País
José Paulo Fafe renunciou ao cargo de CEO da Global Media
O presidente da Comissão Executiva da Global Media, José Paulo Fafe, apresentou esta quarta-feira a sua demissão por considerar "estarem esgotadas" as condições para exercer as suas funções.
"Ao fim de quatro meses de exercício das funções, decidi hoje apresentar a renúncia ao cargo de presidente da Comissão Executiva do Global Media Group [GMG], onde igualmente detinha os pelouros editorial, de expansão e novos produtos", anunciou em comunicado.
José Paulo Fafe considera que estão "esgotadas" as condições para o exercício das funções, "nomeadamente os pressupostos essenciais, nomeadamente o necessário entendimento entre acionistas, para levar a cabo a reestruturação editorial que há muito este grupo necessita".
O CEO demissionário argumenta que esse é o "único caminho possível para um reposicionamento dos seus principais títulos e marcas", condição "indispensável para o seu crescimento e expansão".
Ainda no mesmo comunicado, José Paulo Fafe sublinha que "o rigor e a qualidade do jornalismo não se defendem com meras frases de efeito, slogans gastos, ou escondendo factos e realidades indesmentíveis".
"Constrói-se com projeto, com propósito", aponta José Paulo Fafe. Critica ainda a falta de "coragem" de quem prefere "refugiar-se num passado que lhes esconde as fraquezas".
Em tom de crítica, lamenta ainda que muitos se recusem "a fazer o futuro" por "inépcia e incompetência".
Há quatro meses que Fafe exercia as suas funções de CEO do grupo dono de títulos como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF, entre outros.
Quatro meses conturbados, sobretudo desde que a Comissão Executiva anunciou, a 6 de dezembro de 2023, que iria negociar "com caráter de urgência" a rescisão de 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
Há quatro meses que Fafe exercia as suas funções de CEO do grupo dono de títulos como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF, entre outros.
Quatro meses conturbados, sobretudo desde que a Comissão Executiva anunciou, a 6 de dezembro de 2023, que iria negociar "com caráter de urgência" a rescisão de 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
Semanas depois, no final de dezembro, o grupo Global Media admitiu perante os trabalhadores que se encontrava sem condições de pagar os salários daquele mês. Entretanto, José Paulo Fafe admitiu a possibilidade de despedimento coletivo caso a empresa não consiga atingir o número de rescisões que pretende.
Ainda esta semana, o Sindicato dos Jornalistas denunciou junto da Inspetora-Geral do Trabalho uma situação de "assédio laboral" no grupo Global Media, com "ações e pressões" da comissão executiva do grupo que "criaram um clima de intimidação sobre os trabalhadores e os seus representantes".