Sete distritos em alerta vermelho nos próximos dias

por RTP
O incêndio de Monchique consumiu mais de 27 mil hectares de floresta no início do mês Pedro Nunes - Reuters

Num briefing realizado esta sexta-feira pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o adjunto nacional de operações Alexandre Penha alertou para o risco elevado e muito elevado de incêndio a norte e no interior do país, na sequência da previsão de agravamento das condições meteorológicas durante o fim de semana. Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu são os distritos em alerta vermelho até à próxima segunda-feira.

Alexandre Penha, adjunto nacional de operações, deu conta esta sexta-feira do risco elevado e muito elevado de incêndio para Portugal Continental nos próximos dias, dado o agravamento das condições meteorológicas para este fim de semana.

O aumento da temperatura e a baixa humidade relativa e uma fraca recuperação noturna levaram a Proteção Civil a aumentar o nível de alerta que já estava previsto para esta sexta-feira.

O alerta vermelho regista-se sobretudo na região acima do Douro, entre as 0h00 de sábado e o final do dia de segunda-feira. Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu são os distritos visados por este nível especial de alerta. O nível de alerta no resto do país também se agravou para laranja.

O adjunto nacional adverte contra os comportamentos de risco que podem originar incêndios, incluindo a utilização de fogo junto de zonas florestais ou em locais com combustível disponível.

Alexandre Penha refere ainda que, em termos de medidas de prevenção para os próximos dias, tem sido feito um reforço a nível dos distritos dos comandos distritais de operações de socorro, de forma a promover a cooperação destes com o sistema nacional de Proteção Civil.

Existe também um “incremento de pré-posicionamento dos corpos de bombeiros dentro dos distritos” e a GNR estará em alerta especial durante os próximos dias.

“Estamos a fazer todos os esforços para conseguir apoiar distritos em que as capacidades de resposta são inferiores”, refere Alexandre Penha.

O adjunto nacional refere ainda que este período do ano é propício a várias festas e romarias, sobretudo no norte do país, e recorda que, perante este alerta, a proibição abrange todo o tipo de fogo-de-artifício.
Declaração de Situação de Alerta
Também esta sexta-feira o Governo determinou uma Declaração de Situação de Alerta entre os dias 18 e 22 de agosto, de forma a fazer face "às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio florestal".

Em nota enviada à comunicação social, o Ministério da Administração Interna refere a elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, bem como de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial, e ainda a mobilização em permanência das equipas de Sapadores Florestais.

O Executivo reforça também a "proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefatos pirotécnicos", bem como a proibição do "acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais".

Na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil tinha emitido um aviso de risco máximo de incêndio florestal em vários concelhos do Minho, Douro Litoral, interior norte e centro e norte alentejano devido à subida de temperaturas esperada para os próximos dias.
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