Segurança atingido a tiro no Porto permanece em estado grave após cirurgia

O homem baleado na manhã de domingo à porta do Café Bela Cruz, na zona da Foz, foi submetido a uma intervenção de neurocirurgia no Hospital de Santo António e continua com prognóstico reservado.

Carlos Santos Neves, RTP /
O tiroteio teve lugar à porta do Café Bela Cruz, na zona da rotunda do Castelo do Queijo RTP

O homem, de 34 anos, trabalhava como segurança privado na discoteca Café Bela Cruz. Entre as 6h00 e as 7h00 da manhã deste domingo foi baleado por um cliente, depois de uma discussão entre ambos que terá começado no interior daquele espaço de diversão nocturna. Já no exterior das instalações, a vítima foi atingida por vários disparos. O tiro mais grave atingiu o segurança na cabeça.

O autor dos disparos pôs-se em fuga e está agora a ser procurado pelas autoridades.

Contactada pela RTP, a gerência do Café Bela Cruz apresentou uma versão diferente dos factos, afirmando que o segurança foi baleado quando tentava separar dois clientes envolvidos num desacato no exterior da discoteca.

A Polícia Judiciária já esteve no local para recolher elementos de prova, tendo analisado um casaco com vestígios de sangue que se encontrava no passeio frente à discoteca.

Em directo para o Jornal da Tarde, ao início da tarde, o chefe do Serviço de Urgência do Hospital de Santo António, Jorge Dores, confirmava que o segurança foi operado “devido a um hematoma provocado por um projéctil” na região posterior do cérebro.

“A cirurgia, da área de neurocirurgia, correu bem. Está a terminar neste momento. O doente está estável hemodinamicamente. Irá para o recobro e dentro de poucas horas para os cuidados intensivos”, adiantava o responsável.

Os médicos mantêm, por ora, um prognóstico reservado.

Presidente da Associação de Bares e Discotecas quer “caça às armas”

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Associação de Bares e Discotecas do Porto, António Fonseca, voltou a exortar as autoridades a empreenderem uma “caça às armas” no Porto.

“Isto só prova que não se está a fazer uma caça às armas. Qualquer indivíduo anda armado”, disse António Fonseca.

“Eles não escolhem locais. Já nem se trata só de zonas problemáticas”, frisou.

António Fonseca confirmou, ainda, que a zona do Castelo do Queijo, palco do tiroteio deste domingo, não está abrangida pelo projecto de instalação de câmaras de vídeovigilância nas imediações de espaços de diversão nocturna.
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