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Crise política. Primeiro-ministro respondeu por escrito às perguntas dos partidos

por Andreia Martins - RTP
Foto - Manuel de Almeida - Lusa

Luís Montenegro respondeu esta segunda-feira por escrito às perguntas colocadas por alguns partidos políticos, nomeadamente do Chega e do Bloco de Esquerda. A informação foi avançada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final do Conselho de Ministros.

O ministro da Presidência adiantou esta segunda-feira que vários partidos, nomeadamente o Chega e o Bloco de Esquerda, apresentaram perguntas ao primeiro-ministro Luís Montenegro.

Os partidos receberam esta segunda-feira as respostas de Luís Montenegro. Confira aqui as respostas endereçadas ao Chega e aqui as respostas às questões do Bloco de Esquerda. O primeiro-ministro respondeu "por escrito" às questões feitas pela "via normal", ou seja, pela via parlamentar. António Leitão Amaro sublinhou na conferência que o chefe de Governo "como disse sempre, está disponível" e "aceita o exercício de escrutínio" perante o Parlamento.

"As perguntas são legítimas e o primeiro-ministro responderá sempre ao Parlamento às questões que lhe forem colocadas, num fórum ou noutro", acrescentou o ministro da Presidência quando questionado sobre o requerimento para uma comissão parlamentar de inquérito, entegue esta segunda-feira pelo PS.
Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta segunda-feira, o ministro da Presidência colocou a pressão do lado da oposição, afirmando que a realização de eleições "está nas mãos" dos partidos representados na Assembleia da República, particularmente do PS e do Chega.

"Os portugueses não querem eleições, querem que o Parlamento confie no Governo para governar (...). Querem que a moção de confiança seja viabilizada. Isso só depende de um órgão, que é o Parlamento", vincou.
Ministro "perplexo" com opção do PS pela comissão de inquérito

O ministro sublinhou que o Governo se apresenta ao Parlamento "com humildade democrática" perante um "clima de insinuação e suspeição" por parte dos partidos da oposição. "Há ou não há confiança política", concluiu.

"Se o PS não quer eleições só tem que viabilizar a moção de confiança. (...) Só há governo demitido, só há eleições, se o PS assim quiser", acrescentou ainda.

Na crítica ao principal partido da oposição, Leitão Amaro vincou ainda que as questões colocadas pelo PS podiam ter sido endereçadas "por escrito" e que "várias delas já estarão, na substância, respondidas". 

Assumiu mesmo "perplexidade" por o PS não colocar "perguntas por escritas" e ter insistido na comissão parlamentar de inqúerito. As perguntas "podiam ser respondidas e analisadas de vários outros mecanismos parlamentares".

Na conferência de imprensa, o ministro recusou-se ainda a responder a "referências disparatadas, descabeladas e desprovidas de total senso" entre Luís Montenegro e Donald Trump.

O primeiro-ministro português tem sido acusado por dirigentes socialistas de preferir ir a votos do que dar mais explicações numa comissão parlamentar de inquérito, sendo comparado ao presidente norte-americano nesta opção.

(com Lusa)
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