País
Venda de imóveis dos CTT investigada pela PJ
A Polícia Judiciária lançou esta quarta-feira uma operação de busca a várias empresas no âmbito de uma investigação sobre a venda de imóveis dos CTT realizadas em 2003. Os Correios afirmam estar disponíveis para colaborar.
Inspectores da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) da Polícia Judiciária estão a proceder a dezenas de buscas, em Lisboa e em Coimbra, a empresas e residências particulares.
As diligências efectuadas esta quarta-feira estão relacionadas com um processo que teve o seu início há mais de um ano e no qual existem fortes indícios da prática de crimes na área da corrupção e da criminalidade económico-financeira. Fonte policial, contactada pela Agência Lusa, refere crimes como participação económica em negócio e tráfico de influências.
Vendas suspeitas aconteceram em 2003
As vendas dos imóveis sob suspeita terão sido realizadas no ano de 2003, altura em que os CTT terão vendido à TramCrone dois edifícios situados em Lisboa e Coimbra, de acordo com a edição de quarta-feira do Expresso on-line, que avançou em primeira mão a notícia.
Em Coimbra, o edifício que os CTT venderam à Demagre - empresa pertencente ao grupo da TramCrone - terá envolvido a soma de 14 milhões de euros. No mesmo dia foi vendido à Gespatrimónio, do grupo Espírito Santo, por 20 milhões de euros.
Na capital, o imóvel dos CTT foi negociado com a mesma Demagre, acabando depois por ser adquirido pelo grupo “ABN Sousa”.
São estes dois negócios que, de acordo com fonte policial citada pela Lusa, poderão estar na base do crime de participação económica em negócio.
Em Julho de 2006 o "Público" noticiava nas suas páginas, com base no relatório preliminar da Inspecção-Geral de Obras Públicas, a existência de suspeitas de práticas criminais em actos de gestão da anterior administração dos CTT - Correios de Portugal.
Em causa estavam o presidente do anterior Conselho de Administração dos CTT, Carlos Horta e Costa, bem como o então administrador Manuel Batista.
Horta e Costa garante legalidade do processo
O ex-presidente dos CTT afirmou entretanto à Lusa "desconhecer o processo e garantiu que a sua casa "não foi alvo de buscas". Horta e Costa garante que a vendas foram feitas dentro da "legalidade". E explica que o que foi vendido pelos CTT em Coimbra é diferente do que foi alienado depois.
De acordo com o ex-presidente dos CTT, a empresa vendeu um imóvel quase devoluto que depois foi vendido com a garantia de que o prédio seria remodelado e com um centro de esritórios.
CTT mostram disponibilidade para colaborar com a PJ
Em reacção à notícia hoje avançada, os CTT informaram que "até ao momento" não têm "conhecimento de que as nossas instalações tenham sido visitadas pela PJ" e que estão "disponíveis para colaborar e prestar esclarecimentos".
Bastonário dos Advogados mencionou negócio na RTP
O bastonário da Ordem dos Advogados deu recentemente uma entrevista ao programa “Grande Entrevista”, da RTP, no qual, comentando o tema da corrupção, deu como exemplo de suspeitas sobre negócios entre o Estado e entidades privadas o destes dois imóveis agora sob investigação.
O bastonário comentou o alegado caso do imóvel comprado e vendido no mesmo dia com uma alta margem de lucro para quem o revendeu.
Essa situação, disse, teria obrigatoriamente de levantar suspeitas no cidadão comum.
Na altura não referiu os nomes das empresas nem a localização dos imóveis, afirmando que competiria às autoridades e ao Ministério Público investigar. Mas afirmou que referia apenas casos que eram públicos e que já tinham sido publicados na comunicação social.
As diligências efectuadas esta quarta-feira estão relacionadas com um processo que teve o seu início há mais de um ano e no qual existem fortes indícios da prática de crimes na área da corrupção e da criminalidade económico-financeira. Fonte policial, contactada pela Agência Lusa, refere crimes como participação económica em negócio e tráfico de influências.
Vendas suspeitas aconteceram em 2003
As vendas dos imóveis sob suspeita terão sido realizadas no ano de 2003, altura em que os CTT terão vendido à TramCrone dois edifícios situados em Lisboa e Coimbra, de acordo com a edição de quarta-feira do Expresso on-line, que avançou em primeira mão a notícia.
Em Coimbra, o edifício que os CTT venderam à Demagre - empresa pertencente ao grupo da TramCrone - terá envolvido a soma de 14 milhões de euros. No mesmo dia foi vendido à Gespatrimónio, do grupo Espírito Santo, por 20 milhões de euros.
Na capital, o imóvel dos CTT foi negociado com a mesma Demagre, acabando depois por ser adquirido pelo grupo “ABN Sousa”.
São estes dois negócios que, de acordo com fonte policial citada pela Lusa, poderão estar na base do crime de participação económica em negócio.
Em Julho de 2006 o "Público" noticiava nas suas páginas, com base no relatório preliminar da Inspecção-Geral de Obras Públicas, a existência de suspeitas de práticas criminais em actos de gestão da anterior administração dos CTT - Correios de Portugal.
Em causa estavam o presidente do anterior Conselho de Administração dos CTT, Carlos Horta e Costa, bem como o então administrador Manuel Batista.
Horta e Costa garante legalidade do processo
O ex-presidente dos CTT afirmou entretanto à Lusa "desconhecer o processo e garantiu que a sua casa "não foi alvo de buscas". Horta e Costa garante que a vendas foram feitas dentro da "legalidade". E explica que o que foi vendido pelos CTT em Coimbra é diferente do que foi alienado depois.
De acordo com o ex-presidente dos CTT, a empresa vendeu um imóvel quase devoluto que depois foi vendido com a garantia de que o prédio seria remodelado e com um centro de esritórios.
CTT mostram disponibilidade para colaborar com a PJ
Em reacção à notícia hoje avançada, os CTT informaram que "até ao momento" não têm "conhecimento de que as nossas instalações tenham sido visitadas pela PJ" e que estão "disponíveis para colaborar e prestar esclarecimentos".
Bastonário dos Advogados mencionou negócio na RTP
O bastonário da Ordem dos Advogados deu recentemente uma entrevista ao programa “Grande Entrevista”, da RTP, no qual, comentando o tema da corrupção, deu como exemplo de suspeitas sobre negócios entre o Estado e entidades privadas o destes dois imóveis agora sob investigação.
O bastonário comentou o alegado caso do imóvel comprado e vendido no mesmo dia com uma alta margem de lucro para quem o revendeu.
Essa situação, disse, teria obrigatoriamente de levantar suspeitas no cidadão comum.
Na altura não referiu os nomes das empresas nem a localização dos imóveis, afirmando que competiria às autoridades e ao Ministério Público investigar. Mas afirmou que referia apenas casos que eram públicos e que já tinham sido publicados na comunicação social.