Mais de 1.700 operacionais combatiam as chamas pelas 23 horas
Frente ativa no fogo da Covilhã inspira preocupação, mas não há povoações em risco
Mais de 700 operacionais combatem as chamas em Trancoso
Incêndio em Vila Real. Aldeias fora de perigo, depois de reforço de meios de combate
Fogo de Tabuaço em fase de resolução
Fogo em Vila Real começa a ceder aos meios
A situação está mais tranquila em Vila Real. Ainda há chamas, mas estão mais controladas e já não ameaçam habitações.
"Não é pela falta de meios aéreos que temos a situação que temos", diz comandante da ANEPC
Foto: RTP
"Temos teatros de operações extremamente complexos. Muitas vezes existem incêndios onde não conseguimos pôr os meios aéreos a trabalhar porque não há condições de segurança", explicou.
Mário Silvestre reiterou que da avaliação que foi feita inicialmente, não era necessário ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Confrontado com as críticas das populações e autarcas, que dizem que os bombeiros não estão a combater no terreno e estão a "deixar arder" nas zonas de floresta e mato, o comandante da ANEPC argumentou que têm uma taxa de sucesso no ataque inicial superior a 90%.
"Uma das primeiras estratégias é conseguirmos combater os incêndios numa fase inicial", disse, ressalvando, no entanto, que por vezes os meios não são suficientes. "O que acontece é que há recorrências de ocorrências muito grande", disse.
Mário Silvestre garante que há uma avaliação contínua do dispositivo. "Ao longo dos anos temos introduzido constantemente melhorias contínuas, desde a estratégia de combate, à formação dos nossos operacionais e pelo próprio processo de despacho de meios e capacidade de comando e controlo", declarou.
Vila Real está a arder "em lume brando". Autarca lança críticas ao Governo
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
Marrocos envia dois Canadair. Aviões contratados estão inoperacionais
Vila Real. Reativações ameaçaram a aldeia de Outeiro
Vila Real. Reativações no incêndio que lavra há nove dias
Tabuaço. Fogo está em zona de mato de difícil acesso
Távora e Chavães, as aldeias na linha do fogo, têm cerca de 600 habitantes.
Covilhã. Incêndio já consumiu mais de 700 hectares de floresta e mato
Foto: Jorge Esteves - RTP
Novo foco de incêndio na Covilhã preocupa
Incêndio em Trancoso. "Repete-se 2017", dizem as populações
Grupo de moradores faz vigilância ao incêndio de Trancoso
Autarca de Vila Real diz que concelho está a ser consumido em lume brando
"Relembro que hoje é o décimo dia deste incêndio, o décimo dia. Como é que um país tão pequeno (...) se permite que durante 10 dias nós estejamos a ser consumidos em lume brando", afirmou Alexandre Favaios.
O autarca que falava aos jornalistas a propósito de uma forte reativação verificada esta tarde, no incêndio que deflagrou a 02 de agosto em Sirarelhos e há entrou em resolução por duas vezes.
Já no domingo à noite o autarca apelou a um forte reforço de meios para o combate ao fogo que, em 10 dias, passou por 17 aldeias deste concelho, incluindo área do Parque Natural do Alvão (PNA), e apelou também a que os meios se mantivessem no terreno.
"Bem, o dia de hoje mostra que nós tínhamos razão. De facto, nós temos ouvido durante muito tempo que esta situação estava controlada", referiu.
Acrescentou: - "Está na altura da ANEPC, a Coordenação Nacional, dizer alguma coisa, está na altura de a senhora ministra, que disse ao país que estávamos todos preparados, que os meios eram suficientes, percebemos hoje que, afinal de contas, assim não era, está na altura de ouvir o seu primeiro-ministro dizer alguma coisa a esta população que ainda hoje está no sobressalto que se verifica".
Eduardo Cabrita acusa ministra da Administração Interna de "inexperiência"
Em entrevista à RTP, o antigo ministro da Administração Interna acusou a atual ministra de "inexperiência", criticando as suas declarações sobre os meios aéreos não serem decisivos para o combate aos incêndios.
Eduardo Cabrita diz que é preciso um esclarecimento da Força Aérea e do Ministério da Defesa, salientando que "esta não é uma questão exclusivamente do Ministério da Administração Interna".
Canadair vindos de Marrocos já estão em Portugal
Mais de 1600 operacionais combatem quatro incêndios em Portugal
Estas quatro ocorrências mobilizam um total de 1625 operacionais, apoiados por 528 veículos e 28 meios aéreos.
José Ribeiro, segundo comandante nacional da Proteção Civil, adiantou ainda que até às 17h00 estavam em resolução ou vigilância 47 ocorrências, que continuam a exigir a presença de 827 operacionais, 233 veículos e cinco meios aéreos.
Um operacional assistido no teatro de operações e três operacionais foram retirados para uma unidade hospitalar.
O comandante anunciou ainda que a Proteção Civil elevou para o nível 4 o estado de prontidão especial a todo o país. Este nível será mantido até à próxima quarta-feira, acompanhando o período de vigência de declaração de situação de alerta.
José Ribeiro confirmou o envio de dois aviões Canadair de Marrocos, que deverão chegar a Portugal nas próximas horas.
Canadair. Empresa responsável fala de "situação sem precedentes" e espera substituir duas aeronaves
Numa resposta enviada à Antena 1, fonte oficial da Avincis garante que a empresa tem intenção de substituir os aviões que estão parados.
"Esta é uma situação sem precedentes e estamos a dar o nosso melhor para trazer duas aeronaves de substituição o mais rapidamente possível para Portugal, provenientes de uma das nossas outras bases na Europa", explica.
"A nossa prioridade é a segurança da população e das comunidades locais na luta contra os incêndios que têm afetado o país nas últimas semanas", garante a empresa.
Marrocos envia dois aviões Canadair para combate a incêndios em Portugal
"Na sequência das avarias registadas nos dois aviões Canadair que as autoridades portuguesas alugaram para ajudar no combate aos incêndios rurais, o Ministério da Administração Interna acionou de imediato o mecanismo de cooperação bilateral – em matéria de proteção civil - estabelecido com o Reino de Marrocos para colmatar esta lacuna".
Sublinha que, de acordo com a Proteção Civil, os aparelhos necessitam de "intervenção técnica" e está prevista a sua reintegração no dispositivo de combate "até ao final da semana".
Duas frentes ativas no incêndio de Trancoso
Há nesta altura duas frentes ativas, sendo que a frente do Reboleiro em direção a Rio de Mel é a que inspira mais preocupação.
O comandante da Proteção Civil diz ter "esperança" que os trabalhos corram bem até ao final do dia, mas admite que a noite não será "favorável", com uma baixa percentagem de recuperação.
Tabuaço. Mudança na direção do vento preocupa os bombeiros
Nas próximas horas haverá um reforço de meios no teatro das operações.
Quase 60 mil hectares de área ardida este ano, segundo o ICNF
Desde 1 de janeiro até ao dia de hoje, deflagraram 5.766 incêndios rurais que provocaram 59.597 hectares de área ardida.
A maioria dos incêndios deste ano têm deflagrado nas regiões do norte e centro do país. Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde há uma semana.
Incêndio na Covilhã. Povoações estão para já livres de perigo
O autarca diz à RTP que espera que as chamas possam ser dominadas nas próximas horas, com a ajuda dos meios no terreno e meios aéreos, mas também com a redução das temperaturas e da humidade durante a noite.
Fogos. "É preciso avaliação profunda e não pontuais e por especialistas esporadicamente"
Miguel Soares - RTP
Incêndio na Covilhã mantém-se com frente ativa e de difícil acesso
Foto: Mário Raposo - RTP
Espanha. Mais de mil pessoas obrigadas a abandonar as habitações devido às chamas
Foto: Ana F. Barredo - EPA
A reportagem é da correspondente da RTP, Ana Romeu.
Vila Real com situação mais calma
Aviões Canadair estão fora de serviço
Foto: João Agante - RTP
Dos três aviões nenhum está operacional
Incêndio Tabuaço. Fogo progride numa frente de difícil acesso
Aldeias tiveram de ser evacuadas na Serra do Alvão
Fogo na Covilhã consome mata e floresta do parque da Serra da Estrela
Foto: Jorge Esteves - RTP
Covilhã. Uma frente de fogo ainda ativa
Uma das frentes do incêndio de Trancoso está quase controlada
Não há povoações na linha de fogo, no entanto, os ventos estão a agravar a situação. No terreno estão oito meios aéreos e mais de 600 operacionais.
Há o registo de pelo menos 17 feridos ligeiros, três dos quais são bombeiros. Esta manhã, uma pessoa foi retirada da habitação por precaução devido a estar exposta a fumos.
Mais de 600 operacionais combatem as chamas em Trancoso
Cerca de oito mil hectares ardidos em Trancoso desde sábado
Segundo o autarca, viveram-se dois dias "muito complicados" naquele município do distrito da Guarda, em que a intervenção da população foi "muito importante".
Brisa cria plano com recomendações aos condutores surpreendidos por incêndios
O Plano de Ação e Resposta aos Grandes Incêndios Florestais (PARGIR) foi desenvolvido pela Brisa em colaboração com as autoridades de segurança e os serviços de socorro: a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a GNR, a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Instituto Português da do Mar e Atmosfera.
O plano apresenta recomendações aos automobilistas e conta com uma aplicação que "integra soluções tecnológicas que monitorizam em tempo real o desenvolvimento dos incêndios e fornecem alertas rápidos", explicou o gabinete de comunicação da Brisa.
Sobre os conselhos para quem vai na estrada e se depara com um incêndio, a Brisa começa por pedir que "cumpram as ordens das autoridades e respeitem a sinalização".
No caso de o fumo e o calor estarem perto, os condutores devem parar o veículo num lugar seguro e permanecer no seu interior, sem desligar o motor, segundo o PARGIR, que aconselha ainda que mantenham as luzes do carro acesas e que acionem a buzina.
Em caso de chamas e fumo, devem fechar-se as janelas e ligar a recirculação do ar condicionado, acrescenta a Brisa.
A circulação nas autoestradas deve ser feita devagar, de luzes acesas incluindo os piscas, mantendo uma distância de segurança do carro da frente, sem nunca inverter o sentido, guiando-se pelas linhas brancas no asfalto. As paragens na autoestrada têm de ser feitas na berma direita e, se possível, debaixo de pontes ou em cima dos viadutos, sem sair do veículo e com o motor em funcionamento.
"Só após a passagem do fogo e, se não houver chamas em volta, deverá abandonar o veículo protegendo, se possível, as vias respiratórias com um pano molhado", recomenda a Brisa.
A Brisa recomenda que instalem a app SOS Autoestradas mas também que se mantenham informados através da rádio e que verifiquem se existem alertas sobre incêndios recorrendo às apps de navegação, como é o caso do Waze.
Em casos mais complicados, os condutores devem ligar para o 112 ou para a linha Brisa 210 730 300.
O PARGIR tem como objetivo assegurar a segurança dos utilizadores das autoestradas surpreendidos pelo fogo mas também facilitar o trabalho dos que combatem as chamas e prestam socorro, sendo válido em todas as situações de incêndios florestais que atinjam estradas e autoestradas.
No entanto, o PARGIR foi desenhado especificamente para três zonas de risco elevado, pelo perfil do terreno, vegetação e histórico de incêndios, que são: a A1 -- no troço entre Pombal - Leiria, a A3 no troço entre Ponte de Lima (Norte) e Sapardos (N303), e a A4 -- no troço entre o Nó A4/A41 e Baltar.
Tendo em vista o apoio aos condutores, a Brisa desenvolveu também um folheto informativo com instruções de segurança e orientações sobre como agir em caso de incêndio, que será distribuído nas portagens das zonas de risco elevado identificadas e disponibilizado no site da empresa.
Portugal está em situação de alerta devido ao agravamento das previsões meteorológicas, que apontam para uma subida das temperaturas esta segunda-feira e um risco significativo de incêndio rural. Só a partir de dia 13 se prevê a descida das temperaturas.
Durante este período é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
PJ deteve suspeito de incêndios em Gondomar
“A localidade tem uma grande mancha florestal e tem sido bastante fustigada por vários incêndios. A pronta intervenção dos bombeiros evitou a propagação das chamas, apesar do elevado perigo criado para a restante floresta e habitações circundantes”.
Segundo a nota, “a investigação apurou que os incêndios foram provocados através de chama direta com a utilização de um isqueiro, tendo o suspeito atuado sozinho. O detido residente na área, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”.
Incêndios. Quadro climático "é muito exigente" e prevenção em vigor não chega
AFP
Reacendimento na Aldeia de Agarez
O incêndio na Serra do Alvão está em fase de resolução desde esta madrugada.
População de Sobral de São Miguel passou a noite nas habitações
DGS lança guia com recomendações alimentares específicas para os bombeiros
"Pelas exigências físicas e psicológicas associadas à sua atividade profissional, os bombeiros estão frequentemente expostos a contextos adversos e imprevisíveis", o que requer "uma preparação física e mental sólida" e uma alimentação adequada, refere a DGS.
Publicado pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da DGS, o Guia Prático apresenta, de uma forma simples, recomendações alimentares adaptadas aos períodos de maior exigência física, com especial enfoque no combate a incêndios florestais.
"Estas recomendações têm como objetivo garantir que os bombeiros apresentam um adequado estado de hidratação, uma ingestão energética adequada por via da ingestão regular de hidratos de carbono de rápida absorção e ao mesmo tempo uma reduzida ingestão de gorduras", lê-se no guia que pode ser consultado no `site` da DGS.
A autoridade de saúde aconselha uma ingestão proteica adequada ao longo do dia, que deve ser reforçada em situações de combate a incêndio prolongadas, e beber água sempre que possível, evitando bebidas que promovem a desidratação.
Recomenda também o consumo de "bebidas/géis para desportistas, de modo a assegurar uma adequada hidratação e equilíbrio eletrolítico".
Consumir alimentos ricos em hidratos de carbono (pão, cereais, fruta), de forma a assegurar as necessidades energéticas, também faz parte das recomendações.
A DGS sublinha eu que estas recomendações são destinadas especificamente para proporcionar "um adequado desempenho em situações de `stress` físico e psicológico, não sendo por isso recomendações que devam ser seguidas diariamente".
O guia inclui igualmente orientações destinadas às corporações de bombeiros, instituições e estabelecimentos de restauração que fornecem refeições a estes profissionais, de forma a assegurar que a alimentação constitui um apoio efetivo à sua missão.
"Uma alimentação ajustada às necessidades específicas destes momentos é essencial para manter a resistência física, a capacidade funcional e para promover uma recuperação eficaz após esforços intensos, contribuindo também para reduzir o risco de fadiga e lesões. Garantir um consumo alimentar adequado, durante e após as ocorrências, é por isso fundamental", salienta a DGS.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que consumiram uma área de mais de 45 mil hectares.
Seis feridos ligeiros em Trancoso e outras 11 pessoas assistidas
De acordo com fonte do Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela, dos seis feridos ligeiros, três são bombeiros.
Incêndio em fase de resolução
"A noite foi efetivamente mais calma, depois de termos garantido com sucesso a proteção dos bens, das habitações e acima de tudo da vida das pessoas, a partir do início da noite os trabalhos começaram a evoluir favoravelmente", adiantou.
Incêndio continua ativo
No terreno estão mais de 400 operacionais e cerca de 130 viaturas.
"Trabalhos durante a noite decorreram de forma favorável"
"Preocupam-nos duas situações em específico. O incêndio dirige-se para quatro povoações: Palhais e Reboleiro, Aldeia Nova e Aldeia Velha", adiantou o responsável, que disse estar a aguardar a chegada de meios aéreos para consolidar o combate.
"Em relação à dificuldade maior que tivemos, foi o acesso a locais sem acessibilidade a veículos numa área de nove quilómetros. Todo o flanco direito ficou resolvido e a cabeça do incêndio também, com muito trabalho e muito esforço", prosseguiu o comandante.
"Estamos a falar de um perímetro de 54 quilómetros, de uma área ardida, até ao momento, de cerca de oito mil hectares".
Carlos Silva perspetivou para esta segunda-feira um dia "de muito trabalho".
Doze distritos sob aviso laranja por causa do calor
Segundo o IPMA, o aviso laranja vai estar ativo até às 18:00 de terça-feira em Vila Real, Castelo Branco, Santarém e Lisboa, por causa da persistência de valores muito elevados da temperatura máxima, estendendo-se até às 23:00 no distrito de Viseu.
Já nos distritos de Bragança, Guarda, Portalegre, Évora, Beja, Setúbal e Faro mantém-se ativo até às 24:00 de terça-feira.
Sob aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, estão até às 18:00 de terça-feira os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Leiria.
O Governo renovou a situação de alerta no país até quarta-feira, dia 13 de agosto, devido ao risco de incêndio florestal.
A renovação da situação de alerta tem como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.
Entre as medidas em vigor estão a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
O IPMA prevê para hoje uma pequena descida de temperatura nas regiões Norte e Centro e uma pequena subida na região Sul.
As temperaturas mínimas vão variar entre os 15º (graus Celsius), em Viana do Castelo e Braga, e os 25º, em Portalegre, e as máximas entre os 25º (Viana do Castelo) e os 43º (Beja e Évora).
Distritos da Guarda e Covilhã ainda com grandes incêndios ativos
RTP
Também em Trancoso, no distrito da Guarda, uma outro incêndio está a mobilizar 575 bombeiros e duzentas viaturas, mas o ataque às chamas está a evoluir de forma favorável.
Foi o que explicou, ao início da madrugada, ao jornalista Paulo Braz, o segundo comandante sub-regional de Coimbra da Proteção Civil, Nuno Seixas. Mas nem tudo são más notícias com a informação de que o incêndio que estava a lavrar no concelho de Vila Real já está dominado. Os bombeiros estiveram a combater este fogo, que chegou a entrar em fase de resolução na semana passada, mas que registou uma reactivação há dois dias.
Esta madrugada, a Proteção Civil voltou a incluir o incêndio de Vila Real na lista dos fogos dominados. No terreno, estão mais de 350 operacionais que contam com o apoio de 120 viaturas.
A Proteção Civil aumentou o estado de prontidão para nível máximo até à próxima terça-feira, por causa do risco de incêndio, e Portugal continental está em situação de alerta até meio da semana.
Continuam proibidas uma série de atividades como o acesso e permanência em algumas zonas florestas: fazer queimas e queimadas e trabalhar com corta-matos e moto-roçadoras estão fora de questão, assim como lançar foguetes.
O tempo quente vai continuar por mais alguns dias. Até terça-feira, 12 distritos estão sob aviso laranja do Instituto do Mar e da Atmosfera. Aviso que é amarelo em Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo.
20 anos de cadeia para incendiários em Espanha
Foto: António Nunes Farias - RTP
Em Espanha, os incêndios no noroeste do país levaram a que mais de 1.400 pessoas fossem retiradas de casa.
Pelo menos oito incêndios deflagraram este fim-de-semana na província de León.
Também as regiões de Galiza e Navarra foram atingidas por incêndios.
Só em 2023 foram detidas em Espanha mais de 400 pessoas pelo crime de fogo posto.
Em Portugal, este ano, segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, um quarto dos fogos investigados foram provocados por mão humana.
Perto de 120 concelhos do interior norte e centro e Algarve abrangidos
Em risco máximo estão também dezenas de municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Portalegre e Faro.
Em risco muito elevado há quase meia centena de concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Viseu, Leiria, Lisboa, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou em risco elevado quase toda a região do Alentejo e outros cerca de 30 municípios nos distritos de Faro, Lisboa, Setúbal, Coimbra, Leiria, Aveiro, Porto e Braga.
Recorde-se que o país está em situação de alerta até quarta-feira por causa do risco de incêndio florestal.
Em risco moderado estão dezenas de municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Lisboa, Aveiro e Porto.
O IPMA prevê para esta segunda-feira uma ligeira descida de temperatura nas regiões norte e centro e uma pequena subida no sul. O tempo vai permanecer quente, com céu pouco nublado ou limpo, e são esperadas poeiras em suspensão, devido à massa de ar quente do norte de África que atravessa o território continental.
As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 15 graus Celsius em Viana do Castelo e Braga e os 25 graus em Portalegre. As máximas variam entre os 25 graus em Viana do Castelo e 43 em Beja e Évora.
Incêndio de Trancoso é o que mais preocupa
- Ao início da manhã, o incêndio de Trancoso, com três frente ativas, continuava a não dar tréguas aos bombeiros e era ainda o maior foco de preocupação. No combate às chamas estavam perto de 600 operacionais, apoiados por cerca de 200 viaturas. O incêndio, que começou no sábado, chegou a estar em fase de resolução. Contudo, domingo foi um dia de vários reacendimentos e houve mesmo necessidade de evacuar algumas povoações;
- O incêndio da Covilhã continua também ativo. Deglagrou a meio da tarde de domingo em Sobral de São Miguel. O facto de se tratar de uma zona mais isolada fez com que os meios demorrassem meia hora a chegar ao local. O declive do terreno acabou por dificultar o combate. Este incêndio mobiliza mais de 400 operacionais e quase 130 viaturas;
- Há, entretanto, um novo incêndio ativo. Deflagrou às 10h30 de domingo em zona de mato. Segundo o portal da Proteção Civil, pela 1h00 terá tido início um novo foco neste concelho. No combate às chamas está uma centena de operacionais;
- O incêndio de Vila Real entrou já em fase de resolução. A madrugada permitiu que os trabalhos do dispositivo evoluíssem de forma favorável Pelas 4h30, o fogo entrou nesta nova fase, o que significa que para já não há perigo de propagação. No terreno permanecem, todavia, 357 operacionais apoiados por 119 viaturas;
- A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil elevou para o máximo o nível de prontidão. Em todo o país, há meios pré-posicionados em zonas estratégicas;
- Esta segunda-feira há 12 distritos com aviso laranja por causa do calor. No litoral norte e no centro do país há seis distritos a amarelo. Os avisos mantêm-se até terça-feira. Portugal continental encontra-se em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio rural;
- O secretário-geral do PS considera que este não é o momento para fazer uma avaliação sobre a gestão que o Governo está a fazer do combate aos incêndios. Em visita aso quartel dos Bombeiros Voluntários de Lagos, José Luís Carneiro disse estar solidário com o esforço que os bombeiros estão a fazer e apelou à responsabilidade de todos para dimunuir o número de ignições.
Incêndio em Trancoso é o que mais preocupa as autoridades
Trancoso. Ativado o Plano Municipal de Emergência
Em várias aldeias, os cidadãos foram confinados ou mesmo retirados das habitações, no caso de pessoas com mais vulnerabilidades. Há a registar um ferido ligeiro e algumas edificações danificadas.
Rio de Moinhos. Barracão totalmente consumido pelas chamas
Vila Real. Chamas estiveram perto de casas em Relva
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa