País
SIM defende deslocação de médicos entre hospitais, FNAM não concorda
Para mitigar o problema das escalas incompletas nas urgências, o Sindicato Independente dos Médicos defende a criação de um programa que permita a deslocação de médicos entre hospitais.
Foto: Unsplash
Este programa de mobilidade voluntária seria "de curto prazo" para "dar suporte a alguns serviços", cedendo profissionais entre um a três meses e sugerindo incentivos financeiros e mais dias de férias.
"Claramente a norte temos um número bastante grande de maternidades que em nenhum dia do ano fecham, portanto estes serviços têm claramente a capacidade para dar resposta aos seus utentes", assinala Nuno Rodrigues, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, apontando que podem ajudar as unidades de saúde no sul no país.
Para o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, as áreas de obstetrícia/ginecologia e pediatria são as prioridades, estas que têm sido as especialidades com mais fechos de urgências nos últimos meses.
A Federação Nacional dos Médicos não acredita na viabilidade deste tipo de medida, com a presidente Joana Bordalo e Sá a referir que há uma falta generalizada de médicos.
"Essa é uma solução extremamente dificil quando os próprios médicos nas suas unidades já não chegam para preencher as escalas", argumenta, sublinhando também que muitos médicos já atingiram as 150 horas extraordinárias e que as escalas são completadas com internos e tarefeiros.
Ouvido também pela Antena 1, o bastonário da Ordem dos Médicos diz que este programa de mobilidade não vem resolver o problema do SNS, a falta de médicos.
Carlos Cortes diz que o principal objetivo deve ser tornar o SNS mais atrativo para os profissionais de saúde.