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Coligação alarga vantagem sobre o PS na sondagem diária da RTP

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

A coligação PSD/CDS alargou para sete pontos a vantagem sobre os socialistas na estimativa de resultados eleitorais da sondagem diária desta quinta-feira da Universidade Católica para a RTP. Na véspera, PSD e CDS-PP asseguravam 40 por cento das preferências de voto, enquanto o PS tinha 35 por cento. Nesta sétima sondagem é ainda de assinalar o enorme contingente de indecisos - 35 por cento -, que poderiam decidir o resultado eleitoral.

A sondagem desta quinta-feira mantém a tendência dos últimos dias, com as variações a não ultrapassarem a unidade: assim, a coligação PàF cresce um ponto para os 41 por cento; o PS perde um ponto e cai para os 34 por cento; a CDU (PCP-PEV) é a única formação que mantém a intenção de voto com 9 por cento; o Bloco de Esquerda cai um ponto para os 7 por cento.

Já no que respeita aos outros partidos – os mais pequenos e sem expressão parlamentar -, continuam na faixa dos 4 por cento, mas agora abaixo do indicador dos votos brancos ou nulos.



Um dado que não escapa á análise é o elevado número de indecisos, na casa dos 35 por cento (28 por cento não sabem e 7 por cento recusam responder), o que lhes confere o poder de decidir o sentido da eleição.



Trata-se, aliás, de uma tendência que se vem mantendo, apesar de menos vincada do que nas primeiras sondagens da Católica, como refere o relatório deste último estudo: “A percentagem de pessoas que dizem que vão votar mas que não sabem em quem votar ou não querem dizer continua elevada. Contudo, está já 7 pontos percentuais abaixo do que acontecia na primeira divulgação (eram 42 por cento e são agora 35 por cento)”.
Intenção direta

Quanto à medição da intenção direta de voto, a sondagem mostra a aliança entre PSD e CDS-PP a crescer de 28 para 30 por cento e o PS a resvalar dos 18 para os 17 por cento.



Tanto a coligação entre comunistas e Partido Ecologista “Os Verdes” como o Bloco mantêm os valores de quarta-feira, 7 e 5 por cento, respectivamente.

Os outros partidos dobram as intenções de voto para os 2 por cento, quando os votos em branco/nulos continuam a valer 4 por cento.
Conclusões mais claras

Desta vez, o centro de sondagens da Católica pode permitir-se a afirmação de que a “coligação PSD/CDS-PP [está] à frente do PS”, uma vez que, com uma margem de erro de 3 por cento, é lícito afirmar que “os resultados desta sondagem indicam que a Coligação PàF tem hoje mais intenções de voto do que o PS”.

Não deixa, contudo, de sublinhar que “estes resultados não preveem o que vai acontecer nas eleições – apenas retratam o atual posicionamento dos portugueses (que, entretanto, poderá ou não mudar)”.
Sondagens diárias
Esta é a sétima de uma série de sondagens que a RTP divulga até ao final da campanha eleitoral. Estes estudos permitem avaliar dia a dia a evolução das intenções de voto e a tendência dos indecisos.



A amostra é inferior à de um barómetro.

O interesse deste tipo de sondagem (tracking poll) reside na observação das tendências de subida e descida de cada partido, mais do que a medição da percentagem das intenções de voto de cada um.

Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP entre os dias 19 e 23 de setembro de 2015. O Universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente residentes em Portugal Continental em lares com telefones fixos. Foram obtidos 1046 inquéritos válidos, sendo 58% dos inquiridos mulheres, 28% da região Norte, 29% do Centro, 35% de Lisboa, 2% do Alentejo e 5% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários e região na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 67%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1046 inquiridos é de 3%, com um nível de confiança de 95%.

* A taxa de resposta é estimada dividindo o número de inquéritos realizados pela soma das seguintes situações: inquéritos realizados; inquéritos incompletos; e recusas.

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