Moedas diz que Balsemão "faz muita falta num mundo polarizado" porque "fazia pontes" entre uns e outros

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, lamentou esta terça-feira a morte do "amigo" Francisco Pinto Balsemão e disse que o empresário e político vai fazer "muita falta" num mundo polarizado, porque "fazia pontes" entre uns e outros.

Lusa /

Em declarações à Sic Notícias, Carlos Moedas enalteceu a coragem de Pinto Balsemão e a sua "energia muito única", além da "capacidade de comunicação absolutamente extraordinária" e o facto de ser um homem "moderno".

Além disso, "é um homem que nos vai fazer muita falta, sobretudo num mundo muito polarizado de uns contra os outros". Porque "Ele era um homem de uns e os outros, que fazia as pontes, que ligava", realçou.  

Por todas as suas virtudes, "foi das primeiras pessoas com quem falei em 2021 quando decidi candidatar-me à Câmara Municipal de Lisboa", afirmou Carlos Moedas, lembrando que também por isso decidiu atribuir-lhe a Medalha de Honra da Cidade de Lisboa.

O militante do número um do PSD Francisco Pinto Balsemão morreu hoje, confirmou à Lusa fonte oficial do partido.

A notícia da morte, aos 88 anos, do antigo primeiro-ministro foi transmitida pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, durante o Conselho Nacional do partido, sendo audíveis aplausos na sala.

Quase à mesma hora, em comunicado, a Impresa, grupo de comunicação social que fundou, informou que Francisco Pinto Balsemão morreu "de causas naturais" e que "os seus últimos momentos foram acompanhados pela família".

Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, e da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992.

Foi também um dos fundadores, com Francisco Sá Carneiro, do Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD), em 1974, era, até hoje, o seu militante número um, e era também membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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