Populares juntam-se para ajudar no combate às chamas em Aguiar da Beira
O incêndio em Aguiar da Beira continua sem dar tréguas e é dos que mais preocupa as autoridades.
Incêndio em Viseu dominado
Fonte do Comando Sub-regional de Viseu Dão Lafões indicou que o fogo entrou em resolução pelas 23:07, depois de os meios no terreno terem debelado as três frentes ativas.
Pelas 00:05 de hoje, mantinham-se no local 104 operacionais, apoiados por 33 viaturas, de acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O alerta para o incêndio foi dado pelas 14:35 de quarta-feira.
Num balanço ao final da tarde de quarta-feira, o comandante dos Bombeiros Sapadores de Viseu, Rui Nogueira, tinha referido que o fogo tinha três frentes ativas.
Na povoação de Rebordinho, "chegou a haver projeções e foram feitas defesas a algumas infraestruturas, mas, até ao momento, não há danos a registar em infraestruturas nem feridos, apesar de se manter o risco, mas mais controlado", indicou o responsável.
Pelas 20:00, combatiam este incêndio um total de 121 operacionais, apoiados por 33 veículos e quatro meios aéreos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Populares ajudam no combate às chamas em Trancoso
O incêndio continua a preocupar as autoridades, mas está longe de zonas habitadas.
Chamas começam a ceder em Arganil
Em Arganil, a situação está agora mais calma, com as chamas a ceder ao longo da noite. A enviada da RTP ao local, Paula Costa, relata que o reforço de meios a partir das 20h00 tem sido essencial para o combate às chamas.
Frente de fogo em Arganil em perigo de chegar à Pampilhosa da Serra
Em declarações à agência Lusa, ao início da noite, o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, notou que uma das situações que suscita mais preocupação - no fogo que deflagrou hoje na freguesia do Piódão e possui vários focos ativos -- é uma frente que poderá evoluir para o sudoeste do concelho, em direção ao município vizinho da Pampilhosa da Serra.
"É uma frente que abriu durante a tarde de hoje em direção à localidade de Porto Castanheiro [perto do troço de Arganil do Rali de Portugal]. Com a previsão de uma nova rotação e intensificação do vento, se isso acontecer, vai dar muito que fazer", observou o autarca.
Ao longo do dia, as frentes de fogo no concelho de Arganil, a partir do Piódão, avançaram para norte e noroeste, em direção ao município vizinho de Oliveira do Hospital e outra para nordeste, que entrou no concelho de Seia, já no distrito da Guarda, potenciadas por vento forte e pelos declives abruptos da serra do Açor.
Luís Paulo Costa avisou, no entanto, que ainda existe muito fogo ativo dentro do concelho: "Ainda não estamos nada tranquilos", reconheceu.
Outra situação que preocupa o autarca decorre de uma das frentes que evoluiu para noroeste, passando com grande violência pelas povoações de Vale do Torno e Porto Silvado, ainda em Arganil, e por Gramaça, em Oliveira do Hospital, mas sem provocar vítimas ou danos em habitações.
O flanco esquerdo desta frente estava ao início da noite de hoje ativa numa das encostas da freguesia de Pomares, em direção à aldeia de Barroja.
"Está a varrer aquela encosta e também é imprevisível o que ali vai acontecer", frisou Luís Paulo Costa.
Já o presidente da junta de freguesia de Pomares, Amândio Dinis, adiantou que na aldeia de Barroja residem apenas duas pessoas, de nacionalidade estrangeira, mas devido à época de verão estarão na aldeia cerca de uma dezena de pessoas.
O autarca acrescentou que as chamas se mantinham na encosta e a evoluir no sentido ascendente, ainda longe das povoações de Agroal e da própria sede de freguesia, Pomares, que ficam numa zona de vale.
Noutras localidades da freguesia que viram as chamas por perto, como Sobral Magro, Sobral Gordo ou Soito da Ruiva, a situação foi controlada pelos bombeiros, embora a floresta em redor tenha ardido, indicou.
De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 22:50 o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 854 operacionais, apoiados por 273 viaturas.
Incêndio obriga à evacuação de lar em Aguiar da Beira
Este último entrou no concelho "pelo outro extremo" e tinha, na noite de quarta-feira, uma frente de "vários quilómetros".
O presidente da Câmara diz já ter pedido reforços perante a situação e refere que só tem sido possível contar com os bombeiros locais.
Autarca de Vila Real quer saber o que "não correu bem" na serra do Alvão
O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, denunciou o silêncio que se verificou por parte dos autoridades e dos líderes políticos no combate ao incêndio se prolongou por 12 dias e entrou esta quarta-feira em resolução, depois de queimar mais de seis mil hectares na serra do Alvão.
"Terá que ser a ANEPC, terão que ser responsáveis políticos também, que nos possam, de alguma forma, dar uma palavra que nos permita explicar às pessoas que tiveram as suas casas, as suas vidas, as suas terras, a sua floresta, aquilo que é o seu próprio rendimento, de alguma forma colocado em causa durante tantos e tantos dias", afirmou o presidente.
Ministro da Defesa diz que Forças Armadas não podem combater os incêndios porque lei proíbe
Após as recentes tempestades que atingiram as ilhas de São Vicente e Santo Antão, em Cabo Verde, Portugal vai enviar um navio da marinha prestar assistência humanitária.
Espanha pede ajuda europeia para combater incêndios
Montenegro sobre combate aos incêndios: "Não temos meios ilimitados"
Luís Montenegro garante que Governo e autoridades estão a dar o "máximo". Sobre um eventual pedido de ajuda internacional, o chefe de Governo assegura que "quando as circunstâncias o motivarem, nós fá-lo-emos".
O primeiro-ministro esteve reunido esta quarta-feira com o presidente da República em Faro. Após o encontro, ambos os governantes jantaram em Cacela Velha.
Incêndio em Satão. Chamas aproximam-se das habitações em Aguiar da Beira
Incêndio em Vila Real está em fase de resolução
Incêndio de Tabuaço. Fogo está praticamente dominado mas ainda tem alguns focos
Pedro Sarmento Costa - Lusa
Fogo de Trancoso continua a não dar tréguas
Incêndio de Trancoso. Populares preparam-se como podem para combater o fogo
Aldeias ameaçadas. Fogo em Seia obriga à retirada de dezenas de habitantes
Vento dificulta combate às chamas no incêndio em Sátão
Incêndio de Arganil. Várias aldeias evacuadas por precaução
Incêndio de Arganil. Fogo já alastrou a Oliveira do Hospital e Seia
Foto: RTP
O vento tem estado intenso o que dificulta os trabalhos. Continuam três frentes ativas.
Estão cerca de 700 operacionais a combater o fogo.
Incêndios. Marcelo avisa que sexta-feira será um dia "particularmente preocupante"
Marcelo garante que ambos estão a acompanhar de perto a situação dos incêndios e que o Governo tomará as medidas adequadas, sem dar pormenores sobre o que está a ser feito e preparado pela Administração Interna.
O chefe de Estado destacou ainda o "sentido cívico" dos candidatos às eleições autárquicas, enaltecendo o facto de não estarem a utilizar os incêndios como tema de campanha eleitoral.
Incêndios. Secretário de Estado da Proteção Civil garante que Governo está em contacto com autarcas
O responsável sublinhou também que duas das principais ocorrências que afetam o país tiveram origem na trovoada seca que ocorreu durante a noite, ressalvando a dificuldade da situação no terreno.
Bombeiros da corporação de Macedo de Cavaleiros sofreram acidente rodoviário
A contar com os incêndios em fase de resolução, há um total de 3200 operacionais no terreno.
Registo também de quatro operacionais que foram assistidos e sete operacionais evacuados a unidades hospitalares. Destes, a Proteção Civil destacou três operacionais da corporação de Macedo de Cavaleiros que sofreram um acidente rodoviário.
Fogo de Trancoso consumiu quase 14.000 hectares
O EFFIS, que se baseia em imagens de satélite do programa Europeu Copernicus, precisa que a área ardida do incêndio que começou em Trancoso e alastrou para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira totaliza 13.741 hectares.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dá conta que desde 01 de janeiro arderam em Portugal 63.247 hectares, metade dos quais nas últimas três semanas, e deflagraram 5.963 incêndios, sendo a maioria nas regiões do Norte e Centro.
A área ardida este ano é nove vezes maior do que no mesmo período do ano passado e a segunda desde 2017.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 2 de agosto.
Casa do Povo de Vide acolhe mais de 50 pessoas retiradas de casa
Luciano Ribeiro, presidente da Câmara de Seia, destacou à RTP a dificuldade no combate às chamas devido às características do território e sublinhou que a frente mais preocupante continua a ser a de Piódão.
O autarca de Seia garantiu que, para além da Casa do Povo de Vide, há um pavilhão gimnodesportivo preparado para receber mais pessoas que possam ter de ser retiradas de casa para passarem a noite em segurança.
Mais de dois mil bombeiros combatem seis grandes incêndios
Uma trovoada seca estará na origem do incêndio que começou na última madrugada no município de Arganil, freguesia de Piódão.
A aldeia de Queiriz, no concelho de Fornos de Algodres, foi hoje ameaçada pelo incêndio que está ativo desde sábado no concelho vizinho de Trancoso.
Já o fogo na serra do Alvão, em Vila Real, começou há 12 dias. Já esteve em fase de conclusão mas houve duas reativações no sábado e na terça-feira, estando de novo ativo.
Incêndio em Arganil já se estende a Oliveira do Hospital e Seia
Três jovens detidos por fogo florestal em área protegida de Almada
Segundo um comunicado divulgado hoje PJ, o incêndio florestal registou-se na Via Panorâmica Pablo Neruda -- Aldeia dos Capuchos, com alerta dado às 05:45, numa zona inserida na área protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.
A polícia explica que a detenção ocorreu na sequência de uma comunicação da Guarda Nacional Republicana (GNR) após uma participação de duas testemunhas que assistiram aos factos.
Foi ativado o piquete do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da PJ, que iniciou a investigação.
A PJ adianta que "no desenvolvimento das diligências investigatórias os suspeitos foram identificados, tendo-se apurado que quando se deslocavam apeados para a Costa da Caparica, a fim de adquirirem produto estupefaciente, resolveram, a determinado momento, com recurso a um isqueiro, deitar fogo a uns arbustos, sem sucesso".
"Após alguns metros e recorrendo também a chama direta, voltaram a tentar deitar fogo, tendo desta feita sido bem-sucedidos, iniciando um incêndio em três locais distintos e que se alastrou rapidamente", é descrito na nota.
Todos estes atos, acrescenta a PJ, foram visionadas pelas testemunhas.
Os meios de socorro, acionados pela GNR, impediram que o incêndio tomasse maiores proporções.
Os detidos, com antecedentes policiais por crimes contra a propriedade, serão presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação.
Trânsito cortado na EN323 no distrito de Viseu e EN330 na Guarda
Em comunicado, a GNR refere que o trânsito estava cortado em ambos os sentidos da via, nos dois casos.
Távora pertence ao concelho de Sernancelhe e Granjinha ao município de Tabuaço, no distrito de Viseu, enquanto Penaverde é uma freguesia do concelho de Aguiar da Beira e Maceira fica no município de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda.
O incêndio rural em Tabuaço, que tem sido considerado pela Proteção Civil como uma ocorrência significativa, começou no domingo à noite na freguesia de Távora e Pinheiro.
Na nota, a GNR salienta que a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como "uma das prioridades" da força de segurança militar, sustentada "numa atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais".
A GNR relembra que as queimas e queimadas de amontoados e de fogueiras são das principais causas de incêndios em Portugal e que estas estão interditadas "sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural `muito elevado` ou `máximo`, estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos".
É pedido também à população, na nota, que evite acidentes, siga as regras de segurança, esteja sempre acompanhada e leve consigo o telemóvel.
A GNR apela ao contributo de todos na prevenção e combate aos incêndios, devendo abster-se de praticar atividades consideradas de risco, como a realização de fogo junto a áreas florestais.
Os cidadãos devem seguir as indicações das autoridades que se encontram no terreno e evitar colocar veículos nas vias utilizadas pelas viaturas de socorro, para não prejudicar o acesso aos locais de combate.
A GNR apela ainda que se evitem deslocações para as zonas dos incêndios, se não se estiver envolvido no combate, já que poderá dificultar as atividades de combate.
A população deve comunicar aos militares quaisquer atividades ou ação que possam levar à ocorrência de incêndios e ligar 112 caso presencie o início de um fogo.
O Governo estendeu a situação de alerta até ao final do dia de sexta-feira, devido às previsões meteorológicas, que apontam para um aumento da temperatura e risco agravado de incêndio rural.
RCP // VAM
"Povo tem sido o grande colaborador" em Palhais
"O povo tem sido o grande colaborador nestes dias", destacou o autarca. "Temos aqui um pulmão muito verde e esperávamos que ele se mantivesse".
Chamas em Trancoso quase a tocar em aldeia
Chamas deslocam-se na direção de Paradela
A linha de fogo está agora a deslocar-se na direção de Paradela, localidade onde moram cerca de 40 pessoas.
O local onde as chamas se encontram é de difícil acesso, pelo que o combate depende dos meios aéreos.
"Não conseguimos antecipar o desfecho"
"Ainda não conseguimos antecipar o desfecho disto", disse à RTP Luís Paulo Costa.
Segundo o autarca, para além dos danos florestais há registo de que ardeu um arrumo agrícola.
Duas aldeias de Piódão já foram evacuadas, assim como uma na freguesia de Pomares.
"A extensão é muito grande. A Proteção Civil está a antecipar a alteração da direção dos ventos", acrescentou.
Parte da Europa continua afetada por fogos alimentados pelo calor
Os incêndios, que causaram duas mortes em Espanha e uma no Montenegro, têm estado a ser alimentados por uma onda de calor intensa e prolongada combinada com uma seca severa, sinais dos efeitos das alterações climáticas, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Na Grécia, os bombeiros anteciparam "um dia muito difícil" sobretudo às violentas rajadas de vento que se fizeram sentir durante o combate a 23 incêndios, incluindo um nos arredores de Patras, a terceira maior cidade do país.
"Estas são certamente as 24 horas mais difíceis do período de combate aos incêndios", declarou o presidente do Sindicato dos Bombeiros, Kostas Tsigas.
"Só ontem [terça-feira] deflagraram 82 incêndios, um número muito elevado que, combinado com os ventos fortes, a seca e as altas temperaturas, criou enormes dificuldades", disse ainda sobre os fogos, a maioria dos quais já foi controlada.
Na madrugada de hoje, com ventos superiores a 80 quilómetros por hora (km/h) na Grécia desde a semana passada, foram mobilizados 33 aviões e 4.850 bombeiros em todas as frentes.
Atenas apelou na terça-feira ao mecanismo europeu para obter quatro bombardeiros de água suplementares, enquanto mais de 20.000 hectares foram destruídos pelas chamas no país desde junho.
As frentes de incêndio mais preocupantes situam-se na ilha de Zakynthos, no mar Jónico (oeste), na ilha de Chios (nordeste do mar Egeu), em Preveza (oeste) e no departamento de Achaia (noroeste do Peloponeso).
Perto da cidade de Patras, um novo incêndio deflagrou junto ao sítio arqueológico de Vouteni, ameaçando zonas florestais e habitações, cobertas por uma espessa nuvem de fumo.
Em Portugal, perto de 1.900 operacionais estavam empenhados, pelo meio-dia, no combate a cinco incêndios em Arganil, Viseu, Vila Real, Tabuaço e Trancoso, considerados os mais preocupantes pela proteção civil.
O combate efetuava-se com o apoio de 585 meios terrestres e 25 meios aéreos.
Em Espanha, os bombeiros continuavam hoje a combater 14 grandes incêndios, especialmente no norte, embora com boas perspetivas graças ao aumento da humidade, a um pouco de chuva e à descida das temperaturas.
"A situação (...) deve ser favorável porque o tempo está do nosso lado durante algumas horas", disse a diretora da Agência de Proteção Civil, Virginia Barcones, na televisão pública.
Cerca de 6.000 pessoas de 26 localidades foram retiradas dos locais de residência na região de Castela e Leão (noroeste).
Até agora, Espanha sofreu 199 incêndios que destruíram 99.000 hectares, o dobro do ano passado mas três vezes menos do que em 2022, o pior ano, segundo a AFP.
No sul de França, foi mantida a máxima vigilância para evitar qualquer reativação do gigantesco incêndio que destruiu 16.000 hectares antes de ser controlado no domingo, no departamento de Aude.
No entanto, foram emitidos alertas vermelhos para a onda de calor no centro-leste do país, que tem sido assolado por altas temperaturas, à semelhança de Itália, Portugal, Grécia, Espanha e Balcãs.
Em Itália, a situação melhorou consideravelmente, tendo o incêndio nas encostas do vulcão Vesúvio, que lançava nuvens de fumo sobre Nápoles (sul), sido controlado ao fim de cinco dias.
Em toda a península, os bombeiros comunicaram hoje que tinham conseguido "controlar ou extinguir" nove incêndios.
"Sejam os nossos olhos na floresta". Autoridades em Vila Real apelam a populares
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
David Lobato apelou ainda à população que denuncie qualquer comportamento fora do habitual na floresta. "Sejam os nossos olhos na floresta, passem essa informação à GNR e à PSP", pediu.
Agricultores fazem contas ao prejuízo no Parque Nacional Peneda Gerês
Incêndio florestal em Ermidas-Sado está em resolução
Alvão. Homem constituído arguido por alegada tentativa de contrafogo
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
Incêndio obriga a evacuar aldeias no Piódão
Foto: Mário Raposo - RTP
Os habitantes contam que acordaram em sobressalto. As autoridades falam em "risco extremo".
Incêndio em Trancoso. Manhã deixou em alerta a aldeia de Queiriz
Tabuaço. Vento foi mais forte do que chuviscos durante a noite em Paradela
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
"Caótico é a palavra certa"
As temperaturas permanecem elevadas e o vento tem dificultado as manobras dos bombeiros.
Meios aéreos são cruciais para combater o fogo na Serra do Açor
Duas frentes continuam a preocupar em Tabuaço
Fogo desce para Ribeira do Piódão, aldeias evacuadas
“O fogo está a descer para a Ribeira do Piódão e não há acessibilidade a grande parte dos locais que o fogo está a percorrer”, adiantou o responsável.
Devido à evolução do incêndio foi já realizada a evacuação das aldeias que se situam na margem da ribeira.
Situação mais calma em Queiriz
Aldeia histórica do Piódão foi cercada pelas chamas
Houve ainda indicação para possível evacuação das aldeias de Side, Balocas, Baloquinhas, Casas de Figueira, Ribeira e Baião.
Foram solicitados quatro grupos de combate, meios aéreos pesados e quatro máquinas de rasto.
Trovoada seca terá agravado incêndio do Piódão
Dois moradores de Chãs de Égua, de onde os habitantes foram aconselhados a sair, contaram à RTP que a trovoada seca durante a madrugada terá contribuído para o incêndio que lavra na Serra do Açor.
Aldeias em perigo pela proximidade das chamas
Os turistas assustados com o fogo queriam sair da localidade, mas as autoridades encerraram as estradas. A informação é avançada pelo presidente da Junta de Freguesia da aldeia histórica, José da Conceição Lopes.
O presidente da Junta afirma que, nesta altura, a situação está ligeiramente mais calma, mas o perigo ainda não passou.
Chamas propagam-se rapidamente na direção de casas
A equipa de reportagem da RTP no local constatou os esforços diante do rápido avanço das chamas.
Queiriz vive situação "mais complicada"
Popular constituído arguido por alegado contrafogo
O suspeito foi levado para o posto da GNR de Vila Real para identificação, tendo sido constituído arguido e sujeito a Termo de Identidade e Residência.
O homem estaria, por iniciativa própria, a fazer um contrafogo em zona de combate ao incêndio que lavra na Serra do Alvão desde 2 de agosto. David Lobato, comandante sub-regional do Médio Tejo da Proteção Civil | Antena 1
Este incêndio teve início em Sirarelhos, no concelho de Vila Real. Já esteve em conclusão, mas reativou-se por duas vezes e já percorreu quase três dezenas de aldeias até chegar a Samardã.
Trânsito cortado na EN323 entre Távora e Granjinha, distrito de Viseu
Em comunicado, a GNR dá conta do condicionamento num balanço das 10:00, no qual este é o único corte indicado.
Távora localiza-se no concelho de Sernancelhe e Granjinha do de Tabuaço.
Um incêndio rural em Tabuaço, que tem sido considerado pela Proteção Civil como uma ocorrência significativa, começou no domingo à noite na freguesia de Távora e Pinheiro.
No local encontravam às 10:15, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, 303 operacionais, apoiados por 96 meios terrestres e dois meios aéreos.
"Noite agitada" em Aldeia Nova e Queiriz
Carlos Silva, dos Bombeiros de Canas de Senhorim, afirmou que "nada fazia prever" que o combate ao incêndio acabasse por se complicar pelas 2h00.
Duas frentes ativas. Acessos difíceis e vento dificultam combate
Uma das duas frentes ativas do incêndio está dominada. Mas a orografia impede "uma boa progressão a nível terrestre", ainda de acordo como Bruno Silva.
Pelas 9h46, Paradela era a única localidade na linha de fogo, mas a Proteção Civil excluía qualquer perigo para a população.
Dois bombeiros sofreram ferimentos leves. Tratou-se casos de exaustão e os operacionais já regressaram ao dispositivo.
Trânsito reaberto numa das faixas do IC1 na zona de Ermidas-Sado
Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral indicou à agência Lusa que a circulação rodoviária, cortada nos dois sentidos desde as 17:00 de terça-feira, foi retomada numa das faixas do IC1.
"A circulação foi reaberta e está a fazer-se alternadamente por uma das faixas do IC1, desde as 08:23", disse a fonte.
O incêndio florestal na zona de vale da Eira, em Ermidas-Sado, que deflagrou na tarde de terça-feira, entrou em fase de resolução na madrugada de hoje, indicou a Proteção Civil.
O sinistro, que chegou a ter três frentes ativas, foi dominado às 02:30, declarou à Lusa fonte do Comando Sub-regional do Alentejo Litoral.
Por volta das 09:00 de hoje, fonte do mesmo comando sub-regional explicou que desde que a ocorrência foi dada como dominada "os meios no terreno estão em trabalhos de rescaldo e vigilância".
"Há muitos pontos quentes e os meios estão a proceder ao seu arrefecimento", acrescentou.
Segundo a Página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela Lusa, às 09:20 o incêndio mobilizava 228 operacionais, 78 viaturas e um meio aéreo.
O Governo decidiu na terça-feira prolongar a situação de alerta até às 23:59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para aumento da temperatura e risco agravado de incêndio rural.
O Ministério da Administração Interna indicou que "todas as medidas de caráter excecional, outrora implementadas, serão mantidas durante este período".
Mais de 300 operacionais combatem fogo
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 9h10, 304 elementos combatiam as chamas naquele concelho do distrito de Coimbra, apoiados por 85 viaturas e quatro meios aéreos.
Ao todo, à mesma hora, combatiam os incêndios rurais a nível nacional 2.794 operacionais, apoiados por 887 veículos e 14 meios aéreos.
Recorde-se que o Governo alargou a situação de alerta até ao final do dia de sexta-feira, devido às previsões meteorológicas, que apontam para um aumento da temperatura e risco agravado de incêndio.
Incêndio que começou há 11 dias tem uma frente ativa
"Estamos a falar de uma frente de 500 metros junto à aldeia de Samardã", adiantou.
Neste município foi entretanto detido um homem que estaria a ativar um contrafogo, numa alegada tentativa de ajudar os bombeiros.
Espanha em estado de pré-emergência por causa dos incêndios
Foto: Violeta Santos Moura - Reuters
Reativação atribuída à trovoada obriga a reforço de meios
Segundo o Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela, a trovoada "percorreu todo o distrito" durante a madrugada, gerando diferentes focos de incêndio.
Pelas 7h40, combatiam as chamas 520 operacionais, apoiados por 170 viaturas.
Ouvido na edição desta quarta-feira do Bom Dia Portugal, o comandante da Proteção Civil Carlos Silva deu conta do agravamento da situação em Trancoso.
Uma frente ativa ameaça várias aldeias.
Mais de 110 concelhos do interior norte e centro e Algarve abrangidos
Em risco máximo estão igualmente dezenas de municípios dos distritos de Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Beja e Faro.
Debaixo de risco muito elevado estão cerca de 70 municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Portalegre, Castelo Branco, Beja e Faro.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou em risco elevado a quase totalidade da região do do Alentejo e cerca de 30 concelhos dos distritos de Faro, Setúbal, Lisboa, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo.
Em risco moderado estão perto de 30 municípios, quase todos no litoral, dos distritos de Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto e Braga.
O IPMA prevê para esta quarta-feira a continuação do tempo quente, com uma ligeira descida de temperatura, que será acentuada no litoral norte e centro.
As temperaturas mínimas oscilam entre os 16 graus Celsius em Viana do Castelo e os 27 graus de Portalegre. As máximas variam entre os 24 graus em Aveiro e os 42 em Évora.
Mais três incêndios no mapa de combate
- Deflagraram mais três incêndios durante a madrugada. Há chamas em Sátão, no distrito de Viseu, em Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, e em Arganil, no distrito de Coimbra. Este último deflagrou já depois das 5h00;
- As outras situações que suscitam maior preocupação são os incêndios que lavram há já vários dias em Trancoso, Tabuaço e Vila Real;
- Em Tabuaço, durante a madrugada, a população de Paradela voltou a unir-se para ajudar os bombeiros e abrir acessos que permitam chegar aos pontos mais dificeis;
- O fogo de Trancoso aproximou-se, na terça-feira, de várias aldeias. A meio da tarde, Terrenho ficou cercada pelas chamas, situação debelada pela intervenção rápida dos meios de combate, com a ajuda da população. Desde sábado já arderam ali mais de 12 mil hectares;
- Em Vila Real, o incêndio que deflagrou há 12 dias tem ameaçado povoações. As chamas já estiveram perto de 25 aldeias do concelho. O presidente da Câmara local teceu mesmo críticas ao Governo e ao presidente da República;
- O incêndio que deflagrou na tarde de terça-feira em Santiago do Cacém e que chegou a ter três frentes ativas foi dado como dominado logo após as 2h30;
- O incêndio que deflagrou em Cuba, no distrito de Beja, entrou também em fase de resolução, segundo a Proteção Civil;
- Ao início da manhã, havia nove incêndios ativos no país. Ao todo, no combate às chamas e em operações de rescaldo, estão mais de 2.400 operacionais, apoiados por 790 viaturas;
- A maioria do território continental está esta terça-feira em risco máximo ou muito elevado de incêndio;
- O Governo prolongou a situação de alerta até à próxima sexta-feira.
GNR calcula que 24% dos incêndios rurais deste ano têm origem criminosa
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
O incendiarismo vem a seguir, com 814 casos identificados.
Em 23 por cento das situações, a investigação não conseguiu determinar o que provocou o incêndio.
Em resposta à RTP, a GNR revelou que durante o primeira situação de alerta foram registadas 12 infrações, sete relacionadas com a realização de queimas e queimadas, três por trabalhos em espaços florestais, uma por utilização de fogo-de-artifício e uma por proibição de circulação.
Incêndio em Trancoso em fase de pré-resolução
Ajuda de Marrocos. Dois Canadair no combate ao fogo em Trancoso
Foto: Miguel Pereira da Silva - Lusa
Vento forte dificulta combate ao fogo em Tabuaço
Três frentes ativas em Santiago do Cacém
Chuva e descida da temperatura auxiliam bombeiros em Vila Real
Incêndios em Portugal. "Estamos a dar o máximo", garante Montenegro
Foto: Luís Branca - Lusa