Congresso do PCP inspira-se na obra de Álvaro Cunhal

por Célia de Sousa

No segundo dia de congresso do PCP, foi tempo de lembrar Álvaro Cunhal. Recordaram-se palavras de Cunhal sobre o fracasso da União Europeia.

O pretexto foi o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, lembrado como homem político, também da cultura e da arte, e ainda escritor.

Foi uma pausa nas intervenções políticas. Um momento de inspiração nos ensinamentos do líder histórico do PCP.

"A vida deu-lhe razão", diz PCP em filme que homenageia Álvaro
Cunhal. O momento foi aplaudido de pé, levantou o XIX Congresso dos comunistas, com a exibição de um filme de lançamento das
comemorações do centenário do líder histórico do PCP, no próximo ano.

"A luta continua", "PCP/PCP", "Somos muitos, muitos mil para continuar
abril" foram as palavras de ordem proferidas pelos 1240 delegados presentes e pelos convidados, de pé e de punho no ar, após a exibição de um filme que enalteceu a vida e o percurso político de Álvaro Cunhal.

Cunhal, que nasceu a 10 de novembro de 1913, foi secretário-geral do
PCP durante 31 anos, até 1992.

No filme, com a duração de cerca de 20 minutos, surgem imagens do líder histórico comunista desde a sua juventude, destacando as vertentes política, intelectual e também artística do líder do PCP, cuja "atualidade do pensamento" foi destacada.

"A vida deu razão" a Álvaro Cunhal foi a mensagem principal do vídeo,
que recuperou excertos de discursos, entrevistas e análises feitas por Cunhal com advertências sobre as consequências da "política de direita", das privatizações, da integração europeia e da "defesa do empobrecimento" pelo capital.

Alertas considerados "verdades essenciais" que mantém a atualidade,
segundo o PCP. Ao longo do próximo ano, o PCP vai promover conferências, debates, teatro, cinema e exposições, iniciativas que se estendem até 3 de janeiro de 2014, dia em que será evocado a fuga da prisão de Peniche.

(Com Lusa)

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