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UGT/Viseu exige medidas eficazes para devolver segurança às pessoas

por Lusa

Viseu, 20 out (lusa) -- A UGT de Viseu exigiu hoje que os "responsáveis políticos" adotem medidas "enérgicas e eficazes" para devolver a segurança às pessoas e bens em situações dramáticas.

Numa nota enviada hoje à agência Lusa, o secretariado da União Geral de Trabalhadores (UGT) de Viseu exige que sejam tomadas "medidas enérgicas e eficazes que, de uma vez por todas, devolvam a segurança às pessoas" em "situações dramáticas", como os incêndios.

A organização sindical manifesta, simultaneamente, a sua "total solidariedade para com todas as populações atingidas pelo flagelo dos incêndios que dizimaram o Centro e Norte do país e muito particularmente a região de Viseu".

A UGT lamenta "profundamente" o "elevado número de mortes", a cujas famílias endereça "um enorme abraço solidário e fraterno", afirma a mesma nota, divulgada depois de o Secretariado da estrutura sindical em Viseu se ter reunido para analisar "a situação dramática dos incêndios no Centro e Norte do País, mas muito especialmente os que afetaram" este distrito.

De acordo com os dados tornados públicos, na quinta-feira, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), os incêndios florestais que deflagraram no domingo provocaram a morte de 43 pessoas, 18 das quais no distrito de Viseu -- oito em Vouzela, cinco em Santa Comba Dão, duas em Tondela, e três em Nelas, Carregal do Sal e Oliveira de Frades (uma em cada concelho).

A UGT espera, por outro lado, apoios que "minimizem" a situação dos trabalhadores afetados pelos fogos, que também provocaram a destruição de "centenas postos de trabalho".

Além das vítimas mortais, as centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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