Fogo de Sátão e Trancoso quase estabilizado
INEM vai reforçar os meios nos locais mais afetados pelos incêndios
Incêndios. Pastor vai receber casa após onda de solidariedade
Incêndio na Lousã lavra há dois dias e ameaça aldeias
Incêndio em Arganil mantém duas frentes ativas
Guarda. Aldeia de Freixedas rodeada pelas chamas
Aviões cedidos pela Suécia só chegam na segunda-feira
Os dois aviões Fire Boss cedidos pela Suécia para ajudar no combate aos incêndios rurais só devem chegar a Portugal na segunda-feira em vez de domingo, segundo informou a Proteção Civil.
Mais de cinco mil operacionais combatem incêndios nesta altura
Mais de cinco mil operacionais estão nesta altura no terreno a combater as diferentes ocorrências. De acordo com a Proteção Civil, há dez ocorrências que inspiram maior preocupação que estão a ser combatidas por um total de 3982 operacionais, com 1300 veículos e 36 meios aéreos.
Este sábado, três bombeiros foram assistidos e nove foram encaminhados para hospitais com ferimentos ligeiros. Dois civis foram também assistidos.
Fogo de Sátão com mais de 900 dos mais de 5.000 operacionais mobilizados
De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno 5.148 operacionais, auxiliados por 1.600 meios terrestres e 42 meios aéreos.
Os fogos mais significativos são os de Sátão (distrito de Viseu), com 906 elementos das forças de socorro e segurança, 296 viaturas e três meios aéreos empenhados, e de Piódão, no concelho de Arganil (distrito de Coimbra), com 892 operacionais a combater as chamas, apoiados por 305 meios terrestres e seis meios aéreos.
Ambos os fogos, que tiveram início na quarta-feira, já se estenderam a vários concelhos vizinhos. O de Sátão acabou por se tornar num único fogo ao juntar-se, no território, ao que teve origem no domingo em Trancoso, distrito da Guarda.
Concelho de Mêda praticamente todo debaixo de fogo
O fogo neste concelho está imparável | Foto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
O complexo termal de Longroiva é uma das zonas mais preocupa as autoridades, refere o autarca João Mourato à jornalista Cláudia Martins.
O presidente da Câmara de Trancoso, Amílcar Salvador explicou ainda que no concelho já não há frentes ativas.
Agora é tempo de fazer contas aos prejuízos, refere o autarca.
Chamas destroem viaturas em Arganil
O fogo destruiu viaturas em Pardieiros, em Arganil. As viaturas pertenciam a um casal estrangeiro que ali vive.
Dois bombeiros com ferimentos ligeiros na Lousã
Cinco bombeiros feridos no combate ao incêndio de Trancoso
Cinco bombeiros ficaram com ferimentos leves no combate ao incêndio de Trancoso. Foram transportados para o hospital de Viseu.
Casas destruídas pelas chamas em Oliveira do Hospital
Pastor que perdeu casa em Oliveira do Hospital vai receber casa modular
Fogo deixou rasto de destruição "muito grande" em Aguiar da Beira
"Arderam várias casas, duas ou três habitadas, e as restantes eram segunda habitação. Não consigo quantificar ao certo o total de habitações afetadas, esse é um levantamento que vamos iniciar na próxima semana, se o fogo deixar", afirmou hoje o presidente do município, Virgílio Cunha, à agência Lusa.
O autarca aguiarense afirmou que o fogo atingiu sobretudo barracões e armazéns agrícolas, alfaias, terrenos cultivados, pastos, fenos e soutos e pinhais.Hoje sábado a situação é "muito mais calma" do que na sexta-feira em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde os operacionais e a população estão atentos aos reacendimentos.
"Estamos a consolidar as frentes que havia por causa de alguns reacendimentos entre Sequeiros e Fonte Arcadinha, em Ponte do Abade, Gradiz e Barranha", referiu o autarca.
No local estão bombeiros, populares e funcionários do município, apoiados por dezenas de viaturas e um helicóptero.
"A situação ainda nos preocupa, mas nada de comparável com o que se viveu na sexta-feira", sublinhou.
Virgílio Cunha adiantou que agora o vento acalmou, o que é uma "grande ajuda".
"Não é nada parecido com o que tivemos ontem [sexta-feira]. Hoje, sopra com menos intensidade e sempre no mesmo quadrante", disse.
O concelho de Aguiar da Beira começou a ser atingido, na quarta e quinta-feira, pelos fogos que tiveram início em Trancoso, no distrito da Guarda, e Sernancelhe e Sátão, no distrito de Viseu.
Fornecimento de energia quase normalizado mas ainda centenas de clientes sem luz
Num ponto de situação efetuado cerca das 16:00, a E-Redes clarificou que "os clientes afetados no fornecimento de energia elétrica devido à ocorrência dos incêndios têm vindo a diminuir, estando a situação neste momento praticamente normalizada".
De acordo com a distribuidora, mantinham-se, a essa hora, "algumas centenas de clientes sem energia elétrica", dispersos pelas zonas mais afetadas pelos incêndios, nos distritos de Viseu, Guarda, Coimbra, Vila Real e Bragança.
Os clientes afetados "encontram-se em aldeias onde o acesso está condicionado pelos incêndios ou pelos trabalhos de rescaldo", esclareceu a empresa.
Na nota enviada à agência Lusa, a E-Redes informou ainda que os seus técnicos e parceiros vão permanecer no terreno para avaliar os danos, nas zonas ardidas, e "repor a rede quando for possível fazê-lo em condições de segurança".
Na sexta-feira cerca de oito mil clientes estavam, pelas 22:00, sem eletricidade em diversos concelhos das regiões Norte e Centro atingidos pelos incêndios rurais.
Durante o dia, segundo a E-Redes, o número de clientes afetados pelas avarias chegou a atingir os 20 mil e a empresa colocou no terreno cerca de 150 trabalhadores a repor o fornecimento de do serviço.
Fogo de Arganil volta a entrar na Pampilhosa da Serra junto a Casal Novo
Em declarações à agência Lusa, o autarca de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, Jorge Custódio, informou estar a caminho do local e indicou também que há uma frente ativa a descer em direção a Meãs.
"Há reativações em linhas que já estavam dadas como extintas", explicou.
O incêndio florestal que lavra em Pampilhosa da Serra veio do concelho vizinho de Arganil, onde deflagrou na freguesia do Piódão, pelas 05:00 de quarta-feira, alegadamente provocado por uma descarga elétrica da trovoada seca que se fez sentir naquela zona. Desde então afetou já vários concelhos.
Ao início da manhã de hoje a Proteção Civil Municipal de Pampilhosa da Serra informava que "não existem pessoas ou bens em risco", e que de madrugada o incêndio que lavrava no alto do concelho não tinha registado "desenvolvimentos significativos".
O estado de prontidão especial do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) mantém-se desde 11 de agosto no nível máximo de quatro, e encontram-se ativados os planos distritais de Emergência e Proteção Civil de Viseu e Coimbra, e os planos municipais de Trancoso, Oliveira do Hospital, Arganil, Aguiar da Beira, Sátão, Sernancelhe, Seia, Pampilhosa da Serra, Tábua, Góis e Covilhã.
A ANEPC, perante a declaração de situação de alerta em vigor, salientou para a proibição do acesso e circulação nos espaços florestais, de realização de queimadas e queimas e a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas, de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, e de trabalhos nos demais espaços rurais, bem como da utilização de fogo de artifício ou outros artefactos pirotécnicos.
Bruxelas indica que aviões de combate pedidos por Portugal chegam no domingo
Segundo a porta-voz da Comissão, dois aviões foram já mobilizados e estão a caminho de Portugal, integrando a frota rescEU.
As aeronaves foram inicialmente destacadas para a Bulgária e agora foram reposicionadas a partir da Suécia, estando a sua chegada prevista para domingo.
A Comissão Europeia está "a explorar opções adicionais de ajuda" e mantém "contacto constante com as autoridades portuguesas".
No mesmo comunicado, Bruxelas transmitiu "profundo pesar pela morte do antigo autarca que estava a combater os fogos".
Numa mensagem publicada na rede social X, a comissária europeia Hadja Lahbib anunciou igualmente o envio de dois aviões para Portugal e dois para Espanha, expressando-se "profundamente entristecida pela perda de uma vida em Portugal".
We’ve sent 2 🇪🇺firefighting planes to #Portugal & 2 more to #Spain to fight #wildfires.
— Hadja Lahbib (@hadjalahbib) August 16, 2025
🇵🇹: the planes came from Sweden, after being moved from Bulgaria.
🇪🇸: we’ve deployed 2 planes from Italy, on top of 2 from France.
Deeply saddened by the loss of life in Portugal. pic.twitter.com/jdgpmg8tmD
Desde o início da época de incêndios, equipas de combate aos incêndios oriundas de outros Estados-membros têm estado a apoiar os bombeiros portugueses.
Entre 01 e 15 de agosto, um contingente de cerca de 20 bombeiros da Letónia esteve posicionado em Trancoso, e a partir de hoje, segue-se uma equipa de Malta, também com cerca de 20 elementos, que ficará destacada em Almeirim, em dois turnos: de 16 a 31 de agosto e de 01 a 15 de setembro, acrescentou a porta-voz.
O apoio europeu inclui ainda a utilização do sistema de satélites Copernicus, já ativado.
c/Lusa
Presidente do governo espanhol vai visitar amanhã as zonas afetadas pelos fogos
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Arganil. Há duas frentes ativas que ameaçam localidades
Foto: Núria Melo - RTP
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Pinhel. Vigilância é palavra de ordem
"Foi impossível que os meios chegassem a todas as frentes de fogo", advoga.
Continua sem combate aéreo incêndio que começou na Guarda e que alastrou a Trancoso e Pinhel
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Arganil. Fogo continua a lavrar em duas frentes e no caminho de aldeias
Cerca de 90% do incêndio de Freixo de Espada à Cinta está dominado
Durante a noite o combate às chamas correu bem. É o que descreve o comandante da proteção civil de terras de Trás os Montes. João Noel Afonso diz à Antena 1 que as três frentes de fogo que foram registadas já não existem.
Fogo em Oliveira do Hospital dominado e sem frentes ativas
Em informação prestada à agência Lusa pelas 11:05, fonte oficial do município de Oliveira do Hospital indicou que o incêndio se encontrava "completamente dominado".
"As frentes ativas que mereciam mais preocupação e que estiveram [a preocupa] durante a noite, na zona de São Sebastião da Feira, freguesia de Penalva de Alva, e Vilela, na Freguesia de Nogueira do Cravo, já foram extintas", disse.
Segundo a mesma fonte da autarquia de Oliveira do Hospital, a preocupação é agora com "os reacendimentos e fazer os trabalhos de rescaldo", indicando que os meios no terreno vão "estar com muita atenção, porque é uma área muito vasta e de acessos difíceis".
A fonte admitiu ainda que haverá "muito trabalho pela frente na vigilância e no rescaldo" do incêndio que começou na quarta-feira no concelho de Arganil e passou para o de Oliveira do Hospital.
Durante a noite as chamas destruíram áreas de mato e floresta e o fogo "esteve em vias de chegar à cidade, mas foi dominado", disse, acrescentando que a humidade noturna e a diminuição do vento ajudaram no combate.
Na sexta-feira, o incêndio levou à evacuação de alguns empreendimentos turísticos no município, bem como ao cancelamento de reservas, nomeadamente na Ponte das Três Entradas (onde os rios Alvoco e Alva confluem), com uma unidade hoteleira de quatro estrelas ali existente "que estava cheia", assim como outra unidade em Vila Pouca da Beira, por onde as chamas passaram, sem causar danos.
A reportagem da Lusa no local constatou a destruição provocada pelo incêndio em terrenos rurais e florestais, ao longo de cinco quilómetros de estrada nas margens do rio entre Vila Cova de Alva (Arganil) e Avô (Oliveira do Hospital).
Pelas 11:30, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 1.014 operacionais, apoiados por 332 viaturas e 17 meios aéreos.
Fogos consumiram 139 mil hectares, 17 vezes a área ardida em 2024
De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entre 01 de janeiro e 14 de agosto, tinham ardido 74.931 hectares, um número que subiu para 139.091 à data de hoje.
Estes dados revelam que apenas nos últimos dois dias, arderam 64.160 hectares, 46% do total ardido desde o início do ano.
Quando comparado com o período homólogo, verifica-se que a área ardida este ano é cerca de 17 vezes superior aos 7.949 hectares de floresta que arderam entre 01 de janeiro e 15 de agosto de 2024.
A área ardida este ano é também a segunda maior desde 2017, ano que contabilizou um total de 164.249 hectares de área ardida até 15 de agosto.
O ICNF especifica que desde o início do ano, até hoje, deflagraram 6.229 incêndios, a grande maioria em matos (48%) e povoamentos florestais (40%), e a restante em terrenos agrícolas (12%).
Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de incêndios aumentou 79%.
Fazendo o balanço dos últimos dois dias, verifica-se que entre 14 e 16 de agosto foram registados mais 231 incêndios, de 5.998 para 6.229.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio desde 02 de agosto.
Incêndio na serra da Lousã com uma das frentes já em consolidação
PJ detém suspeito de incêndio florestal em Seia
A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Guarda, deteve no dia de ontem (15/08), com a colaboração do Posto Territorial de Seia da GNR, um homem de 19 anos, pela presumível autoria de um crime de incêndio florestal, ocorrido nessa noite, em Seia.
Dezenas de concelhos do interior Norte e Centro do país e do Algarve estão hoje em risco máximo de incêndio
Segundo o IPMA, os distritos mais afetados são Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra e Castelo Branco.
Mais de 200 operacionais ainda a combater fogos na Guarda
Noite difícil para muitas populações ameaçadas pelo fogo
Fogo no concelho de Nisa dominado e em vigilância
"Já está em vigilância, as viaturas estão no local, a aguardar o incêndio, não vá haver ativações e eles atuam. Há meios no local, mas já não estão a combate", disse fonte do Comando Sub-regional do Alto Alentejo.
O incêndio em povoamento florestal eclodiu às 18:13 de sexta-feira e hoje, por volta das 04:45, encontravam-se no local 119 operacionais e 36 viaturas.
Os sete principais incêndios a lavrar em Portugal continental estavam por volta dessa hora a ser combatidos por 3.378 operacionais, apoiados por 1.118 viaturas.
De acordo com o portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os fogos que concentravam maior número de meios às 04:45 era o de Vila Boa, Sátão, na região de Viseu, com 946 operacionais, e o do Piódão, em Arganil, no distrito de Coimbra, onde se encontram 909 operacionais.
Quase 3 500 operacionais estão a combater dez incêndios no continente
O incêndio do Piódão, em Arganil, que começou na quarta-feira, é o que mobiliza mais meios, seguido do fogo de Vila Boa, em Sátão.
Dois aviões suecos chegam a Portugal no domingo
Foto: António Pedro Santos - Lusa