Portugal tem a menor taxa de fertilidade da União Europeia

por RTP
Athit Perawongmetha - Reuters

Portugal é o país da União Europeia com a taxa de fertilidade mais baixa e ainda aquele onde se regista o menor número de nascimentos nos anos entre 2001 e 2015.

Nos últimos 15 anos o número de crianças nascidas em Portugal desceu de 112.774 para 85.500, segundo os dados divulgados pelo Eurostat esta quarta-feira.

Com uma queda de 24,2 por cento, Portugal é assim o país da União Europeia (UE) com a maior quebra na natalidade entre 2001 e 2015.

Mas este cenário não se verifica apenas em Portugal. Na Holanda (-15,8 por cento), na Dinamarca (-11,1 por cento), na Roménia (-10,4 por cento) e na Grécia (-10,2 por cento) o número de nascimentos também diminuiu.

Já a Suécia, ocupa o primeiro lugar da tabela, foi o país com a maior subida da taxa de natalidade e registou mais de 114 mil nascimentos em 2015 face aos 90 mil de 2001. A República Checa e a Eslovénia também acompanham o ritmo de subida do número de nascimentos durante estes anos.

O facto é que em 2015 nasceram nos países da União Europeia cerca de cinco milhões de crianças, mais 40 mil nascimentos que em 2001. Esta subida representa assim um crescimento de 0,8 por cento.
FertilidadeOs resultados agora divulgados pelo gabinete de estatística da Comissão Europeia revelam ainda que a taxa de fertilidade em Portugal é também a mais baixa entre todos os países da UE, persistindo uma situação que já ocorria em 2014.


Em 2015, cada mulher portuguesa em idade fértil tinha em média 1,31 filhos, bem abaixo da média da União Europeia (1,58) - uma descida relativamente a 2001, em que a taxa de fertilidade em Portugal era de 1,45, em linha com a média da UE (1,46).

De acordo com o Eurostat, uma taxa de fertilidade de cerca de 2,1 filhos por mulher é considerada como aquela que corresponde ao nível de renovação da população nos países desenvolvidos, sem ter em conta movimentos migratórios.

Há dois anos atrás, a idade média das mulheres aquando do primeiro filho em Portugal era de quase 29,5. Já em Itália (30,8 anos), Espanha (30,7), Luxemburgo e Grécia (30,2) as mulheres têm o primeiro filho mais tarde.
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