Incêndio em Vila Pouca de Aguiar dado como dominado
Foto: José Pinto Dias - RTP
Situação de alerta prolongada até 13 de agosto
A ministra revelou que vai haver penas mais pesadas para os crimes de incêndio. O governo já está a preparar a proposta para levar ao parlamento.
Proteção Civil registou 55 ocorrências
A Proteção Civil registou 55 ocorrências até às 17h30 desta quinta-feira. Do total destas ocorrências, 14 tiveram início durante o período noturno, mobilizando um total de 1.609 operacionais, com o apoio por 421 veículos e 68 missões aéreas.
Monumentos de Sintra continuam encerrados devido à situação de alerta
"Na sequência da declaração de situação de alerta emitida pelo Governo de Portugal, a Câmara Municipal de Sintra informa que continuam em vigor medidas excecionais de prevenção e segurança no concelho, com especial incidência na área florestal da Serra de Sintra", anunciou a Câmara Municipal de Sintra em comunicado, esta quinta-feira.
Incêndio de Vila Pouca de Aguiar em fase de resolução
O incêndio na serra do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, que lavrava desde manhã, entrou em fase de resolução. Cinco meios aéreos consolidam as operações de rescaldo.
Balanço aponta para 148 bombeiros feridos e um morto desde o início do ano
De acordo com os dados publicados hoje no `site` da Liga dos Bombeiros Portugueses, os profissionais que ficaram feridos e o bombeiro que morreu, entre 01 de janeiro e 05 de agosto, estavam em serviço, tendo os casos acontecido na sequência de despistes ou de combate a incêndios.
A morte que consta no balanço agora feito aconteceu na sequência de um despiste que aconteceu logo no primeiro dia do ano, em Odemira. Na altura, um carro de combate a incêndios que regressava de uma ocorrência de incêndio despistou-se, tendo provocado a morte de um bombeiro e ferimentos nos restantes quatro ocupantes.
"Este nível de sinistralidade, mesmo que nalguns casos ligeira, é apontado pela LBP como motivo sério de monitorização dos seguros, dos valores e abrangência em causa", lê-se na nota publicada.
A Liga dos Bombeiros Portugueses assinalou ainda que a recente atualização dos seguros não deixou esta entidade satisfeita, "já que não atingiu os patamares que defendia, nomeadamente para os queimados".
Populares ajudaram bombeiros quando fogo se aproximou de aldeia no Alvão
"Estivemos bastante preocupados no momento em que as frentes estavam ativas e estavam fortes, entretanto conseguimos fazer esse controlo das chamas", afirmou a presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, que falava na aldeia de Pinduradouro.
Foi próximo desta aldeia que o incêndio começou pelas 10:00, tendo os bombeiros evitado que se aproximasse da localidade, mas, mais tarde, uma mudança de vento voltou a empurrar as chamas para perto de Pinduradouro.
Ana Rita Dias disse que, na envolvente da aldeia existem pastos agrícolas, o que considerou ser uma "vantagem nestas situações", e que os populares se juntaram aos operacionais para ajudar no combate.
Um deles foi Domingos Gonçalves que andou com o seu trator com a cisterna carregada de água a ajudar a apagar as chamas e a proteger o pasto e o rebanho.
"O incêndio começou de manhã e não tem dado tréguas", acrescentou Júlia Gonçalves, que vive na entrada da aldeia que pertence à freguesia do Alvão.
O fogo tem duas frentes que lavram com "média alta intensidade", uma em direção a Gouvães da Serra, e uma outra em direção a Lamas, já no concelho de Ribeira de Pena, e, segundo fonte da Proteção Civil, pelas 17:00 estavam no terreno 190 operacionais, 55 veículos e sete meios aéreos.
O vento forte e os acessos são dificuldades apontadas pelos operacionais no combate a este fogo.
A serra do Alvão integra os concelhos de, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, tendo sido atingida nestes dois últimos concelhos por um outro incêndio que deflagrou sábado e entrou em resolução na manhã de quarta-feira.
Em Vila Real e Mondim de Basto permanecem hoje em operações de rescaldo, consolidação e vigilância, de acordo com as informação da página da internet da Proteção Civil, 254 operacionais, com 80 viaturas e um meio aéreo.
Governo retoma Plano de Intervenção para a Floresta e cria novo regime de apoio a prejuízos
Segundo a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, na sequência dos recentes fogos rurais que assolaram principalmente a região Norte do país, o Governo vai retomar a execução do Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, apresentado em março pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, com o objetivo de prevenir incêndios e "valorizar a economia da floresta".
O plano, elaborado no âmbito de meia centena de reuniões com especialistas e entidades públicas e privadas representativas do setor, aponta para 61 ações de curto prazo, em 2025, e 88 iniciativas de médio prazo entre 2028 e 2050.
No `briefing` após a reunião, em Lisboa, a ministra da Administração Interna avançou que, entre as várias decisões relacionadas com a resposta às populações afetadas pelos incêndios, o executivo "já está no terreno", através dos ministros da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, em articulação com as autoridades locais para promover "o levantamento de danos já existentes".
Além disso, o Conselho de Ministros decidiu que em vez de "medidas e apoio casuístico fogo a fogo, se deveria preparar um novo regime estrutural e permanente para apoio aos prejuízos causados pelos grandes incêndios", salientou Maria Lúcia Amaral.
A governante deseja que o novo regime "entre em vigor ainda este verão" e que preste "apoio efetivo a primeiras casas, empresas e agricultores afetados por grandes incêndios".
Governo admite agravar sanções para crimes relacionados com incêndios
Foto: Manuel de Almeida - Lusa
Incêndio em Vila Pouca de Aguiar combatido por mais de 200 operacionais
Um incêndio de grandes dimensões em Vila Pouca de Aguiar está a preocupar autoridades e a população. Estão no terreno mais de 200 operacionais e onze meios aéreos.
A presidente da Câmara da região afirma que o incêndio está agora numa "fase mais controlada", mas salienta que "requer ainda algum cuidado e uma permanência no terreno para que não haja reacendimentos".
O vento está a dificultar o trabalho dos bombeiros e as chamas aproximam-se agora da aldeia de Viduedo.
Governo renova situação de alerta até dia 13
Além disso, prevê-se “um agravamento das situações climatéricas para os próximos dias”, adiantou a governante.
“Esta renovação da situação de alerta implica que continuam a vigorar as mesmas proibições e impedimentos já existentes quanto a atividades agrícolas e recreativas em meios rurais”, declarou em conferência de imprensa.
O Conselho de Ministros assinalou ainda que o dispositivo de combate a incêndios continua “mobilizado e posicionado com a exigência seguida até hoje, sem nenhuma diminuição, sem nenhum desfalecimento”.
Incêndio de Vila Pouca de Aguiar a agravar-se
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Vento e acessos dificultam combate em Vila Pouca de Aguiar
Mais de 150 operacionais combatem chamas em Vila Pouca de Aguiar
Governo pondera prolongamento da situação de alerta
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A empresa responsável pelos meios pode, no entanto, ser penalizada entre 2.800 a 4.300 euros por cada dia de indisponibilidade da aeronave.
Boelhe viveu momentos de aflição com proximidade do fogo
Foto: José Pinto Dias - RTP
Associação denuncia que pilotos da Força Aérea usam licenças sem vencimento para combaterem incêndios no privado
Foto: Andreia Filipa Novo - RTP
PJ detém suspeito de incêndio em Cinfães
“A ignição foi provocada com recurso a chama direta e atendendo ao índice de perigo máximo de incêndio florestal naquela área, teve uma rápida progressão, criando perigo numa área florestal significativa, bem como para vários edificados, essencialmente residências existentes na orla e interior da mancha florestal”, lê-se em comunicado.
O incêndio “só não teve maior repercussão por ter sido detetado precocemente e combatido de forma célere pelos Bombeiros de Cinfães e populares”.
A motivação para o crime “assentou num quadro de vingança, na sequência de uma altercação que o suspeito, residente na área, teve no dia anterior com um vizinho”.
O detido, de 25 anos, não tem antecedentes criminais e será agora presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
Aviso vermelho no sábado por causa do calor
O aviso vermelho vai estar ativo nestes distritos das 9h00 de sábado às 6h00 de domingo.
Recore-se que o IPMA havia já dilatado até ao final da tarde de sábado o aviso laranja, o segundo mais grave, nos distritos de Viseu e da Guarda, igualmente devido ao calor.
O aviso laranja vai permanecer ativo até às 18h00 de sábado nestes distritos do interior norte e centro, onde as temperaturas máximas deverão oscilar entre os 34 e os 39 graus Celsius.
O aviso amarelo, o menos pronunciado da escala, foi também alargado até às 18h00 sábado nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.
O distrito de Coimbra deixou de estar debaixo de aviso amarelo, mas no sábado volta a ser ativado até às 18h00. Os demais distritos de Portugal continental estão sem avisos.
"Deve haver preocupação com a preservação destes ecossistemas de montanha"
"Deve haver uma preocupação com a preservação destes ecossistemas de montanha e com a preservação das atividades que favorecem a sua resiliência aos incêndios como parte de uma estratégia de proteger o nosso recurso hídrico e vital que é a água", adverte Joana Nogueira.
Quando os ecossistemas são afetados pela quebre das atividades tradicionais, como é o caso do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a biodiversidade fica menos protegida e mais vulnerável a incêndios.
"Esse abastecimento pode ficar afetado, com custos mais elevados, de tratamento ou para assegurar o abastecimento. Fica afetado na sua qualidade e quantidade", vinca a investigador, que se tem dedicado ao estudo do papel das comunidades da Peneda-Gerês na "preservação da integridade e diversidade dos ecossistemas". Isto a propósito do incêndio que deflatrou a 26 de julho em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.
"As montanhas, como as serras da Peneda, do Gerês, a serra Amarela, todas as serras que constituem o PNPG, funcionam como sistemas de captação de água que dependem de haver aqui esta paisagem equilibrada, esta paisagem com elevada biodiversidade e com agricultura e com a presença humana", assinala.
Quatro distritos do interior com aviso laranja devido ao calor
O aviso laranja vai assim continuar ativo até às 18h00 de sábado nestes quatro distritos, onde as temperaturas máximas deverão oscilar entre os 34 e os 39 graus Celsius.
O aviso amarelo, o menos pronunciado de uma escala de três, foi igualmente alargado até às 18h00 de sábado nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja.
O distrito de Coimbra deixou de estar debaixo de aviso amarelo. Todavia, no sábado este volta a ser ativado, até às 18h00. Os demais distritos do continente estão sem avisos.
Perto de 100 concelhos do interior norte e centro em risco máximo de incêndio
Igualmente em risco máximo encontram-se dezenas de municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Santarém e Portalegre.
Em risco muito elevado há cerca de 70 concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro.
O IPMA colocou em risco elevado perto de meia centena de concelhos nos distritos de Faro, Beja, Évora, Portalegre, Santarém, Lisboa, Leiria, Aveiro, Porto e Viana do Castelo.
Em risco moderado estão dezenas de municípios do litoral, nos distritos de Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria Lisboa e Setúbal e boa parte do interior alentejano, abrangendo concelhos de Beja, Évora e Portalegre.
O IPMA prevê para esta quinta-feira uma pequena descida da temperatura máxima, desde logo no litoral norte e centro, e uma pequena subida no Algarve. A temperatura mínima deverá também cair.
As mínimas vão oscilar entre os 16 graus Celsius, em Viana do Castelo, Braga e Setúbal, e os 21 graus em Portalegre e Castelo Branco. As máximas deverão variar entre os 23 graus de Viana do Castelo e os 39 em Bragança.
Alívio das temperaturas é temporário
Foto: Jarosław Kwoczała - Unsplash
A meteorologista também prevê muito nevoeiro nos próximos dias. Esta quinta-feira, é esperada a chegada de uma nova massa de poeiras, vinda do Norte de África.
A Direção-Geral da Saúde avisa para uma situação de fraca qualidade do ar no continente.
Estas partículas inaláveis têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados, relembra a DGS.
Quanto à população em geral, deve evitar, por exemplo, a atividade física ao ar livre.
Sem qualquer incêndio ativo ao início da manhã, Portugal cumpre esta quinta-feira o último dia em situação de alerta, mas que pode ser prolongado.
Desde o passado domingo que estão em vigor várias restrições, devido ao elevado risco de fogos rurais.
O Conselho de Ministro toma nas próximas horas uma decisão.
Governo toma decisão sobre eventual extensão da situação de alerta
- O Executivo decide esta quinta-feira se mantém, ou não, a situação de alerta em Portugal, num momento em que todos os incêndios no país estão em fase de resolução;
- A Liga dos Bombeiros defende o prolongamento da situação de alerta no país;
- A situação é agora mais tranquila. Os meios permanecem, todavia, no terreno para evitar reacendimentos. Os últimos incêndios a serem resolvidos foram os de Penafiel, Celorico de Basto e Vila Real;
- Na quarta-feira, o incêndio de Penafiel teve um reacendimento. No mesmo dia, em Amarante, as chamas destruíram por completo uma fábrica;
- Até ao final da tarde de quarta-feira, a Proteção Civil havia registado 73 ocorrências de incêndios, mobilizando 1.800 operacionais, e estava ainda a avaliar o nível do estado de prontidão especial a manter na sexta-feira e no fim de semana;
- A ministra da Administração Interna veio sustentar que o país está a canalizar o "maior esforço que se fez até agora" para o combate aos incêndios florestais, mobilizando "todos os meios disponíveis". "Temos todos os meios disponíveis dentro daquilo que é possível, porque infelizmente há sempre escassez. Os que temos é o maior esforço que até agora se fez. Se deveríamos ter mais? Com certeza que sim, mas esta é a nossa condição", afirmou Maria Lúcia Amaral;
- A PSP de Vila Real deteve uma mulher de 60 anos por alegado crime de incêndio em habitação e terreno agrícola, em Vila Nova. Em comunicado, a polícia adianta que a identificação e a detenção da mulher tiveram lugar no decorrer de uma ação de patrulhamento;
- Um quarto dos incêndios investigados em 2025 tiveram como origem o fogo posto e a área ardida até julho apresenta o terceiro valor mais elevado desde 2015, de acordo com dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas;
- O relatório provisório do ICNF, relativo a 31 de julho e conhecido na quarta-feira, indica que os incêndios investigados até então tiveram como causas mais frequentes as queimas e queimadas, na ordem dos 32 por cento, seguindo-se o "incendiarismo - imputáveis", 25 por cento, e os reacendimentos, correspondentes a oito por cento do total.
Ministra afirma que "há sempre escassez de meios" em quadros complicados
Foto: Fernando Veludo - Lusa
Maria Lúcia Amaral disse também que todo o dispositivo está concentrado em combater o que acontece e lembrou que os relatório científicos dão conta de que situação de área queimada em Portugal, é semelhante noutros países que lutam contra o mesmo.
"Estão mobilizados todos os meios disponíveis".