Figueiró dos Vinhos em resolução
O incêndio que deflagrou hoje numa aldeia de Figueiró dos Vinhos entrou em resolução cerca das 21h00, depois de queimar mato e eucaliptal.
Incêndio "amenizou" ao final da tarde
"Aparentemente, ao final da tarde, a tendência do incêndio é para amenizar. A linha de fogo continua extensa, mas depois do aperto da manhã de hoje, na aldeia de Covanca, felizmente o vento está a ajudar e a ficar mais fraco", explicou.
O incêndio da Pampilhosa da Serra teve início no concelho vizinho de Arganil, na freguesia do Piódão, pelas 5h00 da passada quarta-feira. Terá sido causado por uma descarga elétrica da trovoada seca. Propagou-se, em seguida, aos municípios de Oliveira do Hospital e de Seia.
PS diz que Montenegro andou alheado do país, entre férias e uma festa
"O Governo tem vindo sempre atrasado. Ontem [na quinta-feira] tivemos um momento muito infeliz. O país combatia os incêndios e o primeiro-ministro [Luís Montenegro] participava numa festa [Festa do Pontal, do PSD] alheado do país, alheado da circunstância do país", disse à Lusa o líder da bancada parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias.
Segundo o deputado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "obrigou o primeiro-ministro a interromper as suas férias, a vir a Lisboa a uma reunião", na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.
"Acho mesmo que o primeiro-ministro devia pedir desculpas aos portugueses pela falha grave no exercício das suas funções, porque um primeiro-ministro nunca está de férias", referiu Brilhante Dias.
Fonte do gabinete do primeiro-ministro indicou hoje à Lusa que Luís Montenegro cancelou o período de férias que tinha previsto entre hoje e 22 de agosto, tendo estado de férias nos últimos cinco dias "embora com agenda pública em quatro desses dias".
"Nestes 15 dias, o país, manifestamente, andou atrás dos incêndios e o Governo, entre as férias e a Festa do Pontal, não esteve ativo na comunicação com os portugueses, na comunicação com os autarcas, e em particular em mobilizar os meios que eram necessários", apontou Eurico Brilhante Dias.
O PS voltou a criticar o Governo por não ter "acionado o quanto antes" o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e pondera "a possibilidade" de apresentar no parlamento um pedido de constituição de uma comissão técnica independente para avaliar a preparação e o combate aos incêndios florestais.
Portugal ativou o mecanismo, com pedido de apoio de quatro aviões Canadair de combate aos incêndios, anunciou hoje o comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre.
Mário Silvestre disse que Portugal é o sétimo país a ativar o mecanismo europeu.
Hoje, o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, justificou a decisão de o Governo recorrer a ajuda externa, através dos acordos bilaterais, antes de acionar o mecanismo europeu com o facto de não ser "alheio à situação internacional que se vive" e aos países que mais contribuem para este mecanismo, como França, Espanha e Itália, estarem também "muito pressionados pelos incêndios".
Registadas 65 ocorrências que mobilizam 2.080 operacionais
Dois aviões suecos chegam a Portugal no domingo
Foto: António Pedro Santos - Lusa
Aldeias de xisto foram evacuadas por precaução
Concelho de Sátão fustigado pelas chamas durante a noite
Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
Incêndio de Arganil com dezenas de aldeias na linha de fogo
Ex-autarca é primeira vítima mortal dos incêndios
Situação pode complicar-se durante a noite
Reacendimentos preocupam
Fogo entrou na aldeia de Balocas
Elevados prejuízos deixados pelo fogo
Casas e automóveis consumidos pelas chamas
Avião Canadair de reserva já se encontra operacional
A Avincis, empresa responsável pelas aeronaves pesadas a operar em Portugal, volta assim a contar com três aviões CL-215 operacionais, baseados em Castelo Branco, "para apoiar as autoridades portuguesas no combate aos incêndios em todo o país".
Na sequência das avarias, Portugal acionou o mecanismo de cooperação bilateral com Marrocos, que enviou dois aviões Canadair, que passaram a integrar o DECIR até ao final desta semana e estão a operar a partir da Base Aérea de Monte Real.
Proteção Civil dá incêndio como novamente dominado
Mais de três mil operacionais combatem fogos no país
Nesta altura, 3023 operacionais combatem as chamas no país, apoiados por mil veículos e 26 meios aéreos.
Há ainda a registar 14 pessoas feridas e duas foram levadas para o hospital, uma delas com queimaduras graves.
Segundo anunciou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, estão ativados os planos distritais de emergência e proteção civil de Viseu e Coimbra e dos municípios de Trancoso, Oliveira do Hospital, Arganil, Aguiar da Beira, Sátão, Sernancelhe, Seia, Pampilhosa da Serra, Tábua e Góis.
Mais de 200 operacionais em combate no Parque Natural de Douro Internacional
"Já temos meios no local, mas estamos com dificuldade de mobilização, tendo em conta a pressão das ocorrências que vêm da região centro. Não há meios aéreos disponíveis. O fogo está a dirigir-se para o concelho de Torre de Moncorvo, para a zona de Carviçais ", disse à agência Lusa o comandante da Sub-região do Douro, Miguel Fonseca.
Segundo o responsável, "as próximas horas serão de muito, mas, muito trabalho, porque o fogo arrancou com muita violência, numa zona de difícil acesso".
O alerta para a ocorrência foi às 13:17.
De acordo com Miguel Fonseca, houve preocupação no lugar de Martim Tirado, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, "mas para já não há populações ou bem em perigo".
De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno às 18:30, 220 operacionais, apoiados por 64 veículos, cinco máquinas de rasto e um meio aéreo.
Primeiro-ministro cancela férias. Montenegro apresenta condolências
Luís Montenegro recorreu entretanto à rede social X para se referir ao "ponto de situação", na sede da Proteção Civil, em Carnaxide, "sobre os terríveis incêndios que afetam Portugal e que provocaram um morto na Guarda".
"Deixo as nossas condolências aos seus familiares e a homenagem a todos os homens e mulheres que continuam bravamente a lutar", escreve.Na Proteção Civil fizemos um ponto de situação sobre os terríveis incêndios que afetam Portugal e que provocaram um morto na Guarda. Deixo as nossas condolências aos seus familiares e a homenagem a todos os homens e mulheres que continuam bravamente a lutar.
— Luís Montenegro (@LMontenegro_PT) August 15, 2025
Bombeiros feridos e chamas próximas de Mêda
"Dois deles já tiveram alta, os restantes continuam internados com queimaduras de segundo grau. Estão em observações e não correm risco de vida", adiantou o vice-presidente da Câmara de Mêda, César Figueiredo, em declarações à Lusa.
Ainda de acordo com autarca, há agora uma frente ativa na localidade de Vale Flor e outra entre a Prova e Aveloso, na zona norte do concelho do distrito da Guarda. Esta última está "à porta" da sede do concelho.
"Em ambas as situações o incêndio está a avançar com muita intensidade, atiçado pelo vento, que varia muito e está a dificultar o trabalho dos operacionais", afirmou.
"Precisamos de meios aéreos rapidamente porque a situação estão incontrolável", apelou.
"Forte reativação" durante a tarde
Vítima mortal na Guarda. Presidente da República apresenta condolências
O chefe de Estado, lê-se na mesma nota, "interrompeu as suas férias e regressou ontem ao Palácio de Belém, onde ficará nos próximos dias a acompanhar a grave situação dos incêndios rurais".
Chega de Ventura questiona Governo de Montenegro sobre Mecanismo Europeu de Proteção Civil
Fogo que deflagrou na Lousã atinge o concelho de Góis
Suécia envia aviões, Canadair de Marrocos ficam até segunda-feira
Por outro lado, os aviões Canadair de Marrocos vão continuar a prestar assistência ao dispositivo português até segunda-feira, ainda segundo Rui Rocha, que deixou ainda um aviso: "Os próximos dias vão ser complicados".
"Apenas se apresenta como janela de oportunidade a próxima terça-feira e os próximos dias vão ser de grande intensidade, de grande empenho e de grande responsabilidade de todos nós, de todos os portugueses. Todos estamos convocados para este desafio", quis vincar o secretário de Estado.
Depois de lamentar a morte do ex-presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão, no concelho da Guarda, o governante apontou o facto de o país estar a atravessar "um ciclo de 23 dias de condições meteorológicas muito adversas".
"Não há memória de um ciclo tão longo com condições tão adversas e de facto exige de todo o dispositivo muita disponibilidade, muito empenho e muita prontidão".
Rui Rocha manifestou em seguida solidariedade com as populações atingidas pelos incêndios, assim como aos operacionais nos diferentes teatros de operações e aos autarcas.
Marcelo Rebelo de Sousa, Luús Montenegro e Maria Lúcia Amaral não prestaram declarações na sequência da reunião na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Homem constituído arguido em Bragança por alegado crime de incêndio
"Na sequência de um inquérito de incêndio florestal ocorrido em 28 de junho, foi possível apurar-se que o suspeito, à data dos factos, procedia a trabalhos de reparação, com recurso a uma máquina rebarbadora, em dia de risco de incêndio muito elevado, tendo sido considerada a causa provável da ignição", lê-se em comunicado da Guarda.
O caso foi remetido ao Tribunal Judicial de Bragança.
Presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão consternado com morte de ex-autarca
Carlos Dâmaso, 43 anos, ex-autarca de Vila Franca do Deão, morreu esta sexta-feira enquanto ajudava no combate às chamas
Pampilhosa da Serra cancela festas no concelho e ativa Plano Municipal
Numa nota enviada à agência Lusa, o município de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, justifica esta decisão, com "a necessidade de concentrar todos os esforços e recursos na salvaguarda de pessoas e bens" em virtude do incêndio que se encontra ativo na zona norte do concelho.
O presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, revogou ainda todas as licenças emitidas até domingo, o que implica também o cancelamento obrigatório de todas as festas previstas em diversas aldeias do concelho até esse dia.
"Esta decisão, embora difícil, é tomada em nome da segurança, da responsabilidade e do respeito para com todos os munícipes, bem como para com as entidades e profissionais envolvidos no combate ao incêndio", lê-se na nota.
Foi ainda ativado, pelas 12:00 de hoje, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
Segundo a autarquia, esta decisão visa garantir que as entidades e instituições que integram a Comissão Municipal de Proteção Civil acionam, a nível municipal, os meios necessários ao desenvolvimento das ações de proteção civil, reforçando a resposta.
Permite, também, o acionamento dos meios, públicos e privados, necessários para responder às necessidades.
"Deixem de brincar às eleições". Presidente da Câmara da Guarda deixa duras críticas ao Governo
"Sentem-se à mesa. Deixem-se das tricas e truques políticos e façam um pacto de regime para salvar os portugueses", apelou.
"Estamos fartos do que está a acontecer", disse, lamentando a morte do ex-autarca de Vila Franca do Deão.
Um ferido grave confirmado no incêndio da Guarda
A RTP confirmou a existência de um ferido grave no incêndio da Guarda que está a ser transportado para o hospital em Coimbra.
Incêndio em Seia próximo das habitações
Na aldeia de Balocas, no concelho de Seia, o fogo aproxima-se das habitações. De acordo com o jornalista da RTP enviado ao local, José Farias, não há ainda meios no terreno a combater o fogo.
Oito estradas nacionais com cortes de trânsito por causa do fogo
Em comunicado, a GNR explica que, pelas 14:20, no distrito de Coimbra, estavam cortadas nos dois sentidos a Estrada Nacional (EN) 230 entre a Quinta da Tapada e as proximidades da localidade de Avô (Oliveira do Hospital), a EN342 na localidade de Avô, a EN236 na localidade de Candal (Lousã) e a EN 244 próximo das localidades de Cerdeira, Parroselos, Relva Velha e Camba, todas no concelho de Arganil.
No distrito de Viseu estavam cortadas nos dois sentidos a EN 321 na localidade de Travassos (Cinfães) e a EN226 entre a localidade de Penso (Sernancelhe) e a estrada municipal 533.
No distrito da Guarda estão cortadas nos dois sentidos a EN226 na proximidades de Ponte Abade (Tondela), Rio de Mel (Trancoso) e Peroferreiro (Aguiar da Beira) a EN331 nas proximidades das localidades de Ranhados (Vila Nova de Paiva), Meda, Castainço (Penedono), Penedono, Macieira (Sernancelhe) e Sernancelhe, assim como a EN 229-1 entre as localidades de Antas (Penedono) e Trancoso.
Cancelada concentração motard de Góis
A equipa de reportagem da RTP no local testemunhou a saída de motards. A evacuação terá de ser concluída até às 16h00.
Proteção Civil confirma uma vítima mortal em Vila Franca do Deão
Presidente da Comissão Europeia confirma ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil
O nosso combate aos fogos florestais continua.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 15, 2025
Portugal ativou o Mecanismo de Proteção Civil #rescEU.
A solidariedade europeia não conhece fronteiras.
Estamos a mobilizar apoios.
Duas frentes de fogo na Serra da Lousã
Foto: Núria Melo - RTP
No terreno estão mais de 300 operacionais e cinco meios aéreos.
Trancoso. Chamas aproximaram-se das casas ao cair da noite
Foto: Miguel Pereira da Silva - RTP
Fogo de Castelo de Vide dominado durante a manhã
Foto: José Farias - RTP
Espanha. Chamas mais controladas entre Zamora e Ourense
Foto: Eliseo Trigo - EPA
Incêndio de Sátão e Trancoso arde sem tréguas
Foto: João Santos Costa - RTP
Fogo cruza vários municípios no centro do país
Foto: Tiago Imaginário - RTP
Ativado Mecanismo Europeu de Proteção Civil
- Portugal decidiu ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, anunciou ao final da manhã desta sexta-feira a Autoridade Nacional. O país avança, desta forma, como um pedido de reforço de assistência para o combater aos incêndios e mais aviões Canadair, até ao início da próxima semana;
- O incêndio que teve início nas imediações da aldeia do Piódão, no concelho de Arganil, já cruzou vários municípios do centro do país;
- A aldeia de Moura da Serra, em Arganil, ficou cercada pelas chamas. Os bombeiros usaram uma estratégia de fogo tático para defender a Mata da Margaraça. Contudo, o vento acabou por supreender os operacionais e as chamas descontrolaram-se. A única saída da aldeia ficou bloqueada durante mais de uma hora;
- O incêndio que deflagrou em Sátão e Trancoso já alastrou a mais oito municípios dos distritos de Viseu e da Guarda. O concelho de Sernancelhe foi um dos mais fustigados na última noite - uma oficina de automóveis foi consumida pelas chamas e o prejuízo está calculado em mais de meio milhão de euros;
- No incêndio que lavra na Serra da Lousã, distrito de Coimbra, os bombeiros debatem-se com duas frentes de fogo. Durante a noite a situação acalmou, mas ao início da manhã voltou a complicar-se com o aumento da intensidade do vento. Há 300 operacionais no terreno, apoiados por cinco meios aéreos;
- Em Trancoso, as chamas voltaram a aproximar-se de casas durante a noite. Um jovem sofreu queimaduras ligeiras enquanto combatia o fogo. Mais de um terço do concelho está agora calcinado e o presidente da Câmara Municipal pede ao secretário de Estado da Proteção Civil que se desloque ao terreno;
- Em Castelo de Vide, o incêndio foi dominado ao início da manhã desta sexta-feira, após uma noite de dificuldades causadas sobretudo pelo vento;
- A área ardida no incêndio de Portalegre e Castelo de Vide ultrapassa os mil hectares e as chamas acabaram por afetar algumas casas. Ao início da tarde, decorriam os trabalhos de rescaldo. Entre as maiores preocupações para a Proteção Civil estão eventuais reacendimentos durante a tarde;
- O Exército vai reforçar os meios de combate a incêndios com três pelotões de rescaldo e vigilância. O anúncio partiu do Ministério da Defesa. Em comunicado, o Governo indica que estes pelotões são constituídos por 60 militares. Desde o início da época de incêndios, o Exército já mobilizou mais de 3.200 operacionais;
- Na festa do Pontal, que marcou a "rentrée" do PSD, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, prometeu uma avaliação do combate aos fogos, mas só depois de o Governo "ganhar a guerra".
Sinos tocaram a rebate na Aldeia das Dez em Oliveira do Hospital
As chamas, que tinha entrado no território concelhio de Oliveira do Hospital ao final de quarta-feira, dia de deflagração do incêndio na freguesia do Piódão e evoluíram lentamente nas vertentes do monte do Colcurinho, acabaram por provocar o caos na quinta-feira, com populares e autarcas a temer que se viesse a repetir o sucedido em outubro de 2017, quando o fogo atravessou os rios Alvoco e Alva e atingiu a malha urbana concelhia.
Ouvida hoje pela Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Alvoco das Várzeas, Cátia Alves, contou que o incêndio tem duas frentes ativas em Oliveira do Hospital: uma nas vertentes junto ao rio Alvoco, que é um dos locais que suscita preocupação, com as chamas a avançarem para montante em direção a Vide (concelho de Seia, distrito da Guarda), e outra, mais a jusante, a evoluir em direção à Aldeia das Dez, onde residem quase meio milhar de pessoas, que "estão em alerta".
"O fogo está a correr com grande velocidade, o incêndio está descontrolado e tememos que possa ser pior ou igual do que o de 15 de outubro [de 2017, passam no dia de hoje sete anos e dez meses]. Está um vento terrível, que complica o trabalho e a atuação dos bombeiros", enfatizou a autarca.
"Os bombeiros estão a proteger casas, de resto não tem meios. Isto vai ser um incêndio mais duradouro [do que o de 2017], ou seja, não se propaga com tanta rapidez, mas fica a arder muitos dias", declarou.
Para além da zona da Aldeia das Dez, localizada numa encosta sobranceira à Ponte das Três Entradas (onde os rios Alvoco e Alva se encontram), Cátia Alves notou que o perigo das chamas avançarem para norte "é real", caso as projeções as façam passar os vales daqueles dois rios.
Pelas 12:30, o incêndio de Arganil, que no distrito de Coimbra se estendeu aos municípios de Oliveira do Hospital e da Pampilhosa da Serra, estava a ser combatido por 903 operacionais, apoiados por 308 viaturas e cinco meios aéreos, segundo a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Aguiar da Beira à espera que chegue ajuda "o mais rapidamente possível"
"É uma situação muito crítica. Só temos os bombeiros de Aguiar da Beira no terreno e um helicóptero a fazer descargas. Isso não chega face à intensidade do fogo, que está a dirigir-se para as povoações", disse Virgílio Cunha, autarca de Aguiar da Beira, à agência Lusa.
O presidente do município do distrito da Guarda adiantou que o incêndio está em Ponte do Abade, Sequeiros, Barranha e Lezíria, na União de Freguesias de Sequeiros e Gradiz, no limite do concelho.
"O incêndio está numa zona de fronteira entre concelhos e é cada um por si. É um descontrolo total e aflitivo porque não temos meios para combater as chamas", realçou.
Virgílio Cunha acrescentou que se trata de uma zona com "muita floresta" e povoações muito próximas.
"Estamos a avaliar se avançamos com a evacuação do lar de Ponte do Abade, está tudo pronto para isso".
O presidente da Câmara de Aguiar da Beira referiu que, até agora, arderam armazéns e barracões agrícolas, alfaias, povoamentos florestais, matos e terrenos agrícolas.
"Felizmente, não houve casas afetadas, mas, como isto está, não estamos livres que isso aconteça porque o fogo está a dirigir-se para as povoações", declarou.
A caminho de Ponte do Abade está uma coluna de reforço e mais meios aéreos, mas o autarca desespera com a demora.
"A ajuda tem que chegar rápido. Além das temperaturas elevadas, o vento sopra com força e muda rapidamente de quadrante, o que contribui para intensificar o incêndio em direção às aldeias", disse Virgílio Cunha.
O incêndio de Vila Boa, freguesia de Ferreira de Aves, em Sátão, distrito de Viseu, teve alerta pela 01:03 de quarta-feira e no mesmo dia chegou aos municípios de Sernancelhe, também no distrito de Viseu, e ao de Aguiar da Beira.
Pelas 09:30, combatiam este incêndio 867 operacionais, apoiados por 284 veículos e sete meios aéreos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Gouveia e Melo acusa responsáveis políticos de `cinismo` e fuga às responsabilidades
Na página oficial da sua candidatura a Belém, na rede social Facebook, Gouveia e Melo diz-se "chocado e incrédulo" com a postura de alguns responsáveis políticos que, "alheios ao terror vivido pelas populações, mantêm as suas agendas, numa bolha de cinismo perante o sofrimento".
"Se não conseguem prevenir nem remediar, espera-se, no mínimo, que estejam ao lado do provo no seu sofrimento", defende o candidato, assumindo ter passado os últimos dias "colado à televisão, esmagado pelas imagens do fogo a devorar" o território nacional.
Na publicação, Gouveia e Melo recusa aceitar o argumento de que falar de incêndios "é aproveitamento político" ou que "só depois do combate é que se pode discutir" a vaga de incêndios que assola o país.
Esta posição foi hoje assumida depois de o primeiro-ministro, Luis Montenegro ter afimado na quinta-feira, num discurso na Festa do Pontal, que não iria fazer uma avaliação do combate aos incêndios, porque o país está "em plena guerra e não é a meio da guerra" que se faz essa discussão.
"Vamos primeiro ganhar a guerra, salvar as pessoas, o nosso património, o nossos país e cá estaremos para fazer ainda melhor no futuro", referiu.
"São meros pretextos para ganhar tempo e tentar diminuir as responsabilidades", escreveu hoje Gouveia e Melo, alertando que "enfiar a cabeça na areia, adiando o que é difícil de resolver e ir gerindo agendas mediáticas, pode não ser a melhor solução".
As criticas de Gouveia e Melo estendem-se ainda a quem, noutros pontos do país "brinde às férias e tire fotografias sorridentes em eventos políticos de verão", num "desrespeito que mina a confiança na democracia".
Para o candidato presencial, "um verdadeiro líder", mesmo quando não pode fazer mais, "está na frente com o seu povo, mostrando que não se esconde das responsabilidades que pediu para assumir".
Ao contrário, o que acontece no país ano após ano, sustenta, é que "a memória apaga-se" e a prevenção, o planeamento e o investimentos estruturais "ficam fora da agenda", conclui na publicação em que expressa a sua gratidão aos bombeiros militares, polícias, médicos e enfermeiros empenhados nos incêndios e às populações que ajudam no combate.
Vias cortadas em Sernancelhe, Penedono e Aguiar da Beira
Segundo fonte da GNR, estão cortadas ao trânsito:
A Estrada Nacional (EN) 331, em Penedono, entre Castaínço e Macieira.
A EN229-1, entre Antas, Sernancelhe, distrito de Viseu, e Trancoso, distrito da Guarda.
A EN 229, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda, entre a Ponte do Abade e Aguiar da Beira.
A Estrada Municipal (EM) 506, em Sernancelhe, entre Sernancelhe e Ferreirim.
A Estrada Regional 321, em Cinfães, entre Travassos e Tendais.
Portugal ativa Mecanismo Europeu de Proteção Civil
Portugal decidiu ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil esta sexta-feira e solicitar apoio com aviões anfíbios Canadair até segunda-feira, 18 de agosto, anunciou a Proteção Civil, face à dificuldade em combater os incêndios durante a madrugada. É o sétimo país a ativar o mecanismo.
No terreno estão mobilizados 2850 meios operacionais, apoiados por 960 veículos e 32 meios aéreos.
Fogo em Portalegre e Castelo de Vide totalmente dominado
O incêndio dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide foi considerado dominado pelas 10:19 desta sexta-feira, revelou a Proteção Civil.
Presidente da República desloca-se à Autoridade de Proteção Civil ao início da tarde
O presidente da República desloca-se ao início da tarde à sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, para assistir a um ponto da situação sobre os incêndios.
"Situação desgovernada" no incêndio de Arganil durante a noite, diz autarca
Paulo Cunha - Lusa
"Foi uma situação completamente desgovernada, está a ser um periodo ainda mais complicado do que aquele que já estávamos a enfrentar porque isto aqui assumiu proporções completamente impensáveis", explicou Luís Paulo Costa.
Comparando a situação atual, que não provocou vítimas, com os incêndios mortais de há oito anos, o autarca foi taxativo: "Isto cheira-me muito a 2017".
Luís Paulo Costa referiu que esta noite mais quatro pessoas tiveram de ser retiradas de casa, nas aldeias de Valadas e Casarias.
Várias frentes em Arganil ameaçam aldeias e Mata da Margaraça
Ouvido pela Lusa, Luís Paulo Costa manifestou-se muito preocupado com a evolução do incêndio no seu concelho, antecipando muitos problemas ao longo do dia, com frentes de fogo a norte, oeste e sudoeste do local onde o incêndio eclodiu na freguesia do Piódão, na quarta-feira, situadas a quase dez quilómetros em linha reta da origem.
"Neste momento a Mata da Margaraça está ameaçada, ainda não ardeu, mas o fogo está nas imediações, na mesma encosta. Está a ser feito lá um trabalho do sentido de tentar fazer a contenção do incêndio, mas está difícil", .
Luís Paulo Costa observou que o incêndio "ficou completamente desgovernado de madrugada, entre as 03:00 e as 04:00", quando os ventos se tornaram muito intensos e com orientações muito voláteis.
Durante a noite, o fogo que desceu uma das encostas abruptas da serra do Açor, e ameaçou as povoações de Moura da Serra e Casarias, espalhou-se pelos vales e cumeadas em redor.
Avançou, por um lado, para a zona do Alto de Vinhó, numa cordilheira junto à aldeia da Cerdeira e para jusante de Parrozelos, tendo passado a estrada nacional 344, que liga Coja ao Piódão.
É esta frente que está a ameaçar a zona protegida da Mata da Margaraça, na encosta sobranceira àquele espaço natural.
Mais atrás, uma das frentes que ameaçou, durante a tarde de quinta-feira, a localidade de Sorgaçosa, está a evoluir, segundo Luís Paulo Costa, em direção à zona do Agroal, perto da sede de freguesia de Pomares.
Segundo o autarca, há ainda outra frente de fogo que lavra para sudoeste, na direção de Porto Castanheiro, perto da zona onde se disputa o troço de Arganil do Rali de Portugal.
Pelas 10.50, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 911 operacionais, apoiados por 307 viaturas e dez meios aéreos.
Mais de 800 operacionais combatem o fogo de Sátão
Incêndio em Portalegre e Castelo de Vide praticamente dominado
Fogo em Pampilhosa da Serra obriga à evacuação da aldeia de Covanca
A aldeia de Covanca, em Pampilhosa da Serra, habitada por cerca de 300 pessoas vai ser evacuada esta sexta-feira devido ao agravamento do incêndio que lavra desde quarta-feira no concelho.
"O incêndio não nos deu descanso durante toda a noite. Tem uma extensão muito grande. Neste momento estamos a preparar-nos para evacuar a aldeia de Covanca", revelou Jorge Custódio.
Situação "muito complexa" na Lousã. Autarca admite que chamas já consumiram mais de 500 hectares
Chamas de Trancoso e Sátão alastram a outros oito municípios
"Os incêndios de Trancoso e de Sátão estavam muito perto, quase a interagir, havia já zonas em que estavam a menos de 10 quilómetros e nesse sentido absorvemos o comando que, agora, é só um e temos 10 municípios", adiantou à agência Lusa, cerca das 09:00, o comandante no terreno, Jody Rato.
O incêndio afeta os municípios de Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e "também já a entrar" em São João da Pesqueira (distrito de Viseu); Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Meda e Celorico da Beira (distrito da Guarda).
"Neste momento tem três frentes ativas muito grandes. Uma delas com mais de 20 quilómetros de frente. A zona de maior preocupação é na zona norte, na cabeça, porque é onde está com maior intensidade, ou seja, em Penedono e em São João da Pesqueira", adiantou.
Jody Rato acrescentou que em todo o perímetro deste incêndio estão 1.368 operacionais a trabalhar, 461 veículos, com mais sete máquinas de rasto e, neste momento, cerca das 09:00, "estão a ser mobilizados meios aéreos".
"Neste momento já estamos com quatro meios aéreos e vamos eventualmente reforçar durante o dia. Não sabemos, porque também há outros incêndios ativos e os meios são finitos e compreendemos que a mobilização tenha de ser gerida", admitiu o segundo comandante regional Centro.
Para o dia de hoje "é esperado um trabalho muito árduo, um dia difícil, não só pela área imensa, como agravado com aquilo que tem condicionado o combate que é a acessibilidade e as condições meteorológicas".
Sobre os trabalhos noturnos, o comandante indicou que foram "registados três feridos ligeiros, coisas ligeiras, e um bombeiro que foi assistido, muito por causa do fumo nos olhos que, depois de uma boa limpeza permite que volte ao ativo"
Pelo caminho, as chamas já deixaram destruição "em algumas habitações, falta confirmar se há de primeira habitação, mas a maior parte deverão ser devolutas e de segunda habitação, há ainda veículos afetados, armazéns e empresas".
"O levantamento está a ser feito, mas a prioridade é o combate", realçou Jody Rato.
O alerta para o incêndio de Freches, no Município de Trancoso, distrito da Guarda, aconteceu no sábado, dia 09, pelas 17:21.
Pelas, 09:30, combatiam este incêndio 510 operacionais, apoiados por 177 veículos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O incêndio de Vila Boa, freguesia de Ferreira de Aves, em Sátão, distrito de Viseu, teve alerta pela 01:03 de quarta-feira, dia 13, e no mesmo dia chegou aos municípios de Sernancelhe, também no distrito de Viseu, e ao de Aguiar da Beira, distrito da Guarda.
Pelas, 09:30, combatiam este incêndio 867 operacionais, apoiados por 284 veículos e sete meios aéreos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Fogo em Portalegre e Castelo de Vide "90% dominado", diz Proteção Civil
A fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou que, no último balanço efetuado com o comando no terreno, às 07:10, "o incêndio estava 90% dominado".
"Os dados indicam que o combate está bem encaminhado e que o incêndio está a ceder aos meios" que se encontram no teatro de operações, acrescentou.
Questionada sobre eventuais feridos, a fonte disse que, em relação aos operacionais envolvidos no combate às chamas, há quatro feridos ligeiros, concretamente um sapador florestal e três bombeiros.
Em relação a habitantes ou a casas afetadas, o comando sub-regional não tem, para já, informações sobre isso.
Às 09:15, encontravam-se envolvidos nos trabalhos de combate às chamas 260 operacionais, apoiados por 83 veículos e um meios aéreo.
O alerta para este foi dado às autoridades às 14:01 de quinta-feira, tendo eclodido numa zona de mato na Tapada do Loureiro, freguesia de Ribeira de Nisa e Carreiras, no concelho de Portalegre, segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo.
Na mesma tarde, progrediu para o vizinho concelho de Castelo de Vide e rondou o perímetro urbano desta vila.
Em declarações à Lusa, ao início da noite de quinta-feira, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, indicou que o foco de incêndio tinha chegado perto da vila, mas naquele momento não existiam "casas em perigo".
"O fogo veio de Portalegre, apanhou a serra de São Paulo e a Estrada Nacional 521 (EN521) e dirigiu-se ao espaço médio urbano da vila", relatou.
O autarca referiu que houve uma situação mais complicada com chamas junto a um posto de abastecimento de combustíveis, mas foi resolvida, sem incidentes.
Às 21:30, o comandante Paulo Santos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicou à Lusa que o incêndio tinha "três frentes ativas" e que os esforços dos operacionais centravam-se na defesa de habitações, pessoas e animais.
Devido ao incêndio, diversas estradas nacionais e regionais foram cortadas naquela zona.
Fogo em Arganil ameaçou várias aldeias durante a noite
Incêndio na Lousã complicou-se e obrigou a evacuar várias aldeias
Incêndio em Trancoso alastrou-se a vários concelhos
Aviso laranja devido ao calor estendido até domingo em sete distritos
De acordo com um comunicado do IPMA, o aviso laranja vai estar ativo em Bragança, Évora, Guarda, Faro, Beja, Castelo Branco e Portalegre até às 18:00 de domingo, devido à "persistência de valores muito elevados da temperatura máxima".
Em Vila Real e Viseu, o aviso laranja vigora até às 00:00 de sábado, baixando depois para amarelo, o menos grave de uma escala de três.
Também sob aviso amarelo devido ao calor estão até às 18:00 de hoje os distritos de Leiria e Coimbra, enquanto Santarém se prolonga até às 18:00 de sábado e em Setúbal até às 18:00 de domingo.
Os avisos do IPMA -- vermelho, laranja e amarelo -- são emitidos quando existe uma situação meteorológica de risco, que pode ser avaliada como de risco elevado, moderado ou reduzido.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e, nas últimas semanas, têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.
A situação de alerta foi prolongada até domingo, anunciou, na quinta-feira, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, no final de uma visita à ANEPC.
"Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo", anunciou a ministra em declarações aos jornalistas.
Maria Lúcia Amaral sublinhou que se mantêm todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio.
Mais de 3.500 operacionais mobilizados às 08
De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno 3.569 operacionais, auxiliados por 1.200 meios terrestres.
Os fogos mais significativos são os de Sátão (Viseu) e Arganil (Coimbra), que concentram maior número de meios, num total de 1.675 operacionais no terreno.
O fogo em Vila Boa, no concelho de Sátão, distrito de Viseu, que começou na madrugada de quarta-feira e, no mesmo dia, chegou aos municípios de Sernancelhe (Viseu) e de Aguiar da Beira (Guarda) tinha, pelas 08:00, 847 operacionais no terreno, apoiados por 285 viaturas.
O fogo de Arganil, que deflagrou na freguesia do Piódão na madrugada de quarta-feira, alegadamente provocado por uma descarga elétrica da trovoada seca que se fez sentir naquela zona, mantinha 828 operacionais auxiliados por 290 meios terrestres.
Já no fogo que deflagrou em Trancoso, distrito da Guarda, estavam envolvidos 515 operacionais no combate às chamas, com o auxilio de 178 meios terrestres, num incêndio que alastrou para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Celorico da Beira e Sernancelhe.
Ainda no concelho de Trancoso, um fogo com início na quarta-feira em A-do-Cavalo mobilizava 52 bombeiros.
Na serra da Lousã, distrito de Coimbra, o incêndio que começou na quarta-feira mobilizava 290 operacionais, com 87 viaturas de combate ao fogo, depois de durante a tarde ter evoluído "com duas frentes" e obrigado à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias.
O fogo que lavra no concelho de Portalegre, mantinha pelas 08:00 de hoje 246 operacionais auxiliados por 81 meios terrestres.
Quanto ao incêndio de Cinfães (Viseu), tinha no terreno 100 operacionais e 28 viaturas.
Estes são os maiores fogos incluídos pela Proteção Civil na lista de incêndios rurais em curso (ainda não dados como dominados/em resolução) de entre as denominadas "ocorrências significativas", assim descritas pela duração ou pelo número de meios envolvidos.
Já dominados, mas ainda ocorrências significativas, o incêndio de Tabuaço (Viseu) mantinha 164 operacionais e o de Sirarelhos, Vila Real, que consumiu a serra do Alvão, tinha no terreno 176 operacionais.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto e, nas últimas semanas, têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida este ano.
A situação de alerta foi prolongada até domingo, anunciou, na quinta-feira, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, no final de uma visita à ANEPC.
"Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo", anunciou a ministra em declarações aos jornalistas.
Maria Lúcia Amaral sublinhou que se mantêm todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio.
Sete principais incêndios lavram em Portugal Continental: mais de 3.500 operacionais em 37 incêndios
• Por sua vez, o primeiro-ministro afirmou que o país tem "todos os meios disponíveis" e que está a fazer "o esforço máximo possível". Na quinta-feira, Luís Montenegro declarou que Portugal está "em plena guerra" e que não é tempo para fazer avaliação sobre os incêndios.
• Esta sexta-feira, a maior parte do território de Portugal continental encontra-se em risco muito elevado ou extremo. A previsão é que a situação no litoral e no sul do país melhore, mas nos concelhos onde lavram os incêndios mais graves pode piorar. Em causa está a conjugação de calor e vento com um nivel baixo de humidade.
"Estamos em plena guerra". Montenegro diz que não é tempo para fazer avaliação sobre incêndios
"Estamos a fazer o esforço máximo para não deixar ninguém sozinho", vincou, sublinhando a importância de salvaguardar vidas, mas também o património das pessoas e o património natural do país.
Apontou que, ainda que o Governo possa estar a acompanhar todos os desenvolvimentos de forma "talvez discreta", esse acompanhamento está a ser feito de forma "muito próxima" e tentando ser "o mais eficaz possível".
Luís Montenegro deixou para mais tarde quaisquer reflexões. "Não vou fazer uma avaliação disso porque estamos em plena guerra, não é a meio da guerra que vamos fazer essa discussão", afirmou.
No tema da justiça, o primeiro-ministro defendeu a criação de um "regime de aceleração" para crimes mais graves quando há "recolha de prova reforçada, nomeadamente quando há detenção em flagrante delito".
E tal poderá aplicar-se "a crimes mais graves", desde logo a quem provoca incêndios florestais. Tal poderá resultar num "processo mais rápido" e mesmo "dissuasor" do comportamento criminoso, estima Montenegro.
Num longo discurso com mais de 45 minutos, houve ainda tempo para previsões a nível orçamental. "Eu não tenho dúvidas de que vamos chegar ao final do ano e vamos ter novamente um 'superavit' nas contas públicas", afirmou.
Resultados atingidos com a redução do IRS "a meio do ano", com o aumento do complemento solidário para idoso, entre outras medidas elencadas. "Mesmo assim, cumprimos a meta relativamente ao equilibrio das contas públicas".
Apesar do contexto internacional, Luís Montenegro garantiu que o Governo está a agir "com sentido de responsabilidade" e que vai mesmo "surpreender muitos pessimistas" até ao final do ano.
Defendendo uma "imigração mais regulada", Luís Montenegro considerou "normal" que o presidente da República "possa ter dúvidas constitucionais e possa submeter essas dúvidas ao Tribunal Constitucional, para que o Tribunal Constitucional possa emitir juízos jurídicos sobre o cumprimento das normas constitucionai".
O chefe de Estado afirmou que o investimento será de 800 milhões de euros. Espera que a obra possa começar no início de 2027 para entrar em funcionamento em 2030.
Noutra frente, ainda a respeito do sul do país, Luís Montenegro anunciou também que está "tudo pronto" para "formalizar o regresso da Fórmula 1 ao Algarve no próximo ano".
"Calamidade nacional". Governo prolonga situação de alerta até domingo devido aos incêndios
A ministra da Administração Interna anunciou esta quinta-feira que o Governo decidiu voltar a prolongar a situação de alerta em vigor no país devido ao elevado risco de incêndio, até às 23h59 de domingo, 17 de agosto. Maria Lúcia Amaral garante que a "ajuda internacional será pedida sem hesitação" se as autoridades operacionais assim o recomendarem.