"Segurança não é de esquerda, nem de direita". PM "perplexo" com críticas da oposição
O primeiro-ministro Luís Montenegro veio considerar "absolutamente impróprio" que se possa considerar ações de segurança preventivas como expressão de "governo extremista", classificando essas críticas de retórica política. "Segurança não é de esquerda, nem de direita", garante Montenegro, acrescentando que não há nenhuma ação dirigida a uma comunidade específica, nem haverá uma instrumentalização das forças de segurança.
Montenegro garante que Portugal "precisa de imigrantes" e que regular a sua entrada no país é garantir a sua dignidade ou acesso a uma profissão ou à integração
O chefe do Governo assegurou que o executivo vai estar sempre “ao lado” das forças de segurança, garantindo que não haverá instrumentalização das forças de segurança por parte do governo, acresentando que nem as forças o deixariam.
Repetiu que Portugal “é um dos países mais seguros do mundo”, mas avisou que não basta dizê-lo para continuar a manter essa posição, dizendo que houve países que há uns anos tinham a mesma situação que Portugal tem agora e que agora enfrentam questões de criminalidade.
“Do ponto de vista do Governo, a segurança não é de esquerda nem de direta, é um bem da sociedade que convém preservar, é uma condição de base. Quem tem uma visão diferente desta está num dos dois extremos: no extremo demasiado securitário ou no outro quase lírico, onde se pensa que podíamos quase prescindir de forças de segurança”, afirmou.
"Eu devo confessar que me encontro atónito, muito perplexo com as reações que têm aparecido na discussão pública a propósito do esforço do Estado em garantir a tranquilidade das pessoas, em garantir uma prevenção de condutas criminais, em garantir uma plena integração dos nossos imigrantes", afirmou.
Considerou "injusto e incorreto" acusar o Governo de levar a cabo ações policiais dirigidas contra imigrantes.
"Não há razão nenhuma para atirar essa pedra para cima do debate. É incorreto, é impróprio, é indesejável. Não corresponde aos princípios de humanismo, de dignificação da pessoa, que os sucessivos governos em Portugal e também o atual têm demonstrado a propósito nomeadamente do acolhimento de imigrantes", defendeu, reiterando que o país precisa de imigrantes.