PJ faz buscas na Câmara de Loures por suspeitas de "atos ilegais" na Polícia Municipal

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, realizou, esta terça-feira, buscas na Câmara Municipal de Loures por suspeitas da prática de "diversos atos ilegais" por parte de elementos da Polícia Municipal.

RTP /
Foto: Rui Alves Cardoso - RTP

Em comunicado, a PJ explica que a operação foi realizada no âmbito de seis inquéritos dirigidos pelo DIAP de Loures, “visando a execução de 15 mandados de busca e apreensão e de pesquisa informática, onde se investigam factos suscetíveis de consubstanciar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, abuso de poder, falsidade informática e falsificação de documentos”.A RTP apurou que estará em causa a suspeita de coimas passadas sem justificação com o objetivo de angariar verbas.

“Em causa estão suspeitas da prática de diversos atos ilegais, por parte de elementos da Polícia Municipal, designadamente, no levantamento e tramitação de autos de contraordenação”, acrescenta.
Alexandra Sofia Costa - Antena 1

Para além disso, a PJ está ainda a investigar “factos relacionados com a realização de serviços gratificados, sem enquadramento legal e em benefício de empresas privadas, bem como o pagamento de trabalho suplementar e horas extraordinárias em incumprimento das disposições legais aplicáveis”.

Participaram na operação cerca de 30 inspetores e peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ.
"A colaborar plenamente"
Em comunicado, a Câmara Municipal de Loures veio entretanto confirmar "a realização, esta terça-feira, de
diligências por parte da Polícia Judiciária nas instalações da Polícia Municipal".

"O município está a colaborar plenamente com as autoridades competentes, prestando todos os esclarecimentos e a documentação solicitada, com total transparência e sentido institucional", lê-se na nota enviada às redações.

"A Câmara Municipal de Loures reafirma o seu compromisso com os princípios da legalidade, da ética e da boa gestão pública, confiando plenamente no trabalho da justiça", conclui a autarquia.

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