Ao fim de quatro votações, José Pedro Aguiar-Branco foi eleito presidente da Assembleia da República, com 160 votos a favor. A eleição de Aguiar-Branco foi possível após um entendimento entre o PS e o PSD para uma Presidência dividida.
Ao fim de quatro votações, José Pedro Aguiar-Branco foi eleito presidente da Assembleia da República, com 160 votos a favor. A eleição de Aguiar-Branco foi possível após um entendimento entre o PS e o PSD para uma Presidência dividida.
Filipe Amorim - Lusa
Foto: Filipe Amorim - Lusa
Acabado de ser eleito novo presidente da Assembleia da República (PAR) com 160 votos favoráveis, José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro e deputado do PSD, falou com a RTP para deixar a promessa de trabalhar agora para que os deputados dignifiquem a instituição Assembleia da República e a democracia saia fortalecida.
José Pedro Aguiar-Branco é o novo presidente da Assembleia da República, eleito esta quarta-feira com 160 votos a favor. No primeiro discurso no Parlamento considerou que todos os parlamentares foram eleitos pelos portugueses para estar na "casa da democracia" e têm de "estar à altura dessa expectativa".
A porta-voz do PAN recorda que os deputados eleitos nas eleições legislativas de 10 de março, "estão desde ontem" num "ato democrático, e isso é muito importante".
Em reação ao acordo do PS e do PSD para a Presidência da Assembleia da República, Rui Rocha acusou o Chega de ter promovido uma situação de bloqueio e de se comportar "de uma forma absolutamente infantil". O líder do Iniciativa Liberal apontou ainda as culpas a André Ventura pela possibilidade de haver um presidente socialista na AR, a partir de 2026.
Foto: Tiago Petinga - Lusa
A possível solução para o impasse, um entendimento entre PS e PSD para dividir a liderança do Parlamento, é conhecida depois do encontro da manhã desta quarta-feira entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.
Foto: Tiago Petinga - Lusa
Conhecido o entendimento entre PS e PSD, esta quarta-feira, para uma presidência dividida da Assembleia da República, o líder do Chega acercou-se dos jornalistas para garantir que o seu partido vai assumir o papel de líder da oposição, de ora em diante.
Pedro Pinto afirma que não se pode "humilhar o milhão e duzentas mil pessoas que votaram no Chega". E aconselha Luís Montenegro a sair do gabinete e a decidir com quem faz acordos.
Foto: Tiago Petinga - Lusa
O líder social-democrata, Luís Montenegro, solicitou um encontro com o líder socialista, Pedro Nuno Santos, para tentar alcançar um acordo que permita desbloquear o processo de eleição do presidente da Assembleia da República.
"Hoje houve quem neste Parlamento desse um triste sinal ao país", disse Nuno Melo. "Alguns partidos entretêm-se com o que sinceramente não acho normal", acrescentou, criticando esta "novela" e este "número de circo" parlamentar.
"É fundamental que dentro do espectro democrático da assembleia da República se encontrem soluções e foi por isso que o PAN votou o nome de Francisco de assis favoravelmente", considerou a porta-voz do PAN. Inês de Sousa Real pede ao PSD que apoie um nome que não obrigue a acordos com o Chega que representem um retrocesso civilizacional num ano em que se assinala o meio século do 25 de Abril.
A deputada comunista Paula Santos lamenta por isso o processo que levou esta terça-feira à incapacidade de eleger um novo presidente da Assembleia da República. "O que é prioritário para o país e para os portugueses é que a Assembleia da República possa funcionar em normalidade".
O porta-voz do Livre considera que este tipo de situações é previsível face à política de alianças que resultou na existência de três blocos na Assembleia da República. "Não se passam cheques em branco nem a Aguiar-Branco", respondeu Rui Tavares quando quiestionado se estaria disponível a deixar passar esta candidatura.
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, reiterou que o PS não foi contactado para um acordo para o presidente da mesa da Assembleia da República e insiste que Francisco Assis ganhou a votação.
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Joaquim Moreira Sarmento diz que o PSD (a AD) "está disponível para dialogar com todos e que o impasse seja resolvido". O deputado social-democrata explicou que "o PSD comunicou aos três partidos mais votados apresentar a votação José Pedro Aguiar-Branco como candidato e votar favoravelmente os quatro vice-presidentes".
O líder da Iniciativa lamenta a realidade ao fim desta terça-feira de um "Parlamento refém de um irresponsável chamado André Ventura". "As pessoas aguardam soluções para a saúde, educação, impostos, para o futuro dos seus filhos, e assistem a este tristíssimo espectáculo de um país refém da birra" de uma criança de quarenta e tal anos.