Fátima, Vigília e o "êxodo" de peregrinos rumo ao Parque Tejo
Na Capelinha das Aparições, Francisco pediu uma Igreja acolhedora e “sem portas”, onde todos podem entrar.
"A capelinha onde nos encontramos constitui uma bela imagem da Igreja: acolhedora e sem portas", disse Francisco, num discurso improvisado.
O chefe da Igreja Católica esteve no Santuário durante duas horas, onde rezou pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia. Ficou vários minutos em silêncio em frente da imagem da Virgem de Fátima e ofereceu o Rosário de Ouro ao Santuário.
Estiveram presentes 200 mil pessoas, numa deslocação que ficou marcada pelas orações em conjunto com reclusos e peregrinos portadores de deficiência.
De seguida, Francisco regressou a Lisboa e esteve no Colégio São João de Brito, no Lumiar, onde se encontrou com membros da Companhia de Jesus.
O encontro privado estava previsto para as 18h00, mas o papa chegou ao colégio pelas 16h50 e saiu pouco depois das 18h00, de regresso à Nunciatura Apostólica.
Ao longo do dia, milhares de peregrinos dirigiram-se a pé até ao Parque Tejo sob temperaturas elevadas. A grande maioria caminhou a pé por várias horas nas horas de maior calor, atravessando artérias centrais da cidade como a Segunda Circular ou o IC2.
O cansaço e o calor provocaram uma maior afluência ao hospital de campanha no Parque Tejo, que não teve mãos a medir.
Na vigília com os peregrinos, que começou pelas 20h30, Francisco ouviu os testemunhos de Maria Luís, uma jovem moçambicana de Cabo Delgado, e do padre português António Ribeiro de Matos, que seguiu a sua vocação após um grave acidente.
No discurso de cerca de 10 minutos, Francisco apelou à ajuda ao próximo. “O único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para ajudá-la a levantar-se”, afirmou.
No Parque Tejo, milhares de peregrinos pernoitam e aguardam pela chegada do papa para a missa de domingo, o último dia de Jornada Mundial da Juventude e também o derradeiro dia do papa em Portugal para participar no evento.
De acordo com o programa, a Santa Missa começa às 9h00 no Parque Tejo, onde deverá ser anunciada a cidade da próxima Jornada Mundial da Juventude. À tarde, o papa desloca-se ao Passeio Marítimo de Algés para um encontro com os voluntários da JMJ.
Ao final da tarde, pelas 17h50, está prevista uma cerimónia de despedida na Base Aérea de Figo Maduro. O avião parte pelas 18h15 e deverá chegar a Roma já ao final do dia.
Francisco regressa à Nunciatura
"Não tenham medo", pede Francisco
Francisco lembrou ainda que, “na vida, nada é grátis, tudo se paga. Só uma coisa é gratuita: o amor de Jesus”.
“Portanto, com isto que temos gratuito e com a vontade de caminhar, caminhemos com esperança e com as nossas raízes e vamos para a frente, sem medo. Não tenham medo”, pediu.
"A alegria é missionária", diz o papa num forte apelo à ajuda ao próximo
“Maria vai porque ama. E quem ama voa, corre e alegra-se. Isto é o que o amor nos faz fazer”, respondeu. “Porque a alegria é missionária. A alegria não é só para um”.
Por essa razão, o sumo pontífice apelou aos presentes que não fiquem com esta experiência da JMJ só para si, mas que a levem para outros.
Francisco afirmou ainda que, “se olharmos para trás, vemos pessoas que foram como um raio de luz: pais, avós, amigos, padres, religiosos, catequistas, animadores, professores. Eles são como as raízes da nossa alegria”.
“E a alegria não está fechada na biblioteca, não está guardada com uma chave. A alegria tem de se procurar, de se descobrir no nosso diálogo com os outros, onde temos de dar essas raízes de alegria que temos recebido”.
“Isso, às vezes, é cansativo”, reconheceu o papa, referindo que nessas alturas podemos desistir e cair. “Acham que uma pessoa que cai na vida, que tem um fracasso, que até comete erros pesados, deixou de ser? Não”.
“O que é preciso fazer nessas ocasiões é levantar-se”, como acontece com “os alpinos que gostam de subir montanhas” e dizem que o que importa “não é cair, é não permanecer caído”.
“Quem permanecer caído reformou-se da vida já, fecha a porta da esperança e fica caído no chão. Quando vemos alguém caído, o que precisamos de fazer? Levantá-lo, com força”, aconselhou.
E “o único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para ajudá-la a levantar-se”.
Um milhão e meio de peregrinos para a Vigília no Parque Tejo
Começou a Vigília no Parque Tejo
Sistema de nebulização usado duas vezes para refrescar peregrinos no IC2
O comandante dos Sapadores de Lisboa disse à agência Lusa que o sistema de nebulização foi utilizado, entre as 14:30 e as 17:30, na hora do calor em dois pontos do IC2, onde estavam a passar milhares de peregrinos no pico do calor.
Estes peregrinos deslocavam-se para os setores B e C do Parque Tejo, pela zona de Loures, onde hoje à noite vai decorrer a vigília com o Papa Francisco no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Os bombeiros usaram cerca de 20.000 litros de água potável em cada uma das utilizações do sistema de nebulização.
O comandante explicou que a opção de utilizar o sistema neste local do IC2 esteve relacionada com a multidão de peregrinos no mesmo local, onde a temperatura era mais elevado do que no recinto.
Segundo a Proteção Civil, este sistema é um equipamento que permite, até com a ajuda do vento, fazer nebulização de uma determinada zona e, com isso, tentar, de alguma forma, dar mais alguma sensação de refrescamento aos peregrinos, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Papa chegou ao Parque Tejo
Jornalistas queixam-se de falta de condições para trabalhar no Parque Tejo
No entanto, a jornalista portuguesa do jornal digital 7Margens Clara Raimundo disse que os jornalistas "não ganham nada" em estar no centro de imprensa do Parque Eduardo VII, porque "não se apercebem daquilo que se passa" no Parque Tejo, que é onde decorrem as principais cerimónias da JMJ hoje e domingo.
Para a jornalista, parece ter havido um "problema com as estimativas dos lugares necessários".
"O mais complicado é que não cabemos todos e ainda há pessoas que estão para chegar. Temos colegas, por exemplo, grávidas. Obviamente, não podem estar aqui. Deve haver um problema com a climatização. Não sei se há ou não", afirmou, em declarações à Lusa.
"Acho estranho ter falhado aqui e não ter falhado no Parque Eduardo VII. (...) Toda a gente sabe que este é o auge da JMJ. É aqui que se concentram todos os peregrinos e dos todos os jornalistas, portanto, deveria ter havido um investimento maior aqui", salientou.
A jornalista alertou ainda para a falta de casas de banho e para a pouca variedade de comida.
Também a repórter venezuelana do jornal El Tigrense Miriam Oñez considerou que as "casas de banho estão muito longe", e que o calor dentro da tenda onde está instalado o centro de imprensa e os poucos postos de trabalho dificultam as tarefas dos jornalistas.
"Complica-se o trabalho para escrever, editar fotografias, porque estamos todos em grupo. Há jornalistas lá fora à espera para poderem trabalhar e há poucos lugares", realçou.
Miriam Oñez lamentou que a organização não tivesse pensado que "vinham tantos jornalistas do mundo a Portugal para cobrir tudo o que o Papa tem feito, tudo o que os jovens fazem".
"Deveria ter sido parecido com o do Parque Eduardo VII, com mais água. Aqui não há água, as casas de banho estão longe, o café é pouco e a comida é pouco acessível", reforçou.
O repórter de imagem dominicano Nelson Suarez, do La Voz de Maria, também se queixou, dizendo que "se sente muito calor e o espaço não ajuda para trabalhar".
"Devíamos ter um espaço mais amplo. Aqui sentimo-nos limitados ao espaço e o calor sufoca-nos um bocado", sublinhou.
Várias setores do Parque Tejo sem espaço para acolher todos os peregrinos previstos
A situação, que afeta o setor A do recinto, o mais próximo do "altar-palco" da JMJ, foi relatada por vários grupos à agência Lusa e confirmada pela organização, que disse "estar a ajustar o problema na alocação de peregrinos".
"Estamos a acompanhar com a segurança para garantir que todos têm o seu espaço. É o setor que sofre maior pressão por ser o mais próximo do altar", disse fonte da organização da JMJ.
Um grupo de cerca de 80 pessoas de uma paróquia do Porto, que chegou ao recinto pouco depois das 17:00 encontrou lotado o setor A4, que lhe estava destinado, contou à Lusa o frei José Manuel Silva.
O grupo foi encaminhado para o setor A8, "mas também estava cheio" e aí foi-lhe dito para "ir vendo por setores" onde poderia caber, explicou.
"Todos os setores A estão cheios", segundo José Manuel Silva, que disse que pediram ao grupo para ir para as zonas B e C, do outro lado do rio Trancão, já no concelho de Loures, e mais afastadas do palco principal JMJ, onde os jovens "não vão ver a vigília, nem o Papa, nem nada".
Este grupo do Porto pagou a inscrição, sublinhou José Manuel Silva, que considerou haver uma "grande falta de responsabilidade por parte de quem calculou o espaço e da organização".
O frei lamentou que no setor A onde deveria instalar-se com o seu grupo haja pessoas com credenciais com outras letras ou que tenham ocupado mais espaço do que deveriam, por terem trazido para o Parque Tejo "cadeiras, tendas e `barbecues`".
Um grupo de voluntárias do setor A17 confirmou por volta das 18:30 que não havia "espaço para toda a gente" e que estavam a reencaminhar os peregrinos para outras áreas.
"As pessoas ocupam mais espaço do que o previsto, estendem uma toalha que dá para sete e só lá estão três", disse uma delas à Lusa.
Contudo, para estas voluntárias, "é tudo uma questão de jeitinho e as pessoas acabam por caber".
No setor A21, um grupo de 140 peregrinos de Palencia, em Espanha, sentados em cima das mochilas num dos corredores que separa as áreas no Parque Tejo, foi informado de que não tinha espaço para ali se instalar.
"A organização está um desastre de cima a baixo. Se repararem, estão todos misturados", disse uma das peregrinas de Palencia, Esther, referindo-se às pessoas que estavam dentro do setor A21, mas com credenciais com indicação de instalação noutro local.
Centenas de milhares de pessoas estão no Parque Tejo para a vigília da JMJ, presidida pelo Papa Francisco, com início previsto para as 20:45.
A JMJ, considerado o maior evento da Igreja Católica, termina no domingo, com uma missa no mesmo local.
Papa a caminho do Parque Tejo
Presidente da República já sabe onde vai ser a próxima JMJ
Foto: Nuno Veiga - Lusa
Para o chefe de Estado, falta também falar daquilo que deve ser a mensagem de esperança para "o povo universal", e não apenas para os jovens.
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A ministra salientou a capacidade de resposta do Estado "às diferentes solicitações, desde a segurança à saúde".
"Hoje foi uma tarde de particular calor. O INEM e a Proteção Civil não deixaram de estar atentos a todas as dificuldades", destacou.
Ana Catarina Mendes considerou ainda que este evento mostra que Portugal é um país que "sabe acolher a diversidade" e destacou a "mensagem importante" deixada pelo papa Francisco para os jovens crentes e não crentes.
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Em relação a algumas queixas que se fazem ouvir por parte dos peregrinos, o autarca diz ser normal que “com este número de pessoas – há pessoas que estão desidratadas, há pessoas que se sentem mal – esses problemas acontecem, era impossível não acontecerem”.
Quantos às dificuldades de circulação, o presidente da Câmara diz ele próprio ter demorado “algum tempo” até chegar, mas considera “normal que assim seja”.
Papa já está na Nunciatura
Símbolos da jornada chegam ao Parque Tejo de barco
Na embarcação "Vala Real", da Câmara Municipal da Azambuja, vinham cerca de uma dezena de homens e mulheres com trajes tradicionais de pescador.
A Cruz, de madeira e com 3,8 metros de altura, foi construída a propósito do Ano Santo, em 1983, tendo já percorrido cinco continentes e a quase 90 países.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura.
Esta iniciativa, da responsabilidade do Apostolado do Mar, quer homenagear e dar a conhecer as embarcações típicas das povoações que se situam na beira-rio do Tejo.
Além desta embarcação vinham outras em procissão, numa alusão às tradicionais procissões marítimas de embarcações ornamentadas feitas ao longo da costa portuguesa em honra de Nossa Senhora.
Bombeiros molham peregrinos para reduzir efeitos do calor
Ativado o robot do Regimento de Sapadores Bombeiros de #Lisboa, por solicitação do posto de Comado do evento, para minimizar os efeitos do calor juntos dos peregrinos que continuam a chegar ao Parque Tejo/Campo da Graca. @jmj_pt pic.twitter.com/5SL7DWmXkY
— Lisboa (@CamaraLisboa) August 5, 2023
Papa encontrou-se com membros da Companhia de Jesus
Inicialmente previsto para as 18:00, o encontro privado acabou por ser antecipado, pelo que o Papa chegou ao colégio pelas 16:50 e acabou por sair pelas 18:10.
Francisco deixou a Nunciatura Apostólica, onde está instalado, pelas 16:30. Antes, dirigiu-se às pessoas que se encontravam no local, abençoou bebés e distribuiu sorrisos, tendo-se ouvido gritos "viva o Papa".
Jorge Bergoglio, que era arcebispo de Buenos Aires (Argentina) quando foi escolhido líder da Igreja Católica, em 13 de março de 2013, é o primeiro Papa americano. É, também, o primeiro Papa jesuíta.
A Companhia de Jesus foi fundada no século XVI por S. Inácio de Loyola e uma dezena de outros sacerdotes, entre os quais São Francisco Xavier, que "se quiseram pôr à disposição do Papa para servir a Igreja".
Os jesuítas, padres e irmãos, assumem, na atualidade, todo o tipo de missões, no campo do ensino, da cultura, da ação social e do acompanhamento espiritual, segundo informação da JMJ Lisboa 2023.
Em Portugal, os jesuítas estão presentes "desde a sua fundação, tendo-se destacado pela sua presença no ensino, não só em cidades como Lisboa, Coimbra e Évora, mas também através de uma rede de colégios presente em todo o território", de acordo com a mesma fonte.
A Província Portuguesa da Companhia de Jesus conta atualmente com cerca de 130 membros, dos quais 95 padres, 20 irmãos e 15 jesuítas em formação
Três dias depois da eleição, num encontro com jornalistas, Francisco explicou que escolheu o nome de Francisco porque São Francisco de Assis era "um homem da pobreza e um homem da paz".
"Francisco é o nome da paz, e foi assim que esse nome entrou no meu coração", disse.
Segundo o Papa, durante a eleição, estava ao lado do então arcebispo brasileiro de São Paulo, Cláudio Hummes (1934-2022), "um grande amigo".
"Quando as coisas ficaram perigosas, ele reconfortou-me. Quando os votos atingiram os dois terços, ele abraçou-me, beijou-me e disse-me: `Não te esqueças dos pobres`", contou o Papa aos jornalistas.
"Imediatamente, em relação com os pobres, eu pensei em Francisco de Assis", declarou nessa ocasião, acrescentando que para si aquele santo é "um homem da pobreza, um homem da paz, um homem que amava e protegia a criação".
Papa a caminho da Nunciatura
Procissão do Mar. Cruz Peregrina a caminho do Parque Tejo
JMJ. Aumentam pedidos de ajuda de vítimas de abusos após encontro com papa
"Ao longo destes dias, fruto deste encontro e de se ter falado sobre este tema ainda mais do que aquilo que já se tem vindo a falar ao longo destes meses, sentimos um aumento de pedidos de ajuda desde o início desta semana", disse à agência Lusa Rute Agulhas.
Este grupo foi criado em abril pela Conferência Episcopal Portuguesa e visa acompanhar e prevenir as situações de violência sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica.
A psiquiatra afirmou que a vinda do papa Francisco a Portugal para a Jornada Mundial da Juventude, assim como o facto de estar a falar sobre os abusos sexuais na Igreja de uma forma "tão clara e tão incisiva", está a "transmitir coragem para que outras vítimas façam o seu pedido de ajuda e a sua denúncia".
"Há pessoas que nos têm vindo a contactar ao longo desta semana que nos dizem: `senti-me cheio de força porque ouvi o Papa a dizer isto, a falar no tema, ganhei coragem ao ouvi-lo`. Tem sido um movimento muito interessante e muito importante de libertação e de quebrar este silêncio", observou.
Rute Agulhas, que esteve presente no encontro com o papa Francisco na quarta-feira, em Lisboa, considerou que essa reunião "foi muito importante" para as 13 vítimas que estiveram presentes, mas também "para outras que, não estando presentes fisicamente, se fizeram representar".
"Houve testemunhos escritos que eu entreguei, outras vítimas também entregaram esses mesmos testemunhos de outras vítimas e, portanto, explicar ao santo padre que estavam ali 13 pessoas, mas que há um número muito maior de vítimas identificadas em Portugal", afirmou. Algumas vítimas saíram do encontro "mais crentes"
No que se refere às 13 vítimas que marcaram presença, a psiquiatra salientou que "havia a expectativa de que este encontro as pudesse ajudar a encontrar alguma paz, alguma serenidade".
"Para algumas delas, foi um reencontro com a sua fé. Houve algumas vítimas que entraram ali muito descrentes e que saíram mais crentes. (...) As pessoas sentiram-se mais iluminadas, com mais esperança e sentiram a sua fé também reforçada", indicou.
Rute Agulhas acrescentou que, durante o encontro, o Papa Francisco foi "muito atencioso, muito empático, deu todo o tempo e todo o espaço que as pessoas precisaram para falar e para dizer aquilo que sentiam e que pensavam".
"Em momento algum apressou quem quer que fosse, houve várias pessoas que falaram mais do que uma vez, em momentos diferentes. O santo padre ia ouvindo, ia acenando com a cabeça, ia validando, ia dizendo coisas como `é muito duro, compreendo`, expressões que transmitem empatia e validação das emoções das pessoas", referiu.
Segundo relatos de participantes na reunião, o papa Francisco pediu também "perdão em nome pessoal e em nome da Igreja" às vítimas. Papa quer Igreja "mais atenta"
Rute Agulhas disse que, no final do encontro, o papa proferiu "palavras de encorajamento, de não silenciamento destes situações que a Igreja tem escondido ao longo dos tempos", além de ter agradecido ao Grupo VITA pelo trabalho que tem realizado, incentivando-o a continuar a acompanhar as vítimas.
Questionada sobre quais os próximos passos que a Igreja deve dar sobre esta matéria, a psiquiatra respondeu que "há muito a fazer", em particular no que se refere à prevenção de abusos.
"Estamos todos muito focados na prevenção primária, na capacitação das estruturas da Igreja, é algo que as vítimas dizem muitas vezes: `já aconteceu comigo e não dá para voltar atrás, que não aconteça com mais ninguém`", referiu.
Segundo a psiquiatra, esta preocupação foi transmitida por várias vítimas ao papa Francisco, que, por sua vez, também "reforçou a importância de se prevenir [estes casos], de haver uma Igreja mais protetora, mais atenta".
"No fundo, é uma responsabilidade de todos enquanto comunidade: de estarmos atentos e protegermos as nossas crianças e jovens", referiu.
Papa chega ao Colégio de S. João de Brito
Milhares no Parque Tejo à espera do papa
Papa sai da Nunciatura para o encontro com os membros da Companhia de Jesus
PSP apela à hidratação
Equipas para sistema de nebulização estão prontas para atuar em caso de necessidade
"As equipas que vão fazer esse trabalho (sistema de nebulização) estão prontas e será avaliado no local a necessidade de realizar essa operação. Não é de mais recomendar que essa não é a solução para o problema, a solução é a hidratação", disse Mário Silvestre, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Na conferência de imprensa diária sobre o plano de segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que hoje cumpre o quinto dia, Mário Silvestre sublinhou que "contra a desidratação a mensagem é beber água e usar protetor solar e chapéu".
"Isso sim é a solução para o calor que temos, não é a nebulização", frisou, reforçando o uso da água.
O sistema de nebulização que poderá ser acionado em caso de necessidade é um equipamento que permite, até com a ajuda do vento, fazer nebulização de uma determinada zona e, com isso, tentar, de alguma forma, dar mais alguma sensação de refrescamento aos peregrinos, segundo a ANEPC.
Mário Silvestre frisou que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu um aviso vermelho para Lisboa, no domingo, devido ao calor.
O palco da JMJ para hoje e domingo é no Parque Tejo, onde vai decorrer uma vigília e uma missa com a presença do Papa Francisco.
O responsável pela Proteção Civil indicou que "o dispositivo da ANEPC vai atingir hoje o nível máximo com um conjunto de valências referenciadas no âmbito das necessidades da análise de risco ao Parque Tejo", estando no terreno 2.019 operacionais e 559 meios de socorro.
Mário Silvestre deu também conta que, nas últimas 24 horas, registaram-se um aumento das ocorrências relacionadas com a JMJ, mas "não são consideradas relevantes".
A Proteção Civil alertou ainda para o risco de incêndios que é "muito elevado e máximo" em quase todo o país, pelo que todos os cuidados "devem ser redobrados" relativamente ao uso do fogo.
GNR mobilizou 2.000 militares para Fátima e não registou incidentes significativos
"Estiveram empenhados em Fátima cerca de 2.000 militares no dispositivo todo de segurança", afirmou Mafalda Almeida, na conferência de imprensa diária sobre a operação de segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
A responsável sublinhou que a operação de segurança em Fátima "decorreu sem qualquer incidente significativo".
Mafalda Almeida notou que "as valências da Guarda garantiram um patrulhamento diferenciado, tecnológico, multidisciplinar e com dimensão também internacional", referindo que participaram na operação 44 militares de forças provenientes de Espanha, Itália e França.
"Relativamente à chegada dos peregrinos ontem [sexta-feira] à noite, houve muitos peregrinos que acabaram por permanecer no santuário e esperar por sua santidade agora de manhã. Para isso, reforçámos o dispositivo de segurança que lhes conferiu a segurança necessária para eles permanecerem ali durante toda a noite", apontou.
A porta-voz da GNR indicou ainda que todas as pessoas que entraram no Santuário de Fátima foram revistadas, não tendo havido registo de incidentes.
Hoje, à saída do Santuário de Fátima, também não houve acidentes a registar, indicou.
O Papa Francisco esteve hoje em Fátima durante duas horas para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia, no âmbito da sua deslocação de cinco dias a Lisboa para presidir à JMJ, considerado o maior evento da Igreja Católica.
De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, 200 mil pessoas estiveram no Santuário de Fátima para receber o Papa.
Papa preferiu improvisar e não ler discurso em Fátima, esclarece Vaticano
"O papa decide mudar o seu discurso como pastor perante os fiéis que estão à sua frente", explicou Matteo Bruni, que esclareceu que não se trata de um problema de visão.
Acrescentou que na casa paroquial no bairro da Serafina, em Lisboa, não terminou a sua mensagem porque "havia um problema de iluminação" e, como o próprio pontífice explicou, não queria cansar a vista.
Desde a sua chegada a Lisboa, na quarta-feira, para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa preferiu saltar ou não ler os discursos preparados em três ocasiões, incluindo a Via-Sacra de sexta-feira, e hoje não leu a oração à Virgem que estava prevista e na qual se esperava que pedisse a paz.
No entanto, Matteo Bruni sublinhou que a paz foi pedida no quarto mistério do rosário, que rezou com jovens doentes e alguns prisioneiros, e que substituiu a oração prevista por uma Avé Maria.
O Papa também fez um apelo à paz numa mensagem publicada na rede social Twitter, a propósito da visita ao santuário de Fátima, consagrando a Maria a Igreja e o Mundo, especialmente os países em guerra.
Na mensagem acrescenta a seguir: "Alcançai-nos a paz. Vós, Virgem do Caminho, abri sendas onde parece que não há".
Lisboa está a ser palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.
Polícia Marítima regista 14 ocorrências desde o início do evento
Segundo dados divulgados pelo Sistema de Segurança Interna (SSI), referentes ao quarto dia da JMJ, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) assinalou na sexta-feira duas ocorrências.
Num comunicado, a AMN alerta ainda para as correntes que são sentidas no rio Tejo.
Numa eventual deslocação à praia, a autoridade recomenda as praias vigiadas, o respeito pela sinalização das bandeiras, das praias e as indicações dos nadadores-salvadores, dos agentes da autoridade e dos elementos que reforçam a vigilância nas praias.
A AMN pede ainda para as pessoas vigiarem as crianças e que evitem "dar saltos e mergulhos para a água".
"Em caso de emergência não entre na água, chame o nadador-salvador ou ligue o 112. Não perca de vista os seus pertences", acrescenta.
Na quarta-feira, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, admitiu estar preocupado com os mergulhos dos peregrinos no Rio Tejo e garantiu que está a haver um reforço de segurança e patrulhamento.
Um jovem peregrino croata de 21 anos está internado desde terça-feira no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com uma lesão grave na sequência de um mergulho na praia.
Lisboa está a ser palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.
Quase 1,2 milhões pessoas controladas nas fronteiras e recusada entrada a 172
O controlo documental nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres no âmbito da JMJ entrou em vigor em 22 de julho e está a ser feito de forma seletiva e direcionado com base em informações e análise de risco.
Um balanço feito pelo Sistema de Segurança Interna (SSI) indica que foram controladas, até sexta-feira, 17.715 viaturas nas fronteiras terrestres, 1.745 embarcações nas marítimas e 6.040 aviões nas aéreas.
Segundo o SSI, nas fronteiras terrestres foi recusada a entrada a 110 pessoas e nas aéreas 62, sendo a maioria por falta de visto válido, não comprovação dos objetivos da estada, interdição de entrada em espaço Schengen e ausência de visto adequado à finalidade pretendida.
O SSI indicou ainda que 63.137 pessoas foram controladas, desde 22 de julho, nas fronteiras terrestres e 80.699 passageiros nas fronteiras marítimas pelo SEF e GNR, enquanto nos aeroportos o SEF e a PSP controlaram 1.047.932 pessoas.
O controlo documental nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres no âmbito da JMJ vai ser feito até à próxima segunda-feira.
Lisboa está a ser palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.
Esperam-se milhares na vigília no Parque Tejo
Forças de segurança reforçam dispositivo no Parque Tejo
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Papa de regresso à Nunciatura até encontro com membros da Companhia de Jesus
PSP regista acidente de autocarro com 50 peregrinos em Lisboa sem feridos
De acordo com os dados divulgados pelo Sistema de Segurança Interna (SSI), referentes ao quarto dia da JMJ, a PSP destacou o acidente do autocarro na Avenida Doutor Alfredo Bensaúde.
Também foi descoberto um cidadão marroquino no Jardim Amália Rodrigues, "escondido nos arbustos e indocumentado".
"Foram efetuadas as diligências necessárias e o indivíduo foi notificado para comparecer no SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras]", indicou.
A PSP salientou ainda que um grupo de 10 peregrinos brasileiros foi alvo de furto, tendo-lhes sido roubados 766 euros e vários objetos pessoais.
Em Lisboa, acrescentou a força da segurança, um cidadão polaco viu o seu telemóvel, avaliado em 300 euros, ser roubado por cinco pessoas.
A PSP aconselha as pessoas a não colocarem os seus objetos pessoais, como o telemóvel ou a carteira, nos bolsos de trás, pedindo que as pessoas usem a "mochila virada para frente" e evitem "lugares mal iluminados".
Segundo a Santa Sé, 800.000 pessoas estiveram na sexta-feira no Parque Eduardo VII, em Lisboa, onde decorreu a Via-Sacra presidida pelo Papa Francisco.
Lisboa está a ser palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.
Peregrinos enchem as ruas de Lisboa e dirigem-se para o Parque Tejo
Transportadas para hospitais 63 pessoas das 848 assistidas na sexta-feira
Desde o dia 01 de agosto, quando começou a JMJ em Lisboa, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) prestaram assistência a 2.222 peregrinos, 174 dos quais foram transportados para unidades hospitalares, segundo o Sistema de Segurança Interna (SSI).
Os dados do SSI, referentes ao quarto dia da JMJ, dão conta de que o INEM e a ANEPC responderam a 911 ocorrências, num total de 2.386 ocorrências desde 01 de agosto.
No total, o INEM e a Proteção Civil empenharam, na quinta-feira, 637 operacionais e 323 meios.
Segundo a Santa Sé, 800.000 pessoas estiveram na sexta-feira no Parque Eduardo VII, em Lisboa, onde decorreu a Via-Sacra presidida pelo Papa Francisco.
Lisboa está a ser palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco e que, até domingo, reúne milhares de peregrinos de todo o mundo.
Peregrinos enchem ruas da capital a caminho do Parque Tejo
Papa de regresso à Nunciatura Apostólica
JMJ. Carris cede 45 autocarros para encontro entre voluntários e o Papa em Algés
Em comunicado, a Carris indica que vão ser disponibilizados "25 autocarros articulados e 20 `standard`, que farão pelo menos uma vez o percurso, sendo que alguns destes autocarros farão várias vezes a viagem".
Segundo a Carris, estes autocarros permitirão que "pelo menos 12 mil voluntários cheguem ao encontro com o Papa Francisco em Algés, onde o Santo Padre vai agradecer a todos quantos deram o seu tempo e os últimos anos à organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)".
De acordo com o programa oficial da JMJ, o Papa irá deslocar-se no domingo, pelas 16:30, ao Passeio Marítimo de Algés para ali se encontrar com cerca de 30 mil voluntários, naquela que será a última iniciativa de Francisco em Portugal, antes de regressar ao Vaticano.
Na sexta-feira, a Câmara Municipal de Oeiras indicou que este encontro vai obrigar a cortes e condicionamentos de trânsito no município.
Os cortes de trânsito irão ocorrer na Avenida Marginal (EN6), em ambos os sentidos, desde o nó com a Nacional 6-3 (Alto da Boa Viagem) até à Avenida da Índia, com desvio para a Rua Damião de Góis; no IC 17 CRIL, em ambos os sentidos, sendo que, no sentido norte-sul, estará cortado desde a saída para Miraflores, na Avenida Pierre Coubertin, junto ao Parque Técnico/Praça da Maratona do Jamor, até ao cruzamento com a Estrada da Costa.
Serão também cortadas ao trânsito a Estrada da Costa, entre o cruzamento com a Avenida Pierre Coubertin e a Faculdade de Motricidade Humana, a Rua João Chagas, entre o entroncamento com a Rua Dr. Mário Charrua e a Alameda Hermano Patrone, a Avenida General Norton de Matos e a Avenida Bombeiros Voluntários de Algés.
Irão ainda verificar-se condicionamentos de trânsito na Calçada Conde Tomar, na Rua Dr. Archer de Lima, Rua Mata de São Mateus, Rua da Piedade, Rua Ernesto da Silva, Rua Doutor Manuel de Arriaga, Calçada do Rio, Estrada Romeiras, Rua Damião de Góis e artérias adjacentes.
O percurso previsto para a passagem do Papa Francisco, a partir das 15:00, é a Avenida General Norton de Matos (rotunda da Água e a Avenida dos Bombeiros Voluntários de Algés), a rotunda (antiga praça de touros de Algés), o terminal rodoviário e o terrapleno de Algés.
O Papa está desde quarta-feira em Portugal para presidir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), onde são esperadas mais de um milhão de pessoas.
Papa de regresso a Lisboa
Parque Tejo espera pelo Papa
Papa Francisco já está a regressar a Lisboa
Papa começa a despedir-se de Fátima com mensagem de inclusão
Num trajeto em cadeira de rodas, Francisco cumprimentou dezenas de cidadãos com deficiência e foi insistindo com a sua comitiva para lhe permitirem este circuito inclusivo, saudando um a um com simplicidade antes de entrar no papamóvel para a viagem até ao heliporto.
O Papa vai regressar a Lisboa por volta das 11:00, onde presidirá à vigília que marcará também o penúltimo dia da Jornada Mundial da Juventude.
Antes, Francisco já tinha dito na Capelinha das Aparições que a Igreja não tem portas, porque é de todos.
O líder da Igreja Católica, que foi recebido por 200 mil pessoas no santuário, está desde quarta-feira em Lisboa e realiza hoje uma visita de duas horas a Fátima, cidade que já tinha visitado em 2017, aquando do centenário das "aparições".
À chegada ao santuário, Francisco tinha dedicado grande parte do seu tempo à bênção de bebés.
Papa despede-se dos peregrinos em Fátima
Papa Francisco: "A Igreja não tem portas para que todos possam entrar"
Foto: Pedro Nunes - Reuters
"A Igreja não tem portas para que todos possam entrar. E aqui, também, podemos insistir que todos podem entrar, porque esta é a casa da Mãe", disse Francisco, referindo que "uma Mãe tem sempre o coração aberto, para todos os filhos, todos, todos, todos, sem exceção".
"Maria acolhe a todos e indica-nos Jesus", disse. "Maria indica-nos Jesus com a sua presença".
Dom José Ornelas evoca Ucrânia e abusos em saudação ao Papa
"A nossa oração inspira-se também no cuidado materno da Mãe de Jesus, aqui revelado para com três crianças, pastorinhos simples e pobres, durante uma guerra sangrenta e uma pandemia que vitimou duas delas [Jacinta e Francisco], animando-as, no meio do sofrimento e fazendo nascer no coração delas a união a Jesus e a esperança, até à vida sem limites junto de Deus", disse o presidente da CEP.
Duzentas mil pessoas recebem o Papa no Santuário de Fátima
"As autoridades em Fátima estimam que estejam presentes cerca de 200 mil pessoas no Santuário para a recitação do terço", divulgou a Santa Sé.
Francisco está hoje em Fátima durante duas horas para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia, no âmbito da sua deslocação de cinco dias a Lisboa para presidir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), considerado o maior evento da Igreja Católica.
O líder da Igreja, que ainda hoje estará de novo na capital portuguesa para uma vigília, chegou à Capelinha das Aparições às 09:12, com dois ramos de flores nas mãos.
Após entrar na Capelinha das Aparições, Francisco deteve-se em silêncio em frente à imagem da Virgem de Fátima durante cerca de cinco minutos e ofereceu o Rosário de Ouro ao Santuário.
Depois do terço, o Papa dirigirá uma palavra aos peregrinos e regressará a Lisboa, onde deverá chegar às 11:50.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa até domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica.
Papa deixou oferta no Santuário de Fátima
Papa entra no Santuário de Fátima
Papa Francisco aterrou em Fátima
JMJ. Aumento das temperaturas preocupa Ministro da Administração Interna
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Papa Francisco já saiu da Nunciatura Apostólica em direção à base aérea de Figo Maduro
Papa vai a Fátima. Francisco parte às 8h00 de Figo Maduro
Muitos peregrinos estão em Fátima desde sexta-feira a aguardar chegada do papa
JMJ. Papa em Fátima de manhã e em vigília com jovens à noite em Lisboa
Francisco está em Lisboa desde quarta-feira para presidir à JMJ, o maior evento da Igreja Católica, mas vai hoje passar algumas horas em Fátima, no santuário que visitou pela primeira vez em 2017.
O Papa vai viajar num helicóptero da Força Aérea Portuguesa desde a base aérea de Figo Maduro, em Lisboa, até ao Estádio de Fátima, onde deverá aterrar por volta das 08:50.
Na Capelinha das Aparições, vai rezar o terço com 112 jovens, uns portadores de deficiência e outros reclusos que, "pela sua situação, não podem participar na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa", segundo o Santuário de Fátima.
Num texto publicado em julho, o diretor editorial dos media do Vaticano, Andrea Tornielli, disse que a ida do Papa a Fátima está ligada "à tragédia da guerra que atormenta a `martirizada Ucrânia`".
Esta é a segunda vez que Francisco visita o Santuário de Fátima, onde esteve em maio de 2017, para as comemorações do centenário das "aparições" e a canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto.
A GNR prevê que a lotação do santuário, com capacidade para 270 mil pessoas, seja ultrapassada este sábado durante a visita do Papa Francisco.
O Papa regressará a Lisboa, de helicóptero, por volta das 11:50.
À tarde, às 18:00, Francisco terá um encontro privado com membros da Companhia de Jesus, no Colégio de S. João de Brito, em Lisboa, e às 20:45 participará na vigília com os peregrinos da JMJ, no Parque Tejo, um recinto de 100 hectares que se estende por terrenos dos municípios de Lisboa e de Loures.
Para unir os dois concelhos foi construída uma ponte sobre o Rio Trancão.
As pessoas não inscritas na Jornada Mundial da Juventude terão de aceder ao Parque Tejo pela porta situada no lado de Loures, indicou a PSP na sexta-feira.
A JMJ termina no domingo, com uma missa celebrada pelo Papa no mesmo local.
A organização da JMJ espera mais de um milhão de pessoas nos eventos da Jornada, que arrancaram na terça-feira.
Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, 800.000 pessoas estiveram na sexta-feira no Parque Eduardo VII, onde decorreu a Via-Sacra com a presença do Papa.
Marcelo Rebelo de Sousa: "Fátima será um dos pontos altos da JMJ"
Fátima recebe o papa este sábado
Após a Via-Sacra, Marcelo elogia cerimónia "excecional"
"Tudo está a correr bem" a nível de segurança na JMJ, garante MAI
Foto: José Sena Goulão/POOL - Reuters
Questionado sobre se houve reforço dos meios de segurança, o ministro esclareceu que só houve reforço agora "na área da prevenção dos incêndios rurais". O governante deixou ainda um apelo à população, devido aos alertas de aumento da temperatura no país para os próximos dias, para que "todos procurem ter comportamentos e atitudes muito cuidadosos".
"A maior ajuda que podem dar ao país, neste momento (...), é todos terem um comportamento de grande responsabilidade".