Eleito vice-presidente. Diogo Pacheco de Amorim diz que foi "reposta a normalidade"
Diogo Pacheco de Amorim ressalvou que o Chega é “contra o sistema, mas não contra o regime”. “Não vamos confundir sistema com regime. O sistema colocou o regime de forma que nos parece abusiva”, declarou.
O deputado do Chega diz subscrever “a 100%” as palavras do novo presidente da Assembleia e afirma que a sua atuação no Parlamento “será pautada pelas palavras” de Aguiar-Branco.
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“O que me faz confusão é perceber que há quem se diga de direita mas depois esteja disposto a arriscar a eleição do seu próprio vice-presidente só para garantir que o presidente não vai lá ficar quatro anos”, disse o líder do CDS aos jornalistas.
“Nós somos coerentes e institucionalistas. Dissemos que votávamos a favor e assim o fizemos”, asseverou.
Quatro vice-presidentes da AR eleitos
Teresa Morais, deputada eleita por Setúbal e indicada pelo PSD, teve 140 votos a favor, 86 votos brancos, e um voto nulo.
Marcos Perestrello, ex-presidente da Comissão de Defesa, eleito pelo círculo de Lisboa na lista do PS, contou com 169 votos a favor, 57 brancos e um nulo.
Depois de ter falhado a eleição na legislatura passada, Diogo Pacheco de Amorim (CHEGA) foi eleito, esta quarta-feira, com 129 votos a favor, 97 brancos e um nulo.
O antigo líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva, obteve 144 votos a favor, 82 brancos e um nulo.
Pedro Nuno Santos diz que AD mostrou não ter "capacidade de iniciativa nem de liderança"
“Não foi apresentada pelo líder da AD nenhuma solução para o impasse, fomos nós que apresentamos”, disse o líder do PS, que acrescentou que a AD “mostrou que não tem uma solução parlamentar estável nem uma solução de governo estável”.
“Neste processo revelou também que não tem a capacidade de iniciativa e de liderança para resolver impasses como aquele que acabamos por sofrer aqui nas últimas 24 horas”, acrescentou.
Luís Montenegro teceu também duras críticas a André Ventura, que diz que passou as últimas semanas “a mendigar um lugar no Governo”.
“O líder do Chega não está verdadeiramente interessado em confrontar o sistema, mas sim em ser parte do sistema”, disse Pedro Nuno Santos.
“Era importante que ninguém se confundisse sobre a atitude com que se apresenta ao país”, salientou.
Aguiar-Branco: "Em nenhum momento pensei em desistir"
“Não me sinto desprotegido por aquilo que foi o comportamento e a metodologia que foi seguida pelo meu partido”, declarou.
“A democracia está a funcionar e estou satisfeito”, declarou Aguiar-Branco, acrescentando que antevê um "mandato desafiante".
Aguarda-se eleição dos vice-presidentes
Assembleia da República. Aguiar-Branco recorda como a democracia "é de uma magnífica fragilidade"
Já assumindo as funções, o presidente eleito do Parlamento anunciou que vai "desafiar todos os grupos parlamentares a repensar o regimento, nomeadamente, o que diz respeito às regras de eleição desta mesa, para que o que aconteceu ontem (...) não se volte a repetir".
"Assumo hoje um novo compromisso: o de presidente da Assembleia da República. Um compromisso de elevada responsabilidade, em que a primeira das competências é representar esta Assembleia", declarou então. "Não deixarei em algum momento de o fazer".
O voto de cada português, continuou, "deve merecer igual respeito por parte de todos os cidadãos, mais ainda, por parte dos que como nós exercem funções políticas de representação dos portugueses".
Aguiar-Branco admitiu que acredita na "democracia representativa, no seu exercício face às várias expressões da democracia direta ou popular, ou da dita democracia de opinião".
"Compreendo a natureza da função que hoje assumo", disse ainda.
E voltando a referir o impasse que marcou as votações para a mesa da AR, o presidente questionou: "se não somos capazes de nos entender na casa da democracia, que exemplo estamos a dar para fora?".
"Os portugueses elegeram-nos para estarmos aqui durante quatro anos. (...) Temos todos de estar à altura dessa expectativa", advertiu dirigindo-se aos parlamentares.
Citando Miguel Veiga, Aguiar-Branco recordou que a "democracia é de uma magnífica fragilidade".
Aguiar-Branco eleito presidente do Parlamento
Começou a votação para a Presidência da Assembleia da República
Os deputados têm de escolher entre José Pedro Aguiar-Branco, candidato proposto pelo PSD, e Rui Paulo Sousa, candidato proposto pelo Chega.
PAN congratula-se com o "papel da Assembleia da República"
A porta-voz do PAN recorda que os deputados eleitos nas eleições legislativas de 10 de março, "estão desde ontem" num "ato democrático, e isso é muito importante".
"Nesse sentido o PAN louva e saúda aquela que é a solução encontrada pelo PS e PSD, de repartirem o mandato entre Francisco Assis e Aguiar Branco. É uma solução que afasta efetivamente o Chega".
Inês Sousa Real deixou ainda um repto para que o PS e o PSD "inviabilizem também o nome proposto pelo Chega para a vice-presidência. Nós temos de acarinhar na democracia aquilo que as forças políticas democráticas. Não podemos, em tempo algum, vacilar perante as ameaças que existem aos direitos fundamentais".
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Assembleia da República. Livre diz que não passa "cheques em branco"
Acordo PS e PSD. IL aponta responsabilidades à "infantilidade do Chega"
Dirigindo críticas ao Chega, o líder do Iniciativa Liberal disse que os portugueses não percebiam como é que "partidos deviam ser responsáveis tenham o objetivo principal fazer de tudo isto uma chicana política e não estarem concentrados na solução dos seus problemas".
Depois, continuou, "tivemos uma situação em que o Chega se comporta de uma forma absolutamente infantil, não sendo capaz de escolher entre um candidato do espaço não socialista e um candidato socialista".
Nas palavras de Rui Rocha, "a mensagem que o Chega dá ao país é que (...) não vê distinção" entre os candidatos.
"O resultado final desta infantilidade do Chega é que vamos ter, a partir de 2026, um presidente da Assembleia da República do Partido Socialista. É este o resultado da infantilidade", criticou.
"É isto que André Ventura tem para festejar", continuou. "Tínhamos afastado o Partido Socialista do poder, tínhamos afastado o presidente da Assembleia da República Socialista e agora, por intervenção, do Chega cá teremos um presidente da Assembleia da República socialista a partir de 2026".
Montenegro e Pedro Nuno entendem-se para dividir presidência do Parlamento
Ventura reage a entendimento entre PS e PSD: "Chega liderará a oposição"
Foto: Tiago Petinga - Lusa
“Tendo havido um acordo entre PS e PSD, parece que fica evidente que só haverá um partido que fará oposição. Que será o Chega”, sublinhou.
“O PSD escolheu com quem fazer verdadeiramente os seus acordos”, afirmou André Ventura que recorda os acordos entre o Chega e o PSD que não foram executados.
Ventura revelou ainda que tinha marcado um encontro com o líder do PSD para tentar “ultrapassar à direita este impasse. O presidente do PSD optou por não fazer essa reunião comigo, e fazê-la com o líder do Partido Socialista”.
“O Chega esteve disponível para se conversar para se chegar a uma convergência à direita. Acho que ficou claro, e essa é a notícia talvez mais relevante do dia de hoje, que o PSD decidiu fazer uma aliança, mais ou menos informal, com o Partido Socialista”, acusou.
Para o líder do Chega, “este acordo mostra, com toda a probabilidade, que o que vai acontecer nesta legislatura é que PSD e PS de vão entender. E agora fica claro, que também se entenderão para um Orçamento do Estado”.
PS e PSD confirmam acordo para Presidência dividida
O anúncio foi feito pelo líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, numa declaração sem direito a perguntas.
O deputado social-democrata acrescentou ainda que "o PSD mantém sempre a sua palavra" que irá "votar favoravelmente todo o resto da mesa".
Entendimento entre PS e PSD para presidência dividida da AR
Candidato do Chega acusa PSD de não "assumir" acordo
Prazo para entrega de candidaturas à presidência do Parlamento dilatado até às 14h00
Chega aconselha Montenegro a sair do gabinete e a definir com quem faz acordos
Pedro Pinto afirma que não se pode "humilhar o milhão e duzentas mil pessoas que votaram no Chega". E aconselha Luís Montenegro a sair do gabinete e a decidir com quem faz acordos.
E acusa vários líderes da AD de afirmarem que “não houve acordo nenhum” e que “a única coisa que vão fazer é cumprir a Constituição”
Tem de se "repetir o processo até que haja um presidente da Assembleia da República"
Rui Paulo Sousa é o nome que o partido de André Ventura propõe para a presidência da Assembleia da República
Esta é a segunda candidatura do partido, que avançou na terça-feira com a deputada Manuela Tender.
Terminou entretanto a reunião entre os líderes do PSD, Luís Montenegro, e do PS, Pedro Nuno Santos, para tentar desbloquear o impasse da véspera.
O prazo para a entrega de candidaturas esgota-se às 11h30.
Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos reunidos no Parlamento
Foto: Tiago Petinga - Lusa
Raul Vaz acredita que será possível ainda hoje será eleito o novo presidente da Assembleia da República.
O comentador da Antena 1 diz que os portugueses e os políticos vão ter de se habituar a episódios de instabilidade como estes, por causa da força do chega no Parlamento.
Impasse após três votações
Foi já depois das 23h00 de terça-feira que o deputado do PCP António Filipe, a presidir temporariamente ao Parlamento, na primeira sessão plenária da XVI legislatura, anunciou que os trabalhos seriam retomados às 12h00 do dia seguinte. A eleição do presidente da Assembleia da República tem de ocorrer na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções, ou seja, 116.
Até às 11h00 desta quarta-feira podem ser apresentadas candidaturas.
A maratona
A primeira eleição, por voto secreto, teve início pelas 15h00, somente com o deputado social-democrata José Pedro Aguiar-Branco como candidato.
Às 17h00, era anunciado o primeiro fracasso da eleição: o antigo ministro da Defesa obteve 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos. O PSD retiraria a candidatura uma hora mais tarde. Contudo, pelas 19h00, Aguiar-Branco reapresentou-a. Em simultâneo, o PS decidiu avançar com a candidatura de Francisco Assis, ao passo que o Chega de André Ventura avançou com Manuela Tender.
À primeira volta, o socialista venceu por uma margem curta 90 contra 88 de Aguiar-Branco - e a deputada do Chega ficou pelo caminho com 49 votos. À segunda volta - a terceira tentativa de eleição -, houve 90 votos para Francisco Assis e 88 para Aguiar-Branco, sem maioria absoluta.
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Presidência do Parlamento. Brilhante Dias insiste que Francisco Assis ganhou
Foto: José Sena Goulão - Lusa
"Qualquer tentativa de envolver o PS nas negociações e acordos prévios é uma tentativa que não respeita a verdade e aquilo que aconteceu", acrescentou.
Sobre os próximos passos, Brilhante Dias adianta apenas que as bancadas do PS e PSD deram o seu acordo a que as candidaturas possam ser apresentadas até às 11h de quarta-feira.
"Não posso adiantar mais do que isto. Sublinho apenas que Francisco Assis ganhou", concluiu.