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PJ realiza buscas na Câmara de Oeiras por suspeitas de corrupção
A Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara Municipal de Oeiras, no âmbito de uma investigação "a eventuais crimes de prevaricação, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas".
Em comunicado, a PJ confirma as buscas na Câmara Municipal de Oeiras e “em empresas do setor turístico”.
A Polícia Judiciária teve como objetivo “a recolha de elementos documentais, com vista ao desenvolvimento e conclusão, tão breve quanto possível, das investigações em curso”.
As suspeitas estarão relacionadas com contratos celebrados entre o município de Oeiras, liderado por Isaltino Morais, e a empresa Municípia (empresa de cartografia e sistemas de informação), da qual a autarquia é uma das acionistas.
O principal visado é o diretor-geral da empresa Municípia, tendo a PJ feito buscas também na casa de António Fernandes.
O presidente da Câmara de Oeiras diz que "soube das buscas" pela comunicação social e não sabe concretamente quais são as transferências suspeitas.
No entanto, dado o valor em causa, Isaltino Morais acredita que a investigação está relacionada com negócios em Nampula, Moçambique.
O presidente de Oeiras garante que, na sequência "de denúncias e notícias" há cerca de dois anos, a Câmara Municipal "promoveu uma auditoria externa” a estes negócios.
Então a auditoria terá encontrado “alguma questão formal”, mas não encontrou "ilegalidades”.
Isaltino Morais também não entende que envolvimento a autarquia possa ter neste caso.
Ainda no âmbito desta investigação, a Polícia Judiciária esclarece, em comunicado que, para além das buscas na autarquia de Oeiras, também deu “cumprimento de mandados de busca (…) na Câmara de Grândola”.