Política
Autárquicas 2025
Autárquicas à vista. Campanha chega ao fim com maior parte dos líderes a norte
Cai esta sexta-feira o pano sobre a campanha para as eleições autárquicas. A maior parte das lideranças dos partidos com representação parlamentar definiu o norte do país como derradeira plataforma de apelos aos mais de 9,3 milhões de eleitores que são convocados para as urnas no próximo domingo.
Ao cabo de 11 dias de incessantes deslocações de norte a sul, o primeiro-ministro ruma à sua cidade natal, Espinho. Isto depois de escalas no Mercado do Bolhão, no Porto, em Vila Nova de Gaia e em Aveiro. O comício final está agendado para as 20h00.
Na quinta-feira, dia marcado pela apresentação da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, Luís Montenegro levou o documento para a campanha, em Sintra, sustentando que está em causa “um enorme esforço de justiça social”.
“Hoje demos cumprimento, mais uma vez, ao nosso compromisso de descer os impostos sobre o rendimento do trabalho, sobre o IRS, de toda a gente, mas em particular da classe média”, reivindicou.Nestas autárquicas, o eleitorado vai definir a distribuição de poder em 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e 3.221 assembleias de freguesia. Trinta e sete freguesias decidem em plenários de cidadãos por terem menos de 150 eleitores.
Sintra é precisamente, esta sexta-feira, a primeira escala do líder do PS, que apontará ainda à Gare do Oriente para a assinatura do Compromisso Autárquico dos Candidatos à Área Metropolitana de Lisboa. Mais tarde, a caravana socialista passa, a norte, por Gondomar, Valongo, Vila Nova de Gaia e, finalmente, no Porto.
Também José Luís Carneiro falou do Orçamento na véspera, em Braga, garantido que irá “contribuir para a estabilidade política”, como prescreveu, de resto, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O secretário-geral socialista carregou na ideia de um aumento das pensões mais baixas “de forma duradoura e estrutural”.
“Nós vamos cumprir a nossa palavra, a palavra que nos foi solicitada por parte das cidadãs e dos cidadãos nas eleições há três meses. Nós vamos contribuir para a estabilidade política do nosso país, porque é isso que as pessoas querem, é que sejamos capazes de contribuir para a estabilidade política”, enumerou.
André Ventura culminará a campanha do Chega no Minho – após uma arruada em Braga e uma passagem por Vila Verde, subirá ao púlpito de um comício de fecho no Santoinho, em Viana do Castelo.
O número um do Chega prometeu na quinta-feira confrontar o Governo com o caso dos migrantes marroquinos que saíram da Pousada de Juventude de São Pedro do Sul, onde se encontravam sob a tutela da Segurança Social.
“O Governo tem que perceber quando é demais e tem que fazer alguma coisa para evitar que situações destas se repitam”, afirmou o líder do partido de extrema-direita em Vila Real.
Quanto ao Orçamento do Estado, Ventura disse ser prematuro acenar com o sentido de voto do Chega, capítulo que se encontra ainda “muito longe”.O líder do CDS-PP e ministro da Defesa, Nuno Melo, escolheu os Açores para o último dia da campanha eleitoral. O destino é Velas, em São Jorge.
Mariana Leitão, presidente da Iniciativa Liberal, concluirá a campanha em Matosinhos, isto depois de escalas no Marcado de Guimarães, em Santa Maria da Feira e Aveiro.
A líder dos liberais acusou na última noite o Executivo de impulsionar, de forma repetida e sem justificação, a despesa do Estado no âmbito orçamental – em dez mil milhões de euros anuais.
“A Iniciativa Liberal, que propunha medidas com um impacto fiscal ao nível dos dois mil milhões por ano, é que era radical?”, perguntou durante um discurso de campanha.
“Radical é aumentar brutalmente a despesa todos os anos sem nunca conseguir justificar de onde é que ela vem. Continua-se sem se conseguir resolver redundâncias na despesa pública, sem reduzir atos administrativos inúteis, sem reduzir o papel pelo papel, sem reconsiderar as funções que o Estado deve reduzir e as que deve manter”, reiterou.
À esquerda
O Livre escolheu igualmente o norte do país para encerrar o périplo autárquico, designadamente Gondomar. Os porta-vozes do partido Rui Tavares e Isabel Mendes Lopes, juntam-se, antes, a José Luís Carneiro em Sintra e em Lisboa, onde andarão também ao lado de Inês Sousa Real, dirigente do PAN.
Em matéria de Orçamento do Estado, Rui Tavares estimou, na quinta-feira, que o Executivo de PSD e CDS-PP dá mostras de pretender despolitizar a proposta para o próximo ano, tornando-a menos ambiciosa.
“Acho que Miranda Sarmento está a proceder a uma operação de despolitização do Orçamento, como se o Orçamento pudesse ser uma coisa inteiramente técnica e como se isso fosse uma coisa boa”, reprovou.
Já Inês Sousa Real, a porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza, considerou “lamentável” a decisão, por parte do Governo, de antecipar a entrega da proposta de Orçamento do Estado ao Parlamento: “Achamos lamentável esta antecipação, porque se de alguma forma havia o compromisso e um calendário que já estava estabelecido o Orçamento do Estado não pode servir como arma de propaganda eleitoral”.Concorrem às autárquicas mais de 800 grupos de cidadãos e forças políticas. Estão em jogo 12.860 listas, segundo números provisórios da Comissão Nacional de Eleições.
CDU e Bloco de Esquerda fazem nas próximas horas um trajeto inverso. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, tem por diante uma passagem pela Moita e uma arruada em Lisboa, antes de encerrar a campanha num comício em Évora. A coordenadora bloquista, Mariana Mortágua, vai do Porto à Amadora.
Raimundo considerou expectável, na quinta-feira, que o Chega acabe por viabilizar a proposta de Orçamento do Estado, uma vez que este “dá recursos públicos” a quem financia o partido de Ventura.
“Eu percebo bem porque é que o Chega está perfeitamente de acordo com este Orçamento, porque ele vai dar recursos públicos àqueles que financiam o Chega, os grandes grupos económicos. O que me custa acreditar é como é que o PS se deixa levar por esta conversa”, apontou a partir de Setúbal.
Mariana Mortágua acusou, por sua vez, o Governo de ter desenhado uma proposta de Orçamento eivada de “desigualdade fiscal” e benéfica, “por duas vias”, para a banca.
“A banca vai ser beneficiada neste Orçamento do Estado por duas vias. Vai descer o IRC, que é o imposto que a banca paga sobre os lucros, e vai deixar de pagar o adicional de solidariedade”, afirmou a dirigente do BE em Barcelos, onde associou ainda a escolha do momento da apresentação do documento com a publicação de notícias sobre a Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro.
c/ Lusa
Na quinta-feira, dia marcado pela apresentação da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, Luís Montenegro levou o documento para a campanha, em Sintra, sustentando que está em causa “um enorme esforço de justiça social”.
“Hoje demos cumprimento, mais uma vez, ao nosso compromisso de descer os impostos sobre o rendimento do trabalho, sobre o IRS, de toda a gente, mas em particular da classe média”, reivindicou.Nestas autárquicas, o eleitorado vai definir a distribuição de poder em 308 câmaras municipais, 308 assembleias municipais e 3.221 assembleias de freguesia. Trinta e sete freguesias decidem em plenários de cidadãos por terem menos de 150 eleitores.
Sintra é precisamente, esta sexta-feira, a primeira escala do líder do PS, que apontará ainda à Gare do Oriente para a assinatura do Compromisso Autárquico dos Candidatos à Área Metropolitana de Lisboa. Mais tarde, a caravana socialista passa, a norte, por Gondomar, Valongo, Vila Nova de Gaia e, finalmente, no Porto.
Também José Luís Carneiro falou do Orçamento na véspera, em Braga, garantido que irá “contribuir para a estabilidade política”, como prescreveu, de resto, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O secretário-geral socialista carregou na ideia de um aumento das pensões mais baixas “de forma duradoura e estrutural”.
“Nós vamos cumprir a nossa palavra, a palavra que nos foi solicitada por parte das cidadãs e dos cidadãos nas eleições há três meses. Nós vamos contribuir para a estabilidade política do nosso país, porque é isso que as pessoas querem, é que sejamos capazes de contribuir para a estabilidade política”, enumerou.
André Ventura culminará a campanha do Chega no Minho – após uma arruada em Braga e uma passagem por Vila Verde, subirá ao púlpito de um comício de fecho no Santoinho, em Viana do Castelo.
O número um do Chega prometeu na quinta-feira confrontar o Governo com o caso dos migrantes marroquinos que saíram da Pousada de Juventude de São Pedro do Sul, onde se encontravam sob a tutela da Segurança Social.
“O Governo tem que perceber quando é demais e tem que fazer alguma coisa para evitar que situações destas se repitam”, afirmou o líder do partido de extrema-direita em Vila Real.
Quanto ao Orçamento do Estado, Ventura disse ser prematuro acenar com o sentido de voto do Chega, capítulo que se encontra ainda “muito longe”.O líder do CDS-PP e ministro da Defesa, Nuno Melo, escolheu os Açores para o último dia da campanha eleitoral. O destino é Velas, em São Jorge.
Mariana Leitão, presidente da Iniciativa Liberal, concluirá a campanha em Matosinhos, isto depois de escalas no Marcado de Guimarães, em Santa Maria da Feira e Aveiro.
A líder dos liberais acusou na última noite o Executivo de impulsionar, de forma repetida e sem justificação, a despesa do Estado no âmbito orçamental – em dez mil milhões de euros anuais.
“A Iniciativa Liberal, que propunha medidas com um impacto fiscal ao nível dos dois mil milhões por ano, é que era radical?”, perguntou durante um discurso de campanha.
“Radical é aumentar brutalmente a despesa todos os anos sem nunca conseguir justificar de onde é que ela vem. Continua-se sem se conseguir resolver redundâncias na despesa pública, sem reduzir atos administrativos inúteis, sem reduzir o papel pelo papel, sem reconsiderar as funções que o Estado deve reduzir e as que deve manter”, reiterou.
À esquerda
O Livre escolheu igualmente o norte do país para encerrar o périplo autárquico, designadamente Gondomar. Os porta-vozes do partido Rui Tavares e Isabel Mendes Lopes, juntam-se, antes, a José Luís Carneiro em Sintra e em Lisboa, onde andarão também ao lado de Inês Sousa Real, dirigente do PAN.
Em matéria de Orçamento do Estado, Rui Tavares estimou, na quinta-feira, que o Executivo de PSD e CDS-PP dá mostras de pretender despolitizar a proposta para o próximo ano, tornando-a menos ambiciosa.
“Acho que Miranda Sarmento está a proceder a uma operação de despolitização do Orçamento, como se o Orçamento pudesse ser uma coisa inteiramente técnica e como se isso fosse uma coisa boa”, reprovou.
Já Inês Sousa Real, a porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza, considerou “lamentável” a decisão, por parte do Governo, de antecipar a entrega da proposta de Orçamento do Estado ao Parlamento: “Achamos lamentável esta antecipação, porque se de alguma forma havia o compromisso e um calendário que já estava estabelecido o Orçamento do Estado não pode servir como arma de propaganda eleitoral”.Concorrem às autárquicas mais de 800 grupos de cidadãos e forças políticas. Estão em jogo 12.860 listas, segundo números provisórios da Comissão Nacional de Eleições.
CDU e Bloco de Esquerda fazem nas próximas horas um trajeto inverso. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, tem por diante uma passagem pela Moita e uma arruada em Lisboa, antes de encerrar a campanha num comício em Évora. A coordenadora bloquista, Mariana Mortágua, vai do Porto à Amadora.
Raimundo considerou expectável, na quinta-feira, que o Chega acabe por viabilizar a proposta de Orçamento do Estado, uma vez que este “dá recursos públicos” a quem financia o partido de Ventura.
“Eu percebo bem porque é que o Chega está perfeitamente de acordo com este Orçamento, porque ele vai dar recursos públicos àqueles que financiam o Chega, os grandes grupos económicos. O que me custa acreditar é como é que o PS se deixa levar por esta conversa”, apontou a partir de Setúbal.
Mariana Mortágua acusou, por sua vez, o Governo de ter desenhado uma proposta de Orçamento eivada de “desigualdade fiscal” e benéfica, “por duas vias”, para a banca.
“A banca vai ser beneficiada neste Orçamento do Estado por duas vias. Vai descer o IRC, que é o imposto que a banca paga sobre os lucros, e vai deixar de pagar o adicional de solidariedade”, afirmou a dirigente do BE em Barcelos, onde associou ainda a escolha do momento da apresentação do documento com a publicação de notícias sobre a Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro.
c/ Lusa