Líder dos Super Dragões. Fernando Madureira detido em operação da PSP no Porto

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

Fernando Madureira, o número um da claque do Futebol Clube do Porto, foi esta quarta-feira detido durante uma operação desencadeada pela Polícia de Segurança Pública na invicta, apurou a RTP. As autoridades fizeram buscas nas casas de outros elementos dos apoiantes portistas e fizeram mais de uma dezena de detidos, incluindo a mulher do líder dos Super Dragões.

Os 12 detidos foram distribuídos por diferentes instalações da PSP, que procurou assim evitar tumultos internos e externos, caso estivessem juntos.

A casa de Fernando Madureira em Vila Nova de Gaia foi um dos alvos das buscas levadas a cabo na manhã desta quarta-feira. Em causa estão os incidentes na última assembleia geral do clube e as ameaças a André Villas-Boas, candidato à presidência do Futebol Clube do Porto.As autoridades suspeitam da prática dos crimes de ofensas corporais, danos, coação e ameaças. 

A PSP desencadeou ainda diligências de buscas em residências de outros elementos da claque Super Dragões, tendo sido emitidos mais de dez mandados de detenção.

Cerca das 11h00, as buscas continuavam em curso, com a participação de elementos da PSP e da investigação criminal, mas o centro das operações era a casa de Fernando Madureira.
A RTP apurou que foram detidos pelo menos 12 suspeitos, incluindo Sandra Madureira, mulher do líder dos Super Dragões, e foram apreendidos pelo menos dois automóveis deste. Segundo fonte policial, foi também detido Vítor Catão, adepto do FC do Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova. Entre os detidos estão ainda um atual e um ex-funcionário do clube.
As autoridades escoltaram Fernando Madureira em direção ao DIAP. A RTP apurou também que, até agora, a PSP apreendeu mais de 30 mil euros, embora a contabilização ainda não esteja fechada.

A PSP do Porto confirmou entretanto que foram igualmente apreendidos "equipamentos eletrónicos e demais documentos de interesse para a investigação em causa", "estupefacientes vários, nomeadamente Cocaína e Haxixe", três veículos automóveis, vários milhares de euros, pelo menos uma arma de fogo, "artefactos pirotécnicos e "mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos".As diligências decorrem de processos relacionados com as alegadas agressões verificadas durante a assembleia geral do FC Porto de 13 de novembro e as eventuais ameaças ao candidato à presidência do clube André Villas-Boas.


Por sua vez, em comunicado, a Procuradoria-Geral da Repúbica do Porto confirmou que "se investigam os incidentes na assembleia geral do Futebol Clube do Porto" de dia 13 de novembro. 

A mesma fonte adianta que "foram executadas diligências de investigação compreendendo, entre o mais, buscas domciliárias e não domiciliárias.


"Foram também operadas 12 detenções fora de flagrante delito".

O Ministério Público, é acrescentado, apresentará na quinta-feira "os detidos para primeiro interrogatório judicial, promovendo a aplicação de medidas de coação".

A PGR do Porto refere ainda que está em causa a "prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espectáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coacção agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação".
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