Situação nos hospitais agravou-se depois do Natal

por RTP
RTP

A situação nos hospitais da região de Lisboa agravou-se depois do Natal com uma grande afluência e muitas horas de espera. No Hospital Amadora Sintra, foram ontem batidos os recordes no número de atendimentos. Em causa está, sobretudo, o aumento dos casos de gripe A. Esta quarta-feira é mais um dia de constrangimentos nas urgências por todo o país.

Em Chaves há problemas nas urgências de pediatria e ortopedia. Em Braga há condicionamentos nas urgências de obstetrícia e ginecologia e cirurgia geral. Também nas Caldas da Rainha há dificuldade de resposta nas urgências de Obstetrícia.

Estes são apenas alguns casos. A situação deve melhorar em janeiro quando os médicos voltarem a fazer horas extraordinárias.

Além destes constrangimentos, um aumento das doenças respiratórias tem feito disparar a afluência às urgências.

No Hospital de Santa Maria, os doentes urgentes têm de aguardar em média mais de 8 horas até serem atendidos. Os menos urgentes esperam em média 18 horas.

Nestes dias, há médicos que estão a gozar a tolerância de ponto e férias.

No Hospital Amadora Sintra, foram ontem batidos os recordes no número de atendimentos. Na manhã desta quarta-feira, os doentes com pulseira amarela tinham de esperar quase 18 horas para serem atendidos.


Os diretores clínicos dizem que o aumento dos casos de gripe está a provocar uma elevada procura nos hospitais.

O tempo médio de espera nos hospitais ultrapassa em muito o que é normal. Nelson Pereira, diretor do serviço de urgência do S. João, sublinha que a procura pelos hospitais aumenta sempre a seguir ao Natal.

O diretor do serviço de urgência do hospital de Santa Maria, João Gouveia, diz que o hospital ainda tem capacidade mas o tempo de espera vai ser superior ao que seria aceitável.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).

Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
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