Irregularidades Santa Casa. Ex-provedor diz que tutela conhecia atividade e nunca pediu explicações

por RTP

Edmundo Martinho, ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia, questionado sobre eventuais irregularidades da instituição na internacionalização, afirma que "a Santa Casa funciona com um corpo altamente qualificado de trabalhadores" que dão segurança nas decisões que tomam e que trabalham nos planos de atividade e orçamentos. A instituição, garante, rege-se por um conjunto de regras e diplomas que disciplinam a sua atividade.

O investimento na internacionalização foi uma decisão "na convicção de que nos anos seguintes haveria perdas de receitas dos lados dos jogos, fruto das opções online, e que era preciso compensar".

Acrescentou que foi para isso criada uma entidade autónoma que se rege de acordo com as regras do direito comercial, com pessoas que transitaram da Santa Casa.
Orçamentos foram "do conhecimento da tutela"
Os valores implicados foram todos colocados em orçamento, "do conhecimento da tutela", referiu Edmundo Martinho, lamentando que as pessoas não tenham sido chamadas a explicar o processo, entre essas pessoas ele próprio.

Em relação ao referido pela atual provedora Ana Jorge acerca de eventuais irregularidades, por exemplo, em relação à raspadinha, o ex-provedor explicou que a Santa Casa entrou com uma candidatura ao processo de internacionalização no Brasil, tendo a instituição "um conjunto de documentos extensos e detalhados da operação".

Sobre as admissões de novos trabalhadores, Edmundo Martinho rejeita a existência de favorecimentos envolvendo ligações familiares, fenómenos de nepotismo que diz desconhecer.
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