Reportagem

Debate do Estado da Nação ao minuto

Discussão foi marcada por matérias como imigração e saúde. O debate no hemiciclo, último antes das férias parlamentares, durou as quatro horas inicialmente previstas e foi aberto com uma intervenção de Luís Montenegro, em que o primeiro-ministro anunciou um bónus para os pensionistas e o corte em três anos do IRC para os 17 por cento.

Inês Moreira Santos, Paulo Alexandre Amaral, Rachel Mestre Mesquita - RTP /

José Sena Goulão - Lusa

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Momento-Chave
RTP /

"O Estado da Nação ainda não é o que projetamos para Portugal"

No final do debate, Carlos Abreu Amorim afirmou que a conclusão é que “a governação de Portugal impõe-nos o dever imperioso de agir com propósito, visão e determinação”. 

O ministro do Assuntos Parlamentares recordou que este Governo deu inicio a um novo ciclo governativo, que ouviu os portugueses nas últimas eleições. 

“Não estaremos disponíveis para conversações inócuas”, afirmou. “Não nos prestaremos a encenações”. 

Porque “Portugal não precisa de consensos para adiar o amanhã; precisa de consensos para avançar hoje”. Abreu Amorim criticou, então, as acusações de o Governo estar a aproximar-se do Chega e se associar nas políticas de imigração. 

“O Estado da Nação ainda não é o que projetamos para Portugal. Persistem fragilidades estruturais, desigualdades inadmissíveis, bloqueios institucionais. Mas não confundamos realismo com resignação”. 
O Governo, segundo o ministro, “não veio negar as dificuldades” mas sim enfrentá-las. 

“Fica aqui o compromisso para com os portugueses: podem confiar neste Governo. Nós somos a garantia da moderação”. 

E continuou: “Temos uma ideia clara para Portugal; temos uma estratégia em execução; e temos a capacidade de chegar a bom porto que os portugueses merecem”. 

“Vamos mudar Portugal. Vamos transformá-lo juntos. Por Portugal agora e sempre”, concluiu.
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João Alexandre - Antena 1 /

"Fanfarrão". Tensão no hemiciclo entre PS e presidente da AR

Foto: Tiago Petinga - Lusa

Os socialistas acusam o presidente da Assembleia da República de cobardia e de maior flexibilidade no tratamento dos deputados mais à direita no hemiciclo, em particular do Chega.

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RTP /

Terminou fase das perguntas. Partidos fazem intervenções finais

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RTP /

PM anuncia divulgação de novas tabelas de retenção do IRS na segunda-feira

Em resposta à primeira ronda de perguntas, o primeiro-ministro disse não responder a todas sob pena de ficar sem tempo. Sobre a saúde e a educação, Luís Montenegro reconheceu que "há muitos desafios a suplantar" e afirmou que "há boas indicações que alguns problemas estão a ser superados". Nesta intervenção, Montenegro disse que o Governo vai continuar a política de desagravamento fiscal e anunciou que na próxima segunda-feira vão ser publicadas as novas tabelas de retenção da fonte do IRS.

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Lusa /

Parlamento aprova com ampla maioria novos membros da Comissão Nacional de Eleições

Esta lista única de candidatos, constituída por um elemento efetivo por cada grupo parlamentar, recebeu apenas 11 votos em branco e dois nulos.

A lista única para a CNE é constituída pelos seguintes elementos efetivos: Teresa Leal Coelho (PSD), Fernando José Silva (Chega), Fernando Anastácio (PS), Ana Rita Andrade (Iniciativa Liberal), André Wemans (Livre), Sérgio Manuel Pratas (PCP) e Rodrigo Roquete (CDS).

Como membros suplentes foram indicados Jorge Paulo Oliveira (PSD), Filipe Arrais Lima Bacelar (PS), Natércia Rodrigues Lopes (Livre), Helena Casqueiro (PCP) e Ana Cristina Delgado (CDS).

Na audição prévia a estes candidatos, realizada na quarta-feira, em sede de Comissão de Assuntos Constitucionais, deputados de várias políticas alertaram para os riscos do crescimento da desinformação e para a segurança jurídica das suas decisões.

O deputado social-democrata Francisco José Martins, que se congratulou com a "celeridade" do processo de nomeação dos novos membros da CNE, sobretudo tendo em vista a preparação das próximas eleições autárquicas, foi o primeiro a alertar para os riscos da "crescente desinformação" - um ponto depois também abordado por Paulo Muacho do Livre e por Pedro Vaz do PS.

Uma das intervenções com mais avisos partiu do deputado socialista Pedro Vaz, que colocou a questão da segurança jurídica das deliberações tomadas pela CNE, algumas das quais contrariando os pareceres emitidos pelos seus próprios serviços.

Pedro Vaz referiu casos de decisões tomadas pela CNE e da sua conformidade com a jurisprudência do Tribunal Constitucional, assim como situações em que são publicadas nas redes sociais fotografias de pessoas a publicitarem o seu voto, o que, na sua perspetiva, poderá configurar "uma forma de coação".

Neste último ponto, o candidato à CNE escolhido pelo Chega, Fernando José Silva, disse que esses casos deverão ser remetidos ao Ministério Público.

Já o deputado do Chega Ricardo Reis levantou o problema do voto nos círculos da emigração, dizendo que origina a situação de "portugueses de primeira (residentes em território nacional) e outros de segunda".

   Na resposta, a antiga deputada social-democrata Teresa Leal Coelho considerou ser essencial a adoção de medidas para a garantia do voto no estrangeiro.

Colocou entre os problemas a "celeridade dos correios de proveniência", assim como alguma falta de informação entre os portugueses residentes no estrangeiro relativamente ao exercício do respetivo direito de voto.

A seguir, Fernando Anastácio, candidato à CNE designado pelo PS, manifestou-se favorável a uma codificação da legislação eleitoral, bem como a como a um aumento das competências em matéria de combate à desinformação.

Na reunião, o ex-líder da Iniciativa Liberal Rui Rocha, que tinha levantado a questão da "proliferação de legislação de âmbito eleitoral" e da necessidade da sua codificação, advertiu que a CNE deve ter uma preocupação de rigor ao nível da sua comunicação, evitando assim "gerar confusão".

 

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Lusa /

Governo fica sem tempo e recebe uns minutos de várias bancadas para responder a 27 perguntas

No final da primeira ronda de perguntas das dez forças políticas, o líder do grupo parlamentar do PSD, Hugo Soares, alertou para a falta de tempo do Governo, mesmo depois de a sua bancada ter dado dez minutos ao primeiro-ministro, pedindo ao hemiciclo que aprovasse uma grelha extra de dez minutos para o executivo, alertando que os sociais-democratas não pretendiam abdicar de mais tempo.

O presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, ainda colocou a questão ao plenário, mas o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, recusou de imediato, dizendo que o Governo conhecia as regras e deveria gerir melhor o seu tempo, instando o PSD a doar mais tempo.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu ter feito uma gestão "criteriosa do seu tempo", salientando que dos 40 minutos para a intervenção inicial apenas gastou 25, mas que entendeu dever responder aos primeiros pedidos de esclarecimento com idêntico tempo que os partidos têm, cinco minutos, por uma questão de respeito institucional.

"Partilho com a câmara para que, em conferência de líderes, possam atender ao melhor modelo para que este debate possa decorrer com capacidade e eficiência", disse.

Apenas BE, CDS-PP e PSD cederam algum tempo -- 4 minutos e 11 segundos somados - e o primeiro-ministro informou que responderia em conjunto aos 27 pedidos de esclarecimento.

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RTP /

Partidos questionam Governo sobre saúde, educação e defesa

Mariana Vieira da Silva voltou ao tema da Saúde e comentou as declarações de Montenegro sobre o SNS: "o SNS já funcionava bem em 2023". Paulo Muacho, do Livre, já tinha defendido que o estado da nação se avalia “pelos temas que o primeiro-ministro traz e os que tenta evitar, nomeadamente, a saúde”. 

Sinalizando as urgências que vão estar encerradas nos próximos tempos, considera que as “promessas acumulam-se”, mas “até agora não temos visto nada”, apenas “urgências encerradas e número recorde de bebés a morrer em ambulâncias”.

“Pode garantir ao país que, em primeiro lugar, vai pôr um ponto final à novela com os helicópteros de emergência médica (...) e também se pode garantir que durante o verão o acesso à saúde e às urgências vai estar garantido a todos os portugueses e sesta disponível para retirar consequências políticas caso isso não aconteça?” questionou o deputado do Livre, Paulo Muacho.

“Senhor primeiro-ministro, o país precisa de respostas agora não a partir de setembro", pressionou.
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RTP /

"Portugal precisa de investir em ciência". PS diz que é "erro crasso" cortes na investigação

Na ronda de 27 perguntas ao primeiro-ministro, o deputado do PS Porfírio Silva, questionou o primeiro-ministro sobre os fundos para a investigação. O socialista considerou que é um "erro crasso e crato" fazer cortes na investigação, numa menção ao "erros do ministro Crato".

"Portugal precisa de investir em ciência para termos melhor economia e termos melhores empregos", afirmou.
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RTP /

Governo quer diálogo com governos de regiões autónomas

Respondendo ao JPP, o primeiro-ministro confirmou a disponibilidade para um diálogo com as regiões autónomas com vista à alteração da lei das finanças regionais.
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RTP /

Hugo Soares pede a presidente da AR mais tempo para Governo responder

O líder parlamentar do PSD pediu mais tempo para o Governo responder a cada grupo parlamentar.
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RTP /

JPP critica que "regiões sejam notas de rodapé"

O deputado da JPP, Filipe Sousa, criticou a ausência das regiões autónomas do discurso do primeiro-ministro. Filipe Sousa disse que "ser ilhéu tem muitos constrangimentos" e que considerou que "as regiões não podem continuar a ser notas de rodapé", enumerando desigualdades como o transporte marítimo.

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Inês Ameixa - Antena 1 /

Montenegro reconhece que ainda não conseguiu resolver os problemas todos da saúde

Foto: Tiago Petinga - Lusa

Ainda assim, Luís Montenegro admite que o Governo ainda não conseguiu resolver todos os problemas nas urgências do país.

A Saúde foi um dos temas centrais no debate do Estado da Nação, esta tarde de quinta-feira na Assembleia da República, com ataques da oposição ao Governo.

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RTP /

Pelo menos uma urgência a funcionar na península de Setúbal no Verão

Na resposta à deputada do PAN, Montenegro afirma que haverá uma urgência no distrito de Setúbal a partir de Setembro em pleno funcionamento ininterrupto. Neste Verão, a prioridade na península de Setúbal será ter "pelo menos uma urgência aberta" as três existentes. O problema é que há uma "efectiva carência de profissionais naquela região". "Vamos evitar que o atendimento urgente se tenha que fazer do lado de cá da ponte, o que provoca transtornos muito maiores", admite Montenegro.
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"Três crianças mortas a caminho do hospital". PAN critica ausência de resposta do Governo

Citando a Garota Não, a porta-voz do PAN observou que "este país não é para mães e não é para bebés", recordando que "quatro em cada dez crianças não consegue aceder a creches" e o caso dos três bebés que morreram a caminho das maternidades em três semanas. Inês Sousa Real considerou "imoral" e acusou o Governo de Luís Montenegro de "propaganda".

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Montenegro responde ao BE: país enfrenta "efeitos da falta de política" dos últimos anos

“O grande problema da Habitação, nos anos em que teve oportunidade, a Mariana ou não trabalhou ou trabalhou mal”, respondeu Montenegro à deputada do Bloco de Esquerda. 

O primeiro-ministro acrescentou ainda que o país está a “sofrer os efeitos da falta de política de habitação que marcou a última década”.


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BE questiona planos do Governo para resolver crises na saúde e habitação

Na sua intervenção a líder do Bloco de Esquerda focou-se nas crises da saúde e da habitação. Mariana Mortágua questionou o primeiro-ministro sobre qual é o plano do Governo para as resolver a crise das urgências hospitalares, mas também sobre o caso dos helicópteros e do INEM. Para a líder bloquista só existem duas justificações, ou se trata de incompetência ou de negócio.

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Execução orçamental do Governo permite atribuir "suplemento extraordinário"

Luís Montenegro respondeu ao deputado do CDS, lembrando que o Governo prometeu promover a responsabilidade orçamental e o equilíbrio das contas públicas, sem cobrar primeiro e depois levar esse esforço ao limite das famílias e dos serviços públicos. 

“Chegámos a meio do ano e com a execução orçamental que temos é possível, mais uma vez, atribuir o suplemento extraordinário”, adiantou o primeiro-ministro.

"Nós dissemos que iríamos devolver à sociedade parte do que estivesse a exceder as nossas expectativas", aponta o primeiro-ministro para explicar porque o Governo prefere dar suplementos extraordinários em vez de aumentar as pensões porque isso seria onerar o orçamento anual do país eternamente.
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IRC é "tema fundamental para o CDS"

Paulo Núncio questionou Montenegro o que é que sustenta na política económica do Governo a redução do IRC e quais os objetivos e impactos que se pode esperar desta redução.
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Primeiro-ministro pede ao PCP reconhecimento pelo esforço na saúde

Questionado sobre os problemas na saúde pelo líder comunista, Luís Montenegro recordou as medidas tomadas pelo governo que permitiram a valorização dos profissionais de saúde e a diminuição do número de cirurgias em lista de espera.

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Imigração não é tema de aproximação do Governo e esquerda

Respondendo a Rui Tavares, o primeiro-ministro começou por frisar que o Governo está aqui para cumprir o programa e “executar o seu compromisso com os portugueses”, embora admita que o deputado do Livre vá discordar desse compromisso.

à imigração, Montenegro respondeu que os deputados da esquerda consideram que as políticas dos últimos anos são as “corretas”. Mas o Governo entende “que não” são. 

“Nós entendemos que o país chegou a um ponto que é insustentável”, argumentou. “Estamos a promover uma política de regulação que dignifique a vida dessas pessoas”.

Lembrando as "centenas de milhares" de pessoas que estavam em Portugal e que não se sabia onde estavam, Montenegro diz que havia um desequilíbrio do tecido do país. No caso da imigração, reconhece o primeiro-ministro que seria difícil haver uma aproximação à bancada do Livre, "mas pode haver temas onde isso é possível".
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Livre acusa Governo de governar na sombra do Chega

Na sua primeira intervenção, o porta-voz do Livre criticou Montenegro por não dialogar com os partidos eleitos e de "fazer de conta". Rui Tavares acusou o Governo de governar na sombra do Chega e de fazer do líder da oposição, André Ventura, "o líder da situação" em matéria de imigração. Tavares denunciou ainda o silêncio do primeiro-ministro sobre os nomes dos menores imigrantes lidos pelo líder do Chega no Parlamento.

"Vai até ao Tribunal Constitucional para proteger os nomes (dos clientes) da Spinumviva e não o ouvimos dizer uma palavra para defender estas crianças", afirmou.
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Governo está a promover política de "alívio fiscal"

Em resposta a Mariana Leitão, Luís Montenegro considerou que ficava bem ao Iniciativa Liberal “ir mais longe” e apelou a que a deputada não diga que o Governo “não tem coragem de seguir uma política de alívio, de desagravamento fiscal”. 

“Nós estamos a promove-la”, afirmou.

Quanto à TAP, admitiu que é favor da privatização, mas é necessário garantir uma "boa operação".

"Nós queremos mudar o que é possível", ao contrário da IL que "quer mudar tudo" e no fim "não ia mudar nada".
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TAP revela "total falta de coragem"

Mariana Leitão critica o “acordo entre o Estado e os cidadãos” como uma fraude.

 “Quem cumpre paga a conta. Quem depende do sistema fica preso a ele”, disse a deputada da IL. “Quando os portugueses precisam do Estado, o Estado falha”. 

Segundo a deputada, a política deste Governo é “proteger a máquina e sacrificar o cidadão” e questionou o primeiro-ministro sobre quando é que haverá uma descida de impostos que se sente no bolso dos portugueses. E questionou ainda se vai haver “uma reforma a sério do Estado, com tudo o que isso implica”.

Quanto à TAP, questionou se vai manter o cidadão a carregar o peso.
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"Não sei o que é um princípio de acordo". Montenegro garante que o "não é não" mantém-se

Em resposta ao líder socialista, Montenegro esclareceu que o "não é não" se mantém por parte do governo e afirmou que desconhece "um princípio de acordo" entre o Governo e o Chega. "As regras do jogo ficaram bem plasmadas durante a campanha eleitoral", afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que "não é meu hábito trair as promessas".

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Hugo Soares questiona PS sobre imigração

Entre um momento de tensão com trocas de palavras entre deputados do PS e do Chega, o Hugo Soares pediu uma interpelação à mesa para abordar o tema da Habitação. Dirigindo-se ao líder socialista, questionou de a sobrelotação em habitações era o tipo de “imigração humanística” que o PS queria.
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Pedro Delgado Alves ataca Aguiar-Branco: Não tem coragem para enfrentar a extrema-direita

Com o uso da palavra %u201Cfanfarrão%u201D pelo líder do PS, José Luís Carneiro, em relação a André Ventura, o Parlamento entrou em ebulição com os reparos.

O líder do Chega referiu %u201Ca posição mais frouxa que conhecia%u201D ao referir-se a José Luís Carneiro, que puxou do termo %u201Cfanfarrão%u201D.

Aguiar-Branco chamou a atenção à bancada do PS e os socialistas atacaram o PAR de forma incisiva, com Pedro Delgado Alves a sublinhar a falta de coragem%u201D de Aguiar-Branco ao nada ter dito em relação ao ataque de Ventura ao líder do PS.
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Carneiro acusa Montenegro de trocar o "não é não" pelo "sim é sim"

Na sua estreia no debate do Estado da Nação, como secretário-geral do PS, José Luís Carneiro denunciou "o vazio nas políticas públicas" no governo de Luís Montenegro. O líder socialista acusou o primeiro-ministro de trocar a política do "não é não" pela política do "sim é sim" e afirmou que o "PS não se vai habituar" às alterações feitas pelo Governo, como sugeriu na semana passada o líder parlamentar do PSD.

No início do seu discurso, José Luís Carneiro acusou André Ventura de ser um "político fanfarrão".
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RTP /

Governo fala do aumento de vagas nas creches

Em resposta a Hugo Soares, o primeiro-ministro referiu que mais de dois milhões de pensionistas vão ser abrangidos pelo novo suplemento extraordinário. E voltando ao tema das creches, questionado por André Ventura, afirmou que aumentaram as vagas entre março de 2024 e março de 2025.
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RTP /

"O Estado da Nação é melhor". PSD elogia trabalho do Governo

Na sua intervenção, o líder parlamentar do PSD recordou as melhorias feitas pelo governo em diversos setores no último ano. Para Hugo Soares, não há dúvidas "o Estado da Nação é melhor, estamos a projetar o futuro".

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Momento-Chave
RTP /

Respostas à saúde

Luís Montenegro começou por recordar declarações do líder do Chega quando foi hospitalizado em Faro. Depois, reconheceu que ainda não foram resolvidos "os problemas todos" no setor da Saúde, nomeadamente o das urgências. 

No caso da península de Setúbal o problema está a ser resolvido, assegurou: "No primeiro trimestre de 2025, houve menos 46 por cento de encerramentos na península de Setúbal nas urgências de obstetrícia e pediatria".

O governante anunciou, então, que neste mês, o encerramento de urgências de pediatria está resolvido no distrito de Setúbal. 

"A partir de 1 de Setembro, funcionamento da urgência no Garcia de Orta 24h por dia, 365 dias por ano", garante ainda.
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RTP /

PS diz que "Creche Feliz" criou 120 mil vagas

Em resposta às acusações de André Ventura sobre o programa "Creche Feliz", criado pelo PS, alegando que não funcionou, o líder parlamentar dos socialistas contrapôs que este programa criou 120 mil vagas para crianças.
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RTP /

Ventura diz que o Estado da Nação é de "total podridão e desilusão"

André Ventura acusou o primeiro-ministro de se dirigir a uma nação que não existe e de passar apenas "16 segundos a falar de saúde quando há portugueses que passam anos à espera uma consulta". "O Estado da Nação é de total podridão e desilusão", afirmou o líder do Chega.

Em resposta a Luís Montenegro, André Ventura acusou o primeiro-ministro de se dirigir a uma nação que não existe: "a nação dos que vão sentir um alívio nos bolsos, a nação dos que vão ganhar mais, a nação daqueles que vão ganhar mais, a nação de que o país funciona,  a dos pais que tem vaga para os seus filhos nas creches, a de uma imigração regulada".
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Lusa /

Apoio à deslocação será alargado a todos os docentes a partir de setembro

"Depois de termos implementado nos territórios sinalizados com carência de professores a medida de apoio à deslocação, que beneficiou mais de 2.800 docentes, estou em condições de anunciar aqui o seu alargamento a partir de 01 de setembro a todos os professores da escola pública", afirmou Luís Montenegro, na abertura do debate do estado da nação.

Montenegro apontou o Estado social como "o pilar da coesão" e a garantia de que "ninguém fica para trás", dedicando menos de um minuto da sua intervenção inicial à situação na saúde.

"Continuamos a cumprir a execução do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, ultrapassando paulatinamente os inúmeros constrangimentos que se acumularam nos últimos anos. Temos vindo a reforçar o Serviço Nacional de Saúde com mais meios, com mais equipamentos e acelerar acordos com os profissionais da saúde para os atrair e reter nas nossas unidades de saúde", afirmou.

A Assembleia da República já tinha aprovado em março, com os votos contra do PSD e CDS-PP, um regime de compensação alargado a todos os professores deslocados, independentemente de estarem ou não colocados numa escola considerada carenciada por ter falta de professores, como previa a medida criada pelo Governo no início daquele ano letivo.

No entanto, o alargamento do apoio, cujo valor varia entre 150 e 450 euros mensais, conforme a distância, só entraria em vigor com o Orçamento do Estado para 2026, ou seja, a partir de janeiro.

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RTP /

Anunciado corte nos impostos às empresas

Luís Montenegro anuncia proposta para reduzir o IRC: para 19% em 2026, 18% em 2027 e 17% em 2028. Já para o ano, as PME podem beneficiar de um IRC de 15 por cento nos primeiro 50 mil euros de lucro tributável.

Também no próximo Conselho de Ministros, será a proposta de lei para a redução do IRC, como era propsta eleitoral da AD. Assim, o IRC descerá para 19 por cento em 2026, para 18 por cento em 2027 e para 17 por cento em 2028.

Para as pequenas e médias empresas reduzir-se-á, já em 2026, nos primeiros 50 mil euros de lucro tributável.
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Governo vai aprovar suplemento extraordinário para as pensões

Governo vai aprovar suplemento extraordinário para as pensões até 1567,50 euros, a ser pago já em setembro. A medida foi anunciada por Montenegro.

"Foi este Governo, não foi a oposição, mas contámos com a oposição. A oposição pode e deve contribuir", sublinhou, dizendo que não se pode é impor de forma ideológica.

No próximo Conselho de Ministros vai ser aprovado um "suplemento extraordinário a todas as pensões até 1567 euros", anunciou. Será pago em Setembro: 200 euros até às pensões de 522,5 euros, 150 euros para as pensões até 1045 euros, e 100 euros para pensões até ao valor máximo de 1567,50.
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Primeiro-ministro diz que país "está melhor do que há um ano"

A dar início à discussão do Estado da Nação, Luís Montenegro dirigiu-se aos deputados afirmando que "Portugal hoje é um país dinâmico, competitivo" e "que está melhor do que estava há um ano atrás". Segundo o primeiro-ministro, o país está a projetar-se "para daqui a um ano estar melhor do que está hoje". 

Portugal está a mudar, na ótica do governante, que lidera este governo e garante ter "consciência de muitos dos problemas que enfrentam os portugueses, das suas dificuldades e das suas inquietações".

"O Governo ouviu os portugueses nas últimas eleições", continuou, acrescentando que "governar não é reagir ao ruído", mas "encontrar soluções".

"O país está melhor, a vida das pessoas está melhor, mas existem muitos problemas e o nosso foco é resolver esses problemas".

O Governo já tomou, por isso, “um conjunto alargado de decisões no contexto da agenda transformadora”, como uma “nova redução em sede do valor do IRS”, que deve abranger “em especial a classe média e os que têm rendimentos mais baixos”, ou como a aprovação da TAP.

O Governo aprovou também uma nova política de imigração porque, nas palavras de Montenegro, ouviu os portugueses.

“Vamos ter uma Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na Polícia de Segurança Pública”, declarou, recordando este como um “tema de extrema importância”.
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Debate marcado para começar às 15h00

Os deputados já começaram a entrar no hemiciclo para dar início ao debate do Estado da Nação.
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Debate Estado da Nação. Partidos fora do Governo dizem que país está pior

Os partidos chamam a atenção para as preferências de diálogo do executivo.
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Hugo Soares diz que conversa do "não é não" é "absolutamente estafada"

Já Hugo Soares considera que a questão "não é não" a um entendimento com o Chega é uma "conversa estafada".
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João Alexandre - Antena 1 /

PS quer evitar "rasteira" da imigração, Chega aponta "pressa" do Governo

Fotografias de Gonçalo Costa Martins - Antena 1

No dia em que o país debate, no parlamento, o Estado da Nação, Mariana Vieira da Silva afirma, na Antena 1, que o Governo continua a não mostrar interesse em dialogar com o PS.

"Praticamente só discutimos o tema da imigração e discutimos o tema nos termos em que se podia fazer uma aproximação entre o PSD e o Chega. Na vida todos podemos fazer as escolhas, eu acho que é bom que sejam claras", diz a deputada e ex-ministra do Governo de António Costa, que considera que Luís Montenegro tem cedido "em toda a linha" ao partido de André Ventura, mas queira pedir responsabilidades ao PS para garantir "tudo o que é preciso para a continuidade" do Governo.
Para a ex-ministra, a AD quer resolver uma "equação impossível" ao jogar em duas frentes, e entende que, para os socialistas, o essencial é dar prioridade a outras matérias que interessam aos portugueses.

"Eu gostaria mais que nós pudéssemos não cair na rasteira que o Governo nos colocou que há uns dias que foi só falar de imigração para não falar de todos os problemas que precisam de resposta rápida", sublinhou.

Já Rita Matias, deputada e vice-presidente do grupo parlamentar do Chega, defende que a insistência do Governo no tema da imigração tem como objetivo travar o crescimento do partido de André Ventura.

"Começam a dar passos no sentido do discurso do Chega, caso contrário o Chega começa a insuflar sem se saber onde pode chegar, por isso, há uma pressa política de agir, não para responder aos problemas dos portugueses, mas para garantir que o Chega não chega aos lugares que eles conseguiram alcançar", disse, na Antena 1, no programa Entre Políticos.

De acordo com Rita Matias, apesar das críticas feitas aos motivos que levam a uma maior convergência, é positivo que a AD se aproxime do segundo maior partido dentro do parlamento, numa altura em que o Chega continua a querer falar de imigração.

"Temos como plano de fundo aquilo que está a acontecer em Espanha com tumultos e a falta de capacidade de encontrar respostas que gerou tensões entre a população local em Múrcia e as comunidades imigrantes", salienta a deputada.
PSD acusa PS de querer "atrasar" caminho do Governo

Com o PS a acusar Executivo de Luís Montenegro de se afastar das posições dos socialistas para se aproximar do Chega, o PSD apela ao partido liderado por José Luís Carneiro para que seja parte das soluções e não sirva de força de bloqueio na Assembleia da República.

"Somos coerentes desde o princípio. Nós não temos parceiros privilegiados, nós temos partidos que têm a sua legitimidade e vamos dialogando e estamos abertos a discutir com aqueles que querem verdadeiramente discutir connosco", afirmou, na Antena 1, o deputado e vice-presidente da bancada parlamentar, António Rodrigues

O social-democrata acrescenta que a AD quer "avançar rapidamente" nalgumas matérias, como é o caso da imigração, e entende que não é possível compaginar a estratégia com "aqueles que sistematicamente tentam atrasar" - numa referência ao PS.

"Qualquer atraso de aprovação de legislação pode empurrar soluções para dezembro, porque entramos no período orçamental a partir de outubro. Sabemos bem que, se não conseguirmos concluir processos legislativos até setembro, vamos estar até dezembro. Isto não é compaginável com a concretização de um Programa de Governo", sublinhou.
Livre aponta estratégia do Governo: "Quer esconder outros temas"

Tal como o PS, também o Livre considera que o Governo de Luís Montenegro tem interesse em priorizar o tema da imigração para mascarar dificuldades sentidas noutras áreas da governação.

"É muito confortável discutirmos a imigração e apontar o dedo aos imigrantes como as causas destes problemas, que não o são, mas desviamos as atenções. E essa tem sido a estratégia deste Governo", diz, na Antena 1, o deputado Paulo Muacho, que, questionado sobre se há mesmo uma estratégia deliberada por parte da AD, insiste: "Se não há, o que é que justifica a pressa e a urgência em legislar em meia dúzia de dias sobre matérias que não são urgentes? A questão do reagrupamento familiar não é urgente".

No mesmo sentido, Paulo Muacho assinala que o objetivo passa por criar uma "perceção" de que o problema é a imigração e fazer processos legislativos "à pressa e de uma forma atabalhoada" dentro da Assembleia da República: "Não digo que não haja questões em torno da imigração que estejam a falhar no nosso país, porque estão, nomeadamente, na integração. Deveríamos estar a ter uma política muito mais proativa e muito mais de investimento nas áreas da integração, mas não estamos".

O Livre assume que as expetativas do partido em relação ao Governo e ao debate do Estado da Nação são "muito baixas" e assinala que o Executivo de Luís Montenegro está sem soluções: "Quando nós olhamos para a habitação e vemos que os preços em Portugal sobem três vezes mais do que a média europeia, o Governo não nos diz nada sobre isso".
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Urgências fechadas e INEM devem marcar debate do Estado da Nação

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Estado da Nação. O que esperar do último debate político antes das férias parlamentares?

Pedro A. Pina - RTP

O debate tem uma duração aproximada de quatro horas e será aberto com uma intervenção de Luís Montenegro, que pode durar até 40 minutos. Seguem-se pedidos de esclarecimento dos partidos, a começar pelo Chega, e depois PSD, PS, IL, Livre, PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP.

Depois de aprovar nova redução do IRS com votos a favor de Chega, IL e PAN (o PS absteve-se), o Governo conseguiu fazer passar as mudanças na lei dos estrangeiros graças ao voto favorável do Chega, com os socialistas contra, e André Ventura disse ter já um princípio de acordo com o executivo quanto à lei da nacionalidade, que será votada em setembro.

Na quarta-feira, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou Montenegro a escolher com quem negoceia e avisou que os socialistas não poderão ser colocados ao nível do Chega, sob pena de haver uma rutura entre os dois partidos.

É o primeiro destes debates com este Governo e com este Parlamento.

Saúde polémica
Na área da saúde, Ventura desafiou o primeiro-ministro a apresentar no debate do Estado da Nação um plano para o setor, enquanto José Luís Carneiro enviou a Luís Montenegro uma proposta de criação de uma unidade de coordenação para emergências hospitalares.

O primeiro-ministro já prometeu "dar a cara" no debate de hoje pela política do Governo nesta área, mas tem defendido que, apesar dos casos pontuais negativos, se registam melhorias em relação há um ano.

A Saúde deverá marcar o debate. As urgências fechadas e as crises no INEM devem estar no centro da discussão.
Das previsões orçamentais à habitação
Antes das férias parlamentares, o Governo deverá prestar contas ao Parlamento sobre as previsões orçamentais para este ano. A habitação será tema quase incontornável.

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