"Nunca vi nada assim". Autarca de Ponte da Barca alerta para instabilidade do incêndio
Foto: Hugo Delgado - Lusa
"Este incêndio é muito instável. Eu nunca vi nada assim", acrescentou Augusto Marinho.
Já o presidente da Junta de Freguesia de Vilã Chã de S. João contou que os habitantes e operacionais foram apanhados de surpresa pela velocidade com que as chamas avançaram para a aldeia.
Episódio de tempo quente "consideravelmente severo" até 4.ª feira em Portugal continental
Em comunicado divulgado hoje, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) refere que o episódio de tempo quente deverá verificar-se "previsivelmente até dia 06 de agosto, com um grau de confiança elevado", embora com uma ligeira descida temporária das temperaturas máximas na sexta-feira no litoral oeste e, eventualmente, na terça-feira.
Assim, refere o IPMA, "os valores das temperaturas máximas estarão acima da média, ou muito acima da média, para a época do ano", pelo que "é muito provável" que em grande parte do território continental, em particular no interior, "se venha efetivamente a registar uma onda de calor".
"Este episódio de tempo quente deverá ser consideravelmente severo, quer pela sua duração, quer pelos valores das temperaturas máximas que serão muito elevados", avisa o IPMA, indicando que a partir de domingo as máximas deverão variar entre os 36 e 40 graus Celsius, com exceção apenas de alguns locais da faixa costeira, onde serão inferiores.
No interior do Alentejo, vale do Tejo e parte mais interior do vale do Douro, as temperaturas máximas deverão atingir valores entre 41 e 44 graus Celsius.
Além disso, acrescenta o IPMA, preveem-se "noites tropicais na generalidade do território", com temperaturas mínimas a variar aproximadamente entre 20 e 25 graus Celsius a partir de segunda-feira.
Devido às previsões, o IPMA já colocou todos os distritos de Portugal continental, à exceção de Faro, sob aviso laranja entre as 09:00 e as 18:00 de domingo, devido à "persistência de valores muito elevados de temperatura máxima".
Até à manhã de domingo, os 17 distritos - Bragança, Viseu, Évora, Porto, Guarda, Vila Real, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga - estarão sob aviso amarelo, também devido aos valores elevados de temperatura máxima.
O distrito de Faro estará sob aviso amarelo entre as 09:00 de sábado e as 18:00 de domingo, igualmente devido à persistência de valores elevados de temperatura máxima.
O aviso laranja, o segundo mais grave numa escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe "situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo, o menos grave, quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
De acordo com o IPMA, este episódio de tempo quente está associada "à ação conjunta de um anticiclone localizado a nordeste do arquipélago dos Açores, em crista até ao Golfo da Biscaia, e de um vale depressionário que se estende desde o norte de África até à Península Ibérica, que na sua circulação transportam massas de ar tropical, muito quente e seco, com origem no norte de África".
Incêndio em Ponte da Barca. Cerca de 60 pessoas retiradas das aldeias de Sobredo e Paradela
Cerca de 60 pessoas foram retiradas esta noite das suas habitações, por razões de segurança, face à aproximação das chamas do incêndio que deflagrou no sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Os cerca de 20 habitantes foram retirados pelas 21h32, tendo sido deslocados para a sede da Junta de Freguesia. Enquanto os cerca de 40 habitantes de Paradela, na freguesia de Entre Ambos-os-Rios, "começaram a ser retirados das habitações pelas 22:30 e deslocados para o centro escolar".
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 22:38 o fogo que deflagrou na noite de sábado, mobilizava 630 operacionais, apoiados por 211 viaturas.
"Momento bastante crítico". Autarca de Sebolido denuncia falta de meios e apela por ajuda
Agência espacial europeia divulga imagem de satélite do norte de Portugal
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou esta quinta-feira uma imagem de satélite dos incêndios florestais que assolam a região norte de Portugal continental.
O Copernicus é o programa de observação da Terra da União Europeia (UE) e integra vários satélites em órbita.
Portugal pediu assistência de satélite à UE para, de acordo com a ESA, "mapear e monitorizar a extensão dos incêndios" no norte de Portugal, nos concelhos de Arouca e Ponte da Barca.
Portugal estará a atravessar onda de calor
Montenegro rejeita acusações de falta de meios para combater incêndios
Incêndio de Arouca ainda por dominar
Avião que combatia incêndio em Gondomar fez amaragem de emergência
Brigadas helitransportadas vão avançar em Ponte da Barca
Falta de acessos obriga ao transporte aéreo de bombeiros para Peneda-Gerês
A Proteção Civil admitiu esta quinta-feira que o incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês é "extremamente complexo" e que a falta de acessos obriga ao transporte de bombeiros de helicóptero para debelarem as chamas.
"O acesso a essa zona, mesmo apeado, é extremamente difícil", justificou, assinalando que o fogo que começou no concelho de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, é o que "levanta mais preocupações".
Além deste incêndio, que deflagra desde sábado em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, Mário Silvestre destacou os fogos de Penafiel, Arouca e Cinfães.
Os quatro incêndios mobilizavam às 17:00 desta quinta-feira cerca de 1.500 operacionais, mais de 500 viaturas e 11 meios aéreos.
Marcelo pede que não se façam apelos desproporcionais para ativar Mecanismo Europeu
O presidente da República pediu esta quinta-feira que não se façam apelos desproporcionais para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para combater os incêndios, argumentando que há o risco de banalizar esse tipo de pedido.
Com duas aeronaves inoperacionais, 68 meios aéreos combatem as chamas
São 68 os meios áereos a operar no combate aos incêndios na tarde desta quinta-feira, de acordo com Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Cívil.
Incêndios. Montenegro garante existência de meios suficientes mas frisa que gestão é difícil
Foto: Filipe Amorim - Lusa
"Nós não temos capacidade ilimitada. Nós temos operacionais que precisam de descansar, de se movimentar no terreno, e temos também meios aéreos que respondem às necessidades que o sistema e todo o dispositivo necessita, mas que em horas de crise têm uma dificuldade de gestão maior", declarou.
"Não vale a pena, por estes dias, estarmos concentrados em polemizar, quando temos de estar concentrados em combater e responder à prioridade máxima: fazer com que sejamos capazes de proteger as pessoas, as suas vidas, e depois o seu património", acrescentou o chefe de Governo.
Luís Montenegro realçou ainda que "temos este ano o maior dispositivo de sempre mobilizado e preparado para poder acorrer às múltiplas solicitações que, infelizmente, nos dias de maior adversidade meteorológica sempre acontecem".
"Nós temos tido uma política de prevenção cada vez mais intensa, multidisciplinar", salientou, pedindo "serenidade".
Uma frente de fogo ainda ativa em Cinfães
Na última hora o fogo tem estado mais controlado em Cinfães, de acordo com o vereador da Proteção Civil. Neste momento há quatro incêndios ativos em Cinfães, o de maior de dimensão é o de Nespereira que faz parte do incêndio de Arouca que chegou entretanto a Cinfães.
75 fogos ativos em Portugal Continental
Incêndio em Penafiel. Carro da TVI/CNN ardeu na Serra da Boneca
O carro da equipa de reportagem da TVI/CNN no incêndio em Penafiel ardeu esta quinta-feira após ter sido apanhado pelo fogo, revelou o diretor da CNN Portugal, Frederico Roque de Pinho, à agência Lusa, confirmando que os jornalistas estão bem.
O acidente ocorreu no momento em que a equipa de reportagem, formada por uma jornalista e um repórter de imagem, fazia a cobertura do incêndio na Serra da Boneca, revelou à Lusa fonte da Câmara Municipal de Penafiel.
O carro estava estacionado e foi apanhado pelas chamas, tendo os jornalistas sido retirados do local pelos bombeiros, acrescentou.
O alerta para este fogo que teve início na freguesia de Capela, em Penafiel, foi dado às 09:26 de terça-feira.
Quase todos os concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Incêndio de Nisa entrou em fase de conclusão
O incêndio que deflagrou na terça-feira em Nisa, distrito de Portalegre, e foi dominado na quarta-feira entrou em fase de conclusão esta quinta-feira , pelas 15h46, de acordo com a Proteção Civil.
Em declarações anteriores à Lusa, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, Rui Conchinha, explicou que ao longo do dia o número de meios no local estava a diminuir.
"Eu acredito que ao final do dia de hoje também possamos ainda desmobilizar mais do local, sendo o perímetro muito grande e crítico em termos de algumas particularidades, como a orografia, dificuldades de acesso a alguns locais. E com o potencial que ainda continua a ter de arranque não podemos descurar mesmo", disse.
"Acredito, se tudo correr bem, até ao final do dia de hoje, sem nenhuma reativação forte, que possamos passar depois para um período já mais de vigilância e monitorização com menos meios", acrescentou, ainda de manhã.
Uma outra fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo precisou na quarta-feira à Lusa que o incêndio rural tinha sido dado como dominado às 07:25 desse dia.
Também na quarta-feira, o comandante sub-regional indicou que o fogo deverá ter consumido uma área de mil hectares, mas alertou que "ainda falta aferir mais ao pormenor" esse dado, tendo em conta que "a ocorrência ainda não fechou".
Além dos danos patrimoniais em termos florestais, algumas infraestruturas agrícolas foram afetadas, bem como uma oficina com maquinaria agrícola, que também foi parcialmente destruída pelas chamas.
Segundo o responsável, "acabou por não ser nenhuma habitação propriamente dita" afetada pelas chamas, como inicialmente tinha sido indicado pelas autoridades.
"No que diz respeito aos desalojados, há uma cidadã identificada a nível local, que vivia aparentemente em tenda ou algo parecido e acabou por ser retirada pelas forças de segurança para não correr risco, uma vez que tinha alguma fragilidade naquilo que era a sua habitação", explicou.
As autoridades evacuaram na terça-feira à tarde as aldeias de Pé da Serra e São Simão e parcialmente a aldeia de Vinagra, em Nisa, na sequência do incêndio rural que deflagrou na serra de São Miguel.
Ao início da noite, conforme disse à Lusa a presidente da Câmara de Nisa, Idalina Trindade, uma parte dos habitantes destas aldeias que se encontravam no Pavilhão Municipal de Nisa foram já encaminhados para as suas casas.
De acordo com o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, o fogo, para o qual foi dado o alerta às 12:32 de terça-feira, consumiu uma área florestal com pinheiro e eucalipto.
Canadair amarou no rio Douro em Entre-os-Rios durante o combate aos incêndios
Um avião canadair, que estava a participar no combate ao incêndio em Penafiel, teve um problema técnico quando fazia o reabastecimento no rio Douro, na zona de Entre-os-Rios, o que a impediu de levantar voo.
"Trata-se de um incidente com um canadair, que se encontrava a atuar no incêndio no concelho de Penafiel. Durante a operação de reabastecimento (no rio Douro) teve abortar a missão, encontrando-se neste momento imobilizada junto a Entre-os-Rios", disse Pedro Araújo.
"A tripulação desta aeronave encontra-se em segurança e em terra", acrescentou.
Fogo em Gondomar com três frentes e meios a ser reposicionados
Várias casas foram evacuadas em Melres
O incêndio, que começou em Penafiel e passou para Gondomar, está com duas frentes ativas.
Incêndio no Alentejo. Cão resgatado por GNR não sobreviveu
Fogo por controlar no parque da Peneda-Gerês já consumiu cerca de seis mil hectares
"Esse número [de área ardida] vai aumentar porque o fogo ainda lavra em vários pontos do PNPG", afirmou à agência Lusa Augusto Marinho.
O incêndio começou no sábado à noite em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, e alastrou na quarta-feira ao concelho de Terras de Bouro, no distrito de Braga.
Pelas 11:00, o comandante sub-regional do Ave da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) revelou que, deste incêndio, continuam quatro frentes ativas: três no concelho de Ponte da Barca e uma em Terras de Bouro, a que estava a causar mais preocupação.
Augusto Marinho salientou que "a principal preocupação é deter o fogo antes de chegar às aldeias de Sobredo e Lourido".
"É preocupante a imprevisibilidade deste fogo, que rapidamente pode ameaçar pessoas e as suas habitações. Em Germil, o fogo está controlado e a evoluir favoravelmente, mas nas aldeias de Sobredo e Lourido é importante travar as chamas. Daí a importância de manter os meios aéreos permanentemente a apoiar os operacionais que estão no terreno, para podermos proteger de forma eficaz as aldeias", referiu o social-democrata.
De acordo com informação no `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 14:06 o fogo mobilizava 508 operacionais, apoiados por 163 viaturas e seis meios aéreos.
"Não lhe sei confirmar o número de meios aéreos [no local]. A informação que eu tinha é que estariam a operar quatro. Por vezes, há algum desfasamento entre o número de meios aéreos que consta no `site` da ANEPC e os aparelhos que estão em combate, os que estão em coordenação, trabalho que também é importante. Mas estes eu não os considero porque não estão a combater o fogo", realçou.
Na quarta-feira à noite, cerca de 150 habitantes das aldeias de Britelo, Sobredo, Germil e Lourido foram retiradas das suas habitações, por razões de segurança, face à proximidade das chamas, tendo entretanto regressado durante a manhã.
"Quero deixar uma palavra de agradecimento às populações porque não é fácil nestes cenários [largar] as suas casas, as suas vidas, mas compreenderam e respeitaram a medida, até pela necessidade face ao fumo intenso que se fazia sentir", destacou.
Augusto Marinho desejou "as rápidas melhoras aos 19 operacionais feridos durante o combate ao fogo que lavra há seis dias, sendo que seis tiveram de receber tratamento hospitalar".
"A informação que tenho é que estão todos bem", frisou.
Incêndios no continente. Arderam 11 mil hectares até meados de julho
Fazem-se as contas aos estragos em Arouca
Cerca de 4.600 hectares de floresta ficaram em cinzas nas cinco freguesias do concelho de Arouca.
Autarca de Ponte da Barca não descarta nova evacuação de localidades
O presidente da câmara de Ponte da Barca frisa que o fogo “tem a característica que de um momento para o outro ganha grande intensidade e aproxima-se de localidades”.
Augusto Marinho, acrescentou à RTP que uma das frentes, que já conta com um meio aéreo a ajudar a combater as chamas “pode ameaçar outras aldeias na zona de operações” e não descarta a possibilidade de que as povoações voltem a ser evacuadas.
Veículo dos bombeiros de Cinfães capotou
Falta de meios aéreos. Presidente espera que situação esteja ultrapassada
Incêndio em Ponte da Barca. Autarca reclama mais meios de combate
Foto: José Pinto Dias - RTP
O autarca de Ponte da Barca diz que os meios mobilizados têm sido insuficientes.
Arouca. Vila Viçosa esteve cercada pelas chamas por três dias
Foto: José Pinto Dias - RTP
GNR sem registo de quaisquer vias interditadas à circulação às 12h15
Num anterior ponto de situação, relativo às 07:15 de hoje, sobre as vias interditadas à circulação, a GNR indicou que a Estrada Nacional 108 (EN108) estava cortada ao trânsito, em ambos os sentidos, na localidade de Melres, concelho de Gondomar e distrito do Porto, devido a um incêndio.
Esta era àquela hora a única via de maior dimensão condicionada devido aos fogos, segundo a GNR.
Mais de cinco horas depois, esta força de segurança comunicou que, "na sequência da ocorrência de incêndios rurais, não se encontram registados quaisquer condicionamentos à circulação rodoviária nas principais vias".
Em comunicado, a GNR afirmou que a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades, através de uma atuação preventiva e de um esforço de patrulhamento nas áreas florestais.
Pelas 13:00, mais de 1.400 operacionais e cerca de 500 meios de transporte, inclusive 16 meios aéreos, combatiam incêndios em Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo), Penafiel (Porto), Arouca (Aveiro), Cinfães (Viseu) e Castelo Branco, considerados os mais significativos pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Quase todos os concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Neste âmbito, a GNR reforçou que as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal e estão interditadas "sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural `muito elevado` ou `máximo`, estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos".
"Para evitar acidentes siga as regras de segurança, esteja sempre acompanhado e leve consigo o telemóvel", aconselhou a força de segurança.
Proteção Civil espera continuar a reduzir meios em Nisa durante a tarde
Em declarações à agência Lusa, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, Rui Conchinha, explicou que ao longo das últimas horas o número de meios no local tem vindo a diminuir.
"Eu acredito que ao final do dia de hoje também possamos ainda desmobilizar mais do local, sendo o perímetro muito grande e crítico em termos de algumas particularidades, como a orografia, dificuldades de acesso a alguns locais. E com o potencial que ainda continua a ter de arranque não podemos descurar mesmo", disse.
Durante as próximas horas, vai ser efetuado "algum esforço" no terreno em termos de vigilância, deteção de algum foco e operações de rescaldo.
"Acredito, se tudo correr bem, até ao final do dia de hoje, sem nenhuma reativação forte, que possamos passar depois para um período já mais de vigilância e monitorização com menos meios", acrescentou.
C/ Lusa
Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez com dois helicópteros "a tempo inteiro"
Em declarações à agência Lusa, Olegário Gonçalves adiantou que o dispositivo daquele centro foi reforçado com mais um meio aéreo Kamov para combater os fogos no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
"O helicóptero que ficou inoperacional ontem (quarta-feira) após ter embatido numa ramada de videiras, em São Jorge e Ermelo, foi substituído por outro. O que tinha sido deslocalizado para Portalegre regressou hoje a Arcos de Valdevez", explicou o autarca social-democrata.
Segundo Olegário Gonçalves, os dois helicópteros "vão ficar estacionados no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez até ao final da época de risco".
c/ Lusa
Setor do turismo quer linha de apoio e trabalho conjunto com entidades oficiais
"Estamos em contacto com a Secretaria de Estado do Turismo e com o Turismo de Portugal para perceber a viabilidade de uma linha de apoio a microempresas para este tipo de emergência, à semelhança do que foi feito quando houve um grande incêndio na Serra da Estrela ou durante a (pandemia de) covid-19. Isto é algo que deve existir permanentemente, porque com as alterações climáticas já percebemos que o que está em causa é Portugal inteiro", revelou à Lusa António Marques Vidal, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE).
O responsável falava a propósito dos fogos que têm afetado Portugal continental nos últimos dias, alertando que, no Interior do país, "90% das empresas de animação turística oferecem o produto natureza" e, quando há um incêndio, "o seu campo de atuação deixa de existir".
"Todas as empresas são afetadas, tal como outro negócio: o alojamento local. Estas microempresas sofrem muito mais do que um destino com mais procura", observou.
O presidente da APECATE disse que as empresas "estão preocupadas" com a atual situação, assinalando que, "quando se fala de prejuízos, se esquece sempre este setor".
"Todos temos de pensar de maneira diferente em relação aos incêndios. As empresas de animação turística deviam ver reconhecido o seu papel na prevenção dos fogos. São ótimos parceiros das entidades que gerem o território e há aqui uma necessidade de estreitar relações e potenciar oportunidades de trabalhar em conjunto", defendeu.
António Marques Vidal sublinhou que "há muito tempo que a associação tem alertado que, no Gerês, é necessário este trabalho conjunto", mas "ainda há pouca comunicação de todas as entidades que gerem o território, e que são muitas".
c/ Lusa
Área ardida triplicou nos últimos 15 dias
Até 15 de julho, o relatório do ICNF contabilizava uma área afetada de 10.768 hectares na sequência de 3.370 fogos.
Atualmente, são contabilizados até às 10h00 desta quarta-feira, 4.631 fogos e uma área ardida de 29.474 hectares.
Incêndio em Cinfães. Não arderam casas e não há vítimas a registar
Fogo que deflagrou em Arouca com uma frente ativa em Cinfães
Em declarações aos jornalistas, no quartel dos Bombeiros de Arouca, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, disse que este incêndio que lavra desde segunda-feira está praticamente estabilizado.
"Neste momento quer o município de Arouca, quer o município de Castelo de Paiva não têm qualquer zona de incêndio ativa", disse o comandante, adiantando que se mantinha apenas uma pequena linha de incêndio ativa no município de Cinfães, no distrito de Viseu.
O comandante Hugo Santos disse esperar que esta frente seja debelada nas próximas horas, adiantando que os bombeiros continuam atentos à possibilidade de surgirem reacendimentos.
"Face àquilo que é a orografia associada às condições meteorológicas e numa enorme área, porque estamos a falar de mais de 4.500 hectares, há sempre aqui potencial para reativações que podem ser fortes", disse o comandante.
Hugo Santos referiu ainda que o incêndio, com mais de 48 quilómetros de perímetro, provocou danos numa casa devoluta, alguns anexos agrícolas e pequenos danos em duas habitações.
Na quarta-feira, a presidente da Câmara de Arouca disse que as chamas já tinham consumido 4.000 hectares de área florestal e provocado muitos prejuízos.
O incêndio destruiu parte dos Passadiços do Paiva, uma das principais fontes de receita para a economia local de Arouca.
Pelas 11:00, segundo a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados no combate às chamas 597 operacionais, apoiados por 217 viaturas e seis meios aéreos.
Fogo entre Gondomar e Penafiel com uma frente ativa está controlado
"A situação está controlada", disse fonte da Câmara Municipal de Penafiel, acrescentando que o fogo encaminha-se para a estrada nacional que liga Rio Mau a Entre-os-Rios.
Já fonte dos bombeiros voluntários de Melres, concelho de Gondomar, indicou que "o fogo está controlado, mas continua ativo numa zona de vales encaixados de difícil acesso, dirigindo-se à Serra da Boneca".
As fontes indicaram que a frente ativa localiza-se entre Moreira, na freguesia de Melres, concelho de Gondomar, e Rio Mau, em Penafiel.
De acordo com o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 10:56 encontravam-se mobilizados para este incêndio 177 operacionais, apoiados por 48 viaturas e dois meios aéreos.
O alerta para este fogo que teve início na freguesia de Capela, em Penafiel, foi dado às 09:26 de terça-feira.
A GNR informou hoje, pelas 07:00, que a Estrada Nacional 108 (EN108) está cortada ao trânsito, em ambos os sentidos na localidade de Melres, concelho de Gondomar e distrito do Porto, devido a incêndio.
Quase todos os concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Mulher de 56 detida por incêndio florestal em Arouca
O incêndio em causa, que foi dominado com recurso a meios aéreos, criou perigo para uma mancha florestal significativa, bem como para vários edificados, designadamente residências e indústrias instaladas na área, existindo um forte alarme social devido ao incêndio que assola há vários dias o concelho de Arouca.
Associação Zero quer avisos públicos sobre poluição do ar e inalação de fumos
Em comunicado, o presidente da Zero, Francisco Ferreira, lamentou hoje que "não se dê prioridade à proteção da saúde das populações, principalmente das mais vulneráveis face à enorme poluição do ar associada" aos incêndios.
"As partículas finas emitidas pelos incêndios rurais são o poluente atmosférico de maior preocupação para a saúde pública, porque as mesmas podem viajar profundamente para os pulmões e até mesmo entrar na corrente sanguínea", alertou.
A associação Zero defende a criação de avisos à população "no âmbito da ação da Proteção Civil em conjunto com o Ministério do Ambiente e Energia, através da Agência Portuguesa do Ambiente, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral de Saúde".
A propósito dos incêndios que nos últimos dias consomem floresta e mato, em particular no norte do país, e da previsão de perigo de incêndio rural, a Direção-Geral de Saúde (DGS) emitiu na terça-feira uma série de recomendações.
Em situação de inalação de fumos, a DGS recomenda retirar a pessoa do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor e avisa que "a inalação de fumos ou de substâncias irritantes químicas, e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias".
A utilização de máscara/respirador (N95) é recomendada sempre que a exposição for inevitável, bem como manter a medicação habitual "se tiver doenças associadas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crónica e seguir as indicações do médico perante o eventual agravamento das queixas".
Homem detido em Figueira de Castelo Rodrigo por incêndio florestal
A detenção ocorreu na sequência de um incêndio florestal que deflagrou naquele concelho, tendo os militares da Guarda desenvolvido diligências policiais que permitiram apurar que o incêndio teve origem durante trabalhos agrícolas realizados com recurso a uma grade de discos. No decurso desta ação, o suspeito terá provocado, de forma acidental, um incêndio que consumiu cerca de dois hectares de área agrícola e freixos.
Ponte da Barca. População retirada durante a noite já regressou a casa
Na área onde está a frente ativa existem várias aldeias “que podem ter uma situação mais aflitiva”.
Fogo em Cinfães em fase de resolução
De acordo com a página oficial da ANEPC, às 07:45 este incêndio em Nespereira, Cinfães, estava em fase de resolução, ou seja, "sem perigo de propagação", mas ainda a ser combatido por 62 operacionais, com apoio de 15 meios terrestres.
O alerta deste incêndio tinha sido dado às 12:20 de quarta-feira,
Segundo a ANEPC, às 07:45 existiam seis incêndios rurais significativos, dos quais três estão já em fase de resolução: Em Cinfães (o mais recente), em Nisa (Portalegre) e em Paredes (Porto).
Continuam ativos os incêndios em Penafiel (Porto), Arouca (Aveiro) e Ponte da Barca (Viana do Castelo).
Últimas horas em Arouca foram de muito trabalho
“O trabalho foi profícuo” e hoje de manhã a “situação está bastante mais controlada”, existindo apenas “uma linha de fogo ainda ativa no município de Cinfães”.
A esperança dos operacionais é que nas próximas horas a frente ativa seja “dada como extinta”. E “ter todo o perímetro, mais de 48 quilómetros de perímetro de incêndio e mais de 4.500 hectares completamente estabilizado”.
No entanto, o trabalho dos operacionais no terreno vai prolongar-se “por longas horas, naquilo que é a consolidação dos pontos quentes e vigilância de alguns pontos e rescaldo”.
“Efetivamente hoje temos um início de dia mais tranquilo que aquilo que foram os últimos dias”, acrescentou Hugo Santos nas declarações à jornalista da RTP, Carolina Ferreira.
Estrada Nacional 108 cortada ao trânsito em Melres, Gondomar
Esta era àquela hora a única via do país condicionada devido aos fogos.
Pelas 07:30, 1.317 operacionais e 443 meios combatiam incêndios em Ponte da Barca (Viana do Castelo), Penafiel (Porto), Arouca (Aveiro) e Cinfães (Viseu), considerados os mais significativos pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A GNR aconselha que se esteja sempre acompanhado de telemóvel para evitar acidentes.
Quase todos os concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Cerca de 150 habitantes de quatro aldeias de Ponte da Barca regressam a casa
"As últimas pessoas que foram retiradas estão a ser encaminhadas nos autocarros para as suas habitações. Neste momento a toda a gente que foi deslocada já foi dada a ordem para regressarem às casas e estava a ser providenciada essa deslocação", disse o comandante sub-regional do Vale do Ave da ANEPC, Rui Costa.
Na quarta-feira à noite, o presidente da câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, disse à Lusa que cerca de 150 pessoas das localidades de Igreja, em Britelo, Sobredo, Germil e Lourido, na Serra Amarela, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, foram retiradas das habitações por questões de segurança.
"Neste momento em todas as aldeias estão garantidas as condições de segurança", disse o comandante Rui Costa à Lusa cerca das 07:00.
O incêndio no município de Ponte da Barca (Viana do Castelo) está ativo desde sábado e estendeu-se ao concelho vizinho de Terras de Bouro (Braga).
De acordo com o comandante Rui Costa, às 07:00 de hoje o incêndio continuava com quatro frentes ativas, uma delas "mantém uma atividade maior" e no terreno aguarda-se a chegada de meios aéreos.
"Estamos a aguardar a chegada dos meios aéreos para consolidarmos e termos mais capacidade de resposta nestes locais, onde, em alguns deles, estão a ser feitos trabalhos efetuados com recurso a trabalho apeado", disse.
De acordo com informações na página oficial da ANEPC, este incêndio em Ponte da Barca mobilizava, às 07:00, 409 operacionais, apoiados por 142 meios terrestres.
A mesma fonte indica que continuam ativos outros três incêndios no país, em Penafiel (Porto), Arouca (Aveiro) e Cinfães (Viseu), que estão a ser combatidos por 1.317 operacionais e 443 meios.
Em fase de resolução estão os incêndios em Nisa (Portalegre) e Paredes (Porto), com um total de 283 operacionais e 93 meios.
Vento e orografia são obstáculos para os bombeiros
Ao início da manhã, não havia quaisquer aldeias ameaçadas pelas chamas, ainda de acordo com Rui Costa.
Questionado sobre o número de meios aéreos disponíveis para esta quinta-feira, o comandante sub-regional adiantou que há quatro aeronaves mobilizadas.
Dois grandes incêndios continuam a lavrar: Ponte de Barca e Arouca
- Pelas 7h00 desta quinta-feira, havia 700 operacionais mobilizados para o combate às chamas em Arouca e 400 em Ponte da Barca. No incêndio de Arouca, uma das frentes chegou ao município de Cinfães. Quanto a Ponte da Barca, o combate está a ser dificultado pelo vento e pela orografia;
- Cento e cinquenta habitantes de quatro aldeias de Ponte da Barca foram retirados de casa. Em Arouca já arderam cerca de quatro mil hectares;
- Parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês está a arder e, na quarta-feira, o incêndio chegou ao concelho de Terras de Bouro, no distrito de Braga;
- Uma das aldeiras evacuadas é Lourido. A GNR esteve no local com a ajuda do padre a explicar aos habitantes que tinham de sair por precaução. Trata-se de uma aldeia com 20 pessoas;
- A aldeia de Sobredo, em Ponte da Barca, recebeu também ordem de evacuação, mas parte da população resistiu;
- O presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, afirmou ter recebido a garantia, por parte do Governo, de que esta quinta-feira chegariam mais meios aéreos;
- Foram já detidas sete pessoas, nos últimos dias, por suspeita de crimes florestais. Entre os detidos está um homem suspeito de ser o autor de cinco crimes de incêndio e uma jovem de 16 anos que estaria "a queimar artigos de vestuário" em Ílhavo;
- A Polícia Judiciária já deteve 26 suspeitos de fogo posto desde janeiro;
- A GNR recorda que as queimadas são uma das principais causas de incêndios em Portugal e que estão proibidas nesta altura do ano;
- O secretário de Estado da Proteção Civil argumenta que a ministra da Administração Interna foi mal interpretada quando referiu ser irrelevante o número meios aéreos disponíveis para o combate às chamas no país;
- A área ardida em Portugal triplicou relativamente ao ano passado. De acordo com o Diário de Notícias, entre 1 de janeiro e 15 de julho cerca de três mil fogos queimaram quase 11 mil hectares. No mesmo período de 2024, arderam 3.500 hectares;
- A quase totalidade dos concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro encontram-se esta quinta-feira em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera;
- Diante de uma previsão de temperaturas máximas acima dos 30 graus em todo o territóri continental, o IPMA coloca em perigo máximo de incêndio rural o distrito de Bragança, excetuando-se os concelhos de Vinhais e Carrazeda de Ansiães;
- O mesmo sucede nos distritos da Guarda, com exceção de Manteigas, e de Castelo Branco, exceto Idanha-a-Nova.
- A previsão alarga-se a alguns concelhos da região norte de Santarém, nomeadamente Alcanena, Tomar e Abrantes;
- No distrito de Faro, há sete concelhos em perigo máximo de incêndio rural. Trata-se de Lagos, Monchique, Portimão, Silves, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira;
- Todo o continente está debaixo de aviso amarelo para tempo quente, exceto o Algarve;
- Prevê-se vento por vezes forte nas terras altas, até meio da manhã, e uma descida de temperatura no litoral Centro.
- Para o distrito de Beja há previsão de aguaceiros e possibilidade de trovoada, embora a temperatura máxima espera da seja de 39 graus.
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Foto: Estela Silva - Lusa
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Foto: José Pinto Dias - RTP