Politécnico de Beja cria observatório para estudar envelhecimento no Alentejo

por Lusa

Beja, 10 jul (Lusa) - O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) vai criar um observatório para estudar o envelhecimento no Alentejo e intervir na comunidade para promover a proteção, a saúde e a qualidade de vida dos idosos mais pobres e desfavorecidos.

O Observatório das Dinâmicas do Envelhecimento do Alentejo (ODEA) deverá começar a funcionar no próximo mês de outubro e será "um centro de investigação, desenvolvimento e intervenção na área do envelhecimento", sobretudo no Baixo Alentejo e no Alentejo Litoral, explicou hoje à agência Lusa o presidente do IPBeja, Vito Carioca.

Segundo aquele responsável, o observatório irá "avaliar e monitorizar o estado da população envelhecida", através de produção e divulgação de investigação sobre o envelhecimento no Baixo Alentejo e no Alentejo Litoral e de intervenção social na comunidade para a "promoção da proteção dos mais pobres e desfavorecidos a partir dos 65 anos".

Segundo o despacho de criação do observatório, assinado por Vito Carioca, o ODEA irá desenvolver "um olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento" e "centrar a sua principal preocupação" na "promoção do envelhecimento bem-sucedido, com saúde, qualidade de vida e dignidade".

O ODEA tem como "principais objetivos" o levantamento de dados que "permitam conhecer o estado e identificar os problemas" da população idosa e produzir e divulgar conhecimento, investigação e estudos sobre o envelhecimento no Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, refere o despacho.

Desenvolver instrumentos de observação e vigilância de "aspetos relevantes para um envelhecimento bem-sucedido" e estruturas de apoio na comunidade para se poder prevenir riscos e proteger a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar e resolver problemas dos idosos são outros dos objetivos principais do observatório.

Promover a proteção, a educação e a formação dos idosos, a investigação e o desenvolvimento na área do envelhecimento ativo e desenvolver atividades e eventos para divulgar o conhecimento produzido também estão elencados como objetivos principais do observatório.

O ODEA vai ser constituído por uma comissão científica, um Centro de Investigação e Apoio sobre o Envelhecimento Ativo e uma equipa de intervenção na comunidade e criar um portal na Internet para divulgar dados organizados sobre o envelhecimento, explicou Vito Carioca.

A intervenção do observatório junto da comunidade irá centra-se em áreas como prevenção de riscos de envelhecimento, saúde, apoio psicológico, reforma, educação, formação, trabalho, turismo, cultura, animação, género, cidadania, direito e segurança dos idosos.

Segundo Vito Carioca, o observatório, através de protocolos, pretende realizar parcerias com entidades, sobretudo autarquias e instituições de apoio a idosos, "interessadas numa intervenção social forte e em sinergias capazes de viabilizar o desenvolvimento de dinâmicas na área do envelhecimento".

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