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Mortalidade em excesso. Gripe pode explicar mortes a mais no início de dezembro
Pela segunda semana consecutiva, foram contabilizadas mais mortes em Portugal do que o previsto nesta altura do ano: foram 600 óbitos a mais entre 6 e 14 de dezembro. A gripe e o frio são as principais razões para estes números.
Foto: Hannah McKay - Reuters
Entre 6 e 14 de dezembro, Portugal acumulou 600 mortes. Segundo José Coutinho Costa, pneumologista da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, o excesso de mortalidade que ocorreu - sobretudo acima dos 65 anos - deve-se à debilidade do sistema imunitário e a estímulos externos.
A descida das temperaturas contribui para este cenário, assim como o facto de a gripe ter começado mais cedo.
Desde o início da época gripal, já foram identificados quase 38.500 casos positivos de infeção respiratória e cerca de 5.600 casos de gripe.
Os pneumologistas garantem que a vacinação continua a ter uma eficácia alta e é a melhor forma de prevenir complicações.
Até ao dia 14 de dezembro foram vacinadas mais de dois milhões e 400 mil pessoas. É um aumento de oito por cento em relação ao ano passado.
Os episódios de urgência aumentaram nas últimas semanas e várias unidades locais de saúde já ativaram os planos de contingência. Cancelaram cirurgias não urgentes, aumentaram as camas nas enfermarias e introduziram o uso de máscara nos serviços.
A atividade gripal mantém-se crescente em Portugal. O pico da gripe ainda não foi atingido e pode chegar no final de dezembro ou início de janeiro.