Cortes nos CTT levam ministro do Planeamento ao Parlamento

por RTP
Ao abrigo do Plano de Transformação Operacional anunciado a 19 de dezembro, os CTT contam cortar 800 postos de trabalho num período de três anos Rafael Marchante - Reuters

A comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas aprovou esta quarta-feira o requerimento dos comunistas para a audição do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, sobre decisões de gestão nos CTT. Os planos da administração da empresa passam pelo corte de 800 postos de trabalho em três anos e pelo fecho de mais de duas dezenas de lojas.

O requerimento foi submetido pelo PCP e teve agora aprovação unânime no seio da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas. Em causa está o conjunto de medidas de reestruturação destapado ao longo das últimas semanas pela administração dos CTT.

A data da audição será conhecida depois de a comissão contactar com o ministro.Os CTT empregam 12.149 profissionais, das quais 11.702 em Portugal, onde mantêm uma rede de 4.297 lojas (615 próprias, 1.724 em parceria e 1.958 postos de venda de selos), às quais se somam 4.202 agentes Payshop.

Foi a 19 de dezembro último que a empresa anunciou um Plano de Transformação Operacional que passa pela redução de 800 trabalhadores durante três anos - de um total de 6.700 profissionais (6.200 efetivos e cerca de meio milhar de contratados a termo). Uma decisão justificada com a quebra no tráfego de correio.

A equipa de Francisco de Lacerda propõe-se igualmente racionalizar ativos considerados não estratégicos – perto de 30 propriedades – e converter lojas em postos de correio ou mesmo fechar as portas dos espaços com menor procura.

Já esta semana foi confirmado o encerramento de 22 lojas, com um impacto direto sobre 53 postos de trabalho, nas contas da Comissão de Trabalhadores da empresa.

Na calha para o encerramento estão as lojas da Junqueira (Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Madeira).

c/ Lusa
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