A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai realizar esta quarta-feira uma ação de sensibilização na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, para pedir aos futuros polícias para que não abandonem a formação de agentes.
Sindicato da PSP sensibiliza futuros polícias
Antes desta ação de sensibilização à porta da escola, os dirigentes da ASPP vão estar no interior do estabelecimento de ensino policial em contacto com os polícias que ali trabalham.
Segundo a ASSP, o curso de agentes na Escola Prática da Polícia começou em dezembro com 648 formandos, mas atualmente é frequentado por 576, depois de ter sido aberto concurso para 1.020 vagas.
“Não há atratividade, não há candidatos e mesmo na escola de formação abandonam o curso. Isto porque os ordenados são baixos, a mobilidade é difícil, as condições de trabalho são exigentes e pouco dignas, perspetiva de carreira inexistente, os mais antigos impedidos de sair para a pré-aposentação”, disse à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos, sublinhando que “o efetivo está envelhecido, cansado, desmotivado”.
Paulo Santos manifestou-se também preocupado com “o número elevado de profissionais que em 2023 e 2024 vão atingir o limite de idade” para estar no ativo e com a falta de candidatos para rejuvenescer a PSP, pelo que “algo penoso para os polícias, serviço e cidadãos” pode acontecer no futuro.
De acordo com a ASPP, atualmente há um mecanismo legal no Orçamento do Estado que impede a saída dos polícias para a pré-aposentação entre os 55 e os 60 anos, mas a situação vai agravar-se este ano e em 2024, uma vez que existe um número elevado de polícias que vai atingir o limite de idade, os 60 anos.