, apresentavam queimaduras graves", adiantou.
Um incêndio rural que está a lavrar desde cerca das 15:30 de hoje em Vale da Guarda, no concelho de Mafra, obrigou ao corte da Estrada Nacional (EN) 8, disse o comandante dos bombeiros da Malveira.
Miguel Oliveira afirmou à agência Lusa que a EN8 se encontra cortada entre as localidades da Malveira e do Jeromelo, no mesmo concelho do distrito de Lisboa, devido ao fogo, que começou em Vale da Guarda, na freguesia do Milharado.
Segundo o comandante, o incêndio não afeta pessoas, nem bens materiais.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 18:30 o fogo encontrava-se já em resolução, estando no terreno 224 operacionais e 66 veículos.
Pelas 17:30, as chamas estavam a ser combatidas por dois meios aéreos, 249 operacionais e 72 veículos.
Em Vila Pouca de Aguiar lavram três incêndios de grande dimensão. As autoridades no local já pediram a atuação de meios aéreos mas a situação em território português não está a facilitar a luta contra as chamas.
Dois lares e duas escolas de Jovim, em Gondomar, distrito do Porto, foram evacuados por precaução na sequência do incêndio que lavra desde o início da tarde, revelou à Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal.
"A retirada dessas pessoas foi feita devido ao intenso fumo que se fazia sentir, [e foi feita] logo por precaução", disse Luís Filipe Araújo.
O autarca revelou ainda "ter ardido uma casa devoluta" e que um bombeiro "sofreu ferimentos ligeiros".
Sobre o incêndio, que deflagrou às 13:02 e que obrigou a condicionamentos no trânsito na Autoestrada 43 e na Estrada D. Miguel, o vice-presidente do município confirmou que as chamas "avançam na direção da Foz do Sousa e que podem chegar à Estrada Nacional 108", na marginal de Gondomar.
"Neste momento o incêndio decorre em mato", precisou Luís Filipe Araújo.
De acordo com o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 17:30 o fogo mobilizava 82 operacionais, apoiados por 20 veiculos.
Foto: Paulo Novais - EPA
A Direção-Geral da Saúde (DGS) fez esta segunda-feira recomendações sobre o que fazer em situação de inalação de fumos dos incêndios como retirar a pessoa do local e observar se apresenta queimaduras faciais e sinais de dificuldade respiratória.
A presidente do Parlamento Europeu (PE) expressou hoje solidariedade para com Portugal pelos incêndios "devastadores" e as cheias noutros países do bloco comunitário e anunciou um debate para avaliar a "prontidão de assistência" na União.
"Assistimos às consequências de fenómenos meteorológicos extremos, cheias na Polónia, Hungria, Áustria, Roménia, República Checa, Eslováquia e Alemanha. São devastadores, assim como são os grandes incêndios em Portugal", disse Roberta Metsola, na abertura da sessão do PE em Estrasburgo (França).
Roberta Metsola acrescentou que nos países da União Europeia (UE) que estão a tentar debelar estes fenómenos está a ser comprovada a capacidade de "ser corajoso sob pressão e de sobrevivência" e que "é um momento para solidariedade europeia".
"No pior dos momentos a nossa população tem de ver o melhor da UE. Deixe-me dizer que vamos fazer o que seja necessário para ajudar e, nesse sentido, os líderes dos grupos políticos concordaram com um debate, a realizar na quarta-feira, sobre a prontidão para assistência crucial nos países e regiões afetadas", completou a presidente do PE.
"Estão todos no nosso pensamento", disse a eurodeputada.
Duas pessoas morreram hoje nos incêndios de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a ANEPC, uma pessoa ficou carbonizada no fogo de Sever do Vouga e outra sofreu um ataque cardíaco no incêndio de Albergaria-a-Velha.
O incêndio que lavra hoje em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, já atingiu 20 casas e deixou vários desalojados, tendo causado ainda ferimentos em quatro pessoas, disse o presidente da câmara António Loureiro.
"Neste momento, o incêndio está espalhado pelas seis freguesias e por várias localidades. Temos a lamentar quatro feridos, um deles com alguma gravidade", disse o autarca durante um `briefing` pelas 14:45.
O presidente da câmara referiu ainda que há 20 casas afetadas pelo incêndio, além de viaturas, dois armazéns, um escritório, tendo ficado várias pessoas desalojadas.
Cinco incêndios de grandes dimensões no distrito de Aveiro, que provocaram já dois mortos, mobilizavam, pelas 17:00, mais de 1.200 homens, apoiados por 391 viaturas e 12 helicópteros.
Segundo o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, dos cinco incêndios significativos no distrito de Aveiro, o que deflagrou no domingo, às 14:52, na União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, em Oliveira de Azeméis, era o que, pelas 17:00, concentrava mais meios no local, com 614 operacionais, 205 viaturas e cinco helicópteros.
No concelho de Sever do Vouga lavraram à mesma hora dois incêndios, um na freguesia de Sever do Vouga, que deflagrou no domingo, pelas 15:00, estando as chamas a ser combatidas por 242 operacionais, apoiados por 75 carros e cinco helicópteros, e o segundo na freguesia de Pessegueiro do Vouga, que contava com 95 operacionais, apoiados por 28 viaturas e um helicóptero.
Já o incêndio em Albergaria-a-Velha, que começou no domingo no concelho vizinho de Sever do Vouga e chegou hoje de manhã a habitações localizadas na Cruzinha e Vila das Laranjeiras, mobilizava 196 operacionais, 58 viaturas e um helicóptero.
Em Canedo, Santa Maria da Feira, o incêndio estava a ser combatido por 75 operacionais e 25 viaturas.
Até ao momento, o combate às chamas em Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga provocou duas vítimas mortais, avançou fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo a ANEPC, uma pessoa ficou carbonizada no fogo de Sever do Vouga e outra sofreu um ataque cardíaco no incêndio de Albergaria-a-Velha.
Foram também contabilizados quatro feridos, sendo que três estão internados no hospital de Aveiro e um quarto foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, informou a proteção civil.
Cerca de 70 pessoas tiveram de ser retiradas e pelo menos cinco imóveis, incluindo habitações, foram atingidos pelas chamas em diferentes incêndios rurais que deflagraram entre domingo e hoje nas regiões Norte e Centro, segundo a Proteção Civil.
Em conferência de imprensa, às 13:00, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, indicou que as evacuações foram registadas nos fogos de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga e Cabeceiras de Basto, e têm "corrido dentro do expectável", com a colaboração das populações.
As chamas obrigaram a cortes de trânsito em várias vias, tais como a A1 entre Coimbra Norte e Estarreja, A25 entre o Nó Aveiro e Reigoso, a A29 sentido norte-sul entre Estarreja e Angeja, IC2 entre Salreu e Águeda, a EN238 em Sever do Vouga, a EN109 entre Estarreja e Aveiro e a EN16 entre Cacia e Albergaria-a-Velha.
O presidente da Câmara Municipal de Aveiro falou com a RTP e explicou que a zona norte é que a que ainda preocupa os operacionais no terreno. Cacia encontra-se perto dos incêndios de Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Estarreja.
Três dos feridos dos incêndios que lavram hoje no distrito de Aveiro estão internados no hospital de Aveiro e um quarto foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, informou a proteção civil.
"Encontram-se internados no hospital de Aveiro três feridos (dois com queimaduras e um por efeitos de uma projeção/explosão), tendo um outro ferido grave sido evacuado para os Hospitais da Universidade de Coimbra", refere um comunicado da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Fonte do hospital de Aveiro disse à Lusa que os feridos com queimaduras são dois civis e o terceiro é um bombeiro que sofreu ferimentos na sequência de uma projeção/explosão.
A mesma fonte adiantou ainda que estão a dar entrada muitas crianças com problemas respiratórios, tendo sido já reforçada a equipa de pneumologia.
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga abriu pelas 13:00 a Unidade de Saúde Familiar Fénix, a funcionar no Centro de Saúde de Aveiro, para onde irão direcionar os doentes com patologias ligeiras (pulseiras verdes e azuis).
Pelas 16:30, segundo o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, havia cinco fogos de grandes dimensões no distrito de Aveiro, sendo o que envolve mais meios o de Oliveira de Azeméis com 616 operacionais, apoiados por 205 viaturas e sete meios aéreos.
Em Sever do Vouga há dois incêndios ativos que estão a ser combatidos por 338 operacionais, apoiados por 103 viaturas e oito meios aéreos.
Em Albergaria-a-Velha estão mobilizados 156 operacionais e 58 viaturas e em Santa Maria da Feira, 72 operacionais e 23 viaturas.
O posto de comando das operações de combate ao incêndio que lavra desde domingo em Oliveira de Azeméis vai ser transferido de Palmaz, onde a situação acalmou, para Travanca, perto dos atuais focos de maior preocupação.
Segundo revelou hoje à tarde fonte oficial da referida autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a transferência do referido posto de comando, com as suas estruturas portáteis, deve-se à necessidade de aproximação ao local onde agora se concentram os trabalhos -- que, devido a um fogo com três fontes ativas e vários focos, envolvia pelas 15:20 a intervenção de 559 operacionais, apoiados por 188 veículos e sete meios aéreos.
"A situação em Palmaz ficou mais tranquila e o posto de comando vai ser transferido para Travanca, numa localização entre a igreja e o cemitério, que agora é mais conveniente para as operações", disse a fonte da Câmara Municipal.
Um dos pontos próximos de Travanca que agora gera preocupação é uma carpintaria de Macinhata da Seixa, que os operacionais no terreno estão a tentar proteger do avanço do fogo.
"É uma fábrica modesta, com duas pessoas, mas tem lá uma quantidade considerável de madeiras", informa Ana Paula Tavares, secretária da Junta da União de Freguesias de Macinhata, Oliveira de Azeméis, Ul, Santiago de Riba Ul e Madaíl.
Essa responsável afirma, ainda assim, que "de manhã a situação era muito pior".
"Há umas horas é que estava mesmo grave. Mas a Proteção Civil foi incansável, nunca nos faltaram cá pessoas a ajudar e neste momento as coisas estão mais controladas. Há pequenos reacendimentos, mas os helicópteros ainda cá andam e não nos tem faltado apoio", declara Ana Paula Tavares.
O presidente da mesma Junta, Manuel Alberto Pereira, diz que a população está "sensibilizada" para a necessidade de proteger os seus próprios bens, mas lamenta as fracas condições de visibilidade na região, cujos céus estão agora obscurecidos por fumo e cinza.
"Não há forma de os helicópteros fazerem o ataque ao foco sem visibilidade", refere.
A presidente da Junta da União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta e Palmaz, Susana Mortágua, também afirma que "a situação já não está tão má como de manhã" e refere que há meios de combate em todos os pontos habitacionais mais próximos das chamas.
É o caso de Vilarinho de São Luís, povoado classificado como "Aldeia de Portugal". De acordo com a presidente da junta, nesse local "há algumas casas habitadas, mas o que está a arder é o mato em volta e os bombeiros estão lá a controlar o avanço do fogo".
A lavrar desde domingo na sequência de um reacendimento resultante de outro incêndio, o fogo no concelho de Oliveira de Azeméis já causou quatro feridos, entre os quais uma bombeira que, segundo explicou o presidente da autarquia à Lusa esta manhã, estará "a inspirar mais cuidados".
O comando local de operações continuou indisponivel para esclarecimentos mas o Ministério da administração interna informou que o Governo já acionou entretanto a ajuda internacional, requisitando quatro parelhas de aviões Canadair para intervir no território -- não apenas Oliveira de Azeméis, mas também Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, atualmente com outros grandes incêndios.
Esses meios vão chegar de Espanha, Grécia, Itália e França, sendo que os primeiros são esperados em Portugal por volta das 20:00.
O presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse hoje à Lusa que há um bombeiro da corporação local que ficou ferido no combate aos incêndios que lavram no concelho e atingiram várias casas.
"Temos casas atingidas e um bombeiro ferido, da corporação de Águeda, e neste momento [15:20] são zonas críticas com fogos ativos Macinhata, Soutelo e Serém", disse à Lusa Jorge Almeida.
"Desde manhã que o incêndio vindo de Sever do Vouga atingiu o concelho de Águeda", disse, acrescentado ter sido necessário retirar pessoas em Jafafe, Macinhata, Serém, Cavada Nova e Sernada.
De acordo com o autarca, há casas consumidas pelo fogo, não só edifícios devolutos, mas também algumas habitações permanentes na Freguesia de Macinhata do Vouga, em Serém, Cavada Nova, Sernada e Jafafe.
O presidente da Câmara de Águeda mostrou-se apreensivo quanto às próximas horas.
"Já se percebeu que isto não se vai resolver rapidamente e é previsível que ao fim do dia volte a intensificar-se o vento", disse.
Às 15:50, Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, contava com dois fogos ativos, mobilizando no total 321 bombeiros, apoiados por 102 veículos e três meios aéreos, de acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Portugal vive dias difíceis devido aos incêndios.@vonderleyen, obrigado. Estamos juntos.
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) September 16, 2024
Agradeço à França (@EmmanuelMacron @MichelBarnier), à Grécia (@kmitsotakis), à Itália (@GiorgiaMeloni) e à Espanha (@sanchezcastejon) a ajuda rápida e fundamental no combate a este flagelo.