Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia destaca evolução positiva

O coordenador nacional do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), Pedro Gomes, afirma que os dados do relatório síntese da atividade cirúrgica programada mostram uma evolução positiva. Em média, cada utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve que esperar três meses por uma cirurgia em 2012, contra sete meses no ano anterior.

Sandra Henriques /

Foto: Peter Kollanyi/EPA

“Encaro os recentes números como uma evolução positiva em relação à atividade cirúrgica. Apesar de algumas dificuldades que têm existido na cobertura nacional, o SNS tem conseguido dar resposta em termos de acesso, continuando a aumentar o número de utentes que assiste, e continuando a diminuir para valores históricos a mediana do tempo de espera, que é o nosso indicador de referência para cirurgia, que atingiu pela primeira vez os três meses”, refere Pedro Gomes à Antena1.

Em declarações ao jornalista Frederico Moreno, o responsável pelo SIGIC considera que “a diminuição do tempo de espera é uma consequência direta do aumento do número de cirurgias”.

Pedro Gomes salienta que “uma maior procura” tem tido resposta por parte dos hospitais, que se preocupam em “não deixar para trás doentes, ou seja, terem um maior respeito pela antiguidade da lista e prosseguirem o tratamento sem se atrasar com doentes que vão ficando muito tempo à espera”.

Outra resposta a essa maior procura tem sido dada pelo aumento da atividade global. “Foram introduzidos nos últimos anos alguns novos parceiros para completar as necessidades cirúrgicas do SNS, entidades como Misericórdias na região do Porto e parcerias público-privadas como o Hospital de Braga e o Hospital de Loures”, explica.

Os números do relatório síntese da atividade cirúrgica programada, que apresenta a informação revista e corrige os dados provisórios, revelam que em 2012 foram alvo de intervenção cirúrgica 534.415 inscritos para cirurgia, mais 6,1 por cento do que em 2011.

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