Soldado português morre num acidente no Afeganistão

por RTP
Imagem de arquivo de um militar português em movimento do Afeganistão RTP

Um soldado português morreu esta madrugada no Afeganistão, vítima de um acidente de viação, a Sul de Cabul, indicou o Ministério da Defesa Nacional.

O soldado-paraquedista Sérgio Miguel Vidal Oliveira Pedrosa perdeu a vida num acidente de viação, que ocorreu durante a deslocação de uma coluna de viaturas militares da Força Nacional Destacada, a Sul de Cabul.

O militar foi vitima do capotamento da viatura em que viajava, durante uma patrulha nocturna nos arredores de Cabul, cerca das 3:00 no Afeganistão (22:30 de sexta-feira em Lisboa). Segundo descrição recolhida pela Lusa junto de fontes militares, o paraquedista Sérgio Pedrosa estava na vigia do blindado Humvee quando a viatura "foi à berma e capotou".

O Ministério da Defesa Nacional indicou que não se verificaram feridos entre os militares portugueses. Ainda segundo o ministério, decorrem agora os procedimentos para a trasladação do corpo do militar para Portugal.

Quarto incidente com o contingente português no Afeganistão

A morte do soldado-paraquedista nos arredores de Cabul é o quarto incidente com o contingente português no Afeganistão, desde 2005, e dos quais resultaram mais uma vítima mortal e quatro feridos.

O primeiro problema com os militares portugueses destacados no Afeganistão ocorreu a 18 de Novembro de 2005, quando durante uma patrulha nos arredores de Cabul um militar morreu e outro ficou gravemente ferido na explosão de uma bomba que atingiu a viatura em que seguiam.

A 25 de Maio de 2007, um militar luso ficou ligeiramente ferido durante uma emboscada, perto de Kandahar, quando estava integrado numa patrulha a pé. Um mês depois, também em Kandahar - importante bastião dos taliban -, dois militares voltam a sofrer ferimentos ligeiros.

Portugueses de regresso dentro de um ano

Portugal mantém no Afeganistão 162 militares portugueses às ordens da força internacional da NATO, que comanda naquele país a maior operação em seis décadas de existência da organização.

No mês passado, o Governo anunciou uma redução drástica da presença portuguesa no Afeganistão, que conta naquele país mais de dois anos de missão. Já a partir de Agosto do próximo ano, regressam a Portugal os cerca de 160 militares, permanecendo apenas um avião C-130 e 15 militares que formam uma equipa para dar formação ao exército afegão. Até ao final do ano, manter-se-ão no país tropas paraquedistas e de apoio de serviços e uma equipa de controlo aéreo táctico da Força Aérea.
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