João Rendeiro está esta quinta-feira de regresso a tribunal na África do Sul. A defesa e o ministério público sul-africano mantiveram um encontro antes de o ex-banqueiro ser novamente presente ao juiz.
Processo de extradição. João Rendeiro regressa a tribunal
A extradição requerida por Portugal ainda não vai estar em discussão hoje, mas sim outros detalhes pré-julgamento, numa sessão sem hora marcada que não deverá ser longa, disse à Lusa fonte do National Prosecuting Authority (NPA, ministério público sul-africano).
Na última sessão, na passada sexta-feira, foi entrgue ao tribunal uma caixa com o processo de extradição enviado por Portugal, contendo dois documentos - um em português e outro em inglês.Contudo, a sessão foi adiada para esta quinta-feira porque a fita que selava os documentos em português estava partida.
A quebra do selo na versão em português do pedido de extradição pode levar a um impasse no processo. O Ministério Público sul-africano está a avaliar se a cópia portuguesa pode ser considerada válida, ou se tem de voltar a ser enviada. Decisão que pode ainda ser contestada esta quinta-feira, em tribunal, pela defesa de Rendeiro.
Esta não é a primeira vez que estes documentos criam complicações ao processo.
A falta de tradutores na Procuradoria tornou complicada a tradução das milhares de páginas do processo. Ainda assim, foi possível fazer chegar toda a documentação à África do Sul antes da data limite.
A advogada de João Rendeiro denunciou à ONU as condições a que o ex-banqueiro está sujeito na prisão na África do Sul. No documento a que a RTP teve acesso, a defesa considerou a situação uma bomba-relógio e disse que o antigo presidente do BPP foi alvo de tentativas de extorsão.