Dia de votar à vista. "Mulheres de Portugal" destinatárias de apelos de Pedro Nuno e Montenegro
Na reta final da campanha, as figuras de proa do PS e da AD viram os holofotes para o voto feminino. Pedro Nuno Santos afirma que as eleições do próximo domingo são decisivas para os direitos das mulheres. Já Luís Montenegro garante uma verdadeira igualdade de oportunidades.
Questionado sobre o número de mulheres que ainda não decidiram o sentido de voto, Pedro Nuno Santos recorda que “as grandes matérias em direitos das mulheres foram sempre conseguidas com governos do Partido Socialista”.
“Elas é que têm sido ao longo da sua vida prejudicadas na progressão na carreira, porque normalmente ficam sempre a tratar da casa e da família. Por isso quando nós investimos na rede de creches gratuitas, ou no pré-escolar nós queremos dar mais oportunidades às nossas crianças, mas também às suas mães para poderem ter as suas carreiras e as suas profissões”, realçou.
“Elas é que têm sido ao longo da sua vida prejudicadas na progressão na carreira, porque normalmente ficam sempre a tratar da casa e da família. Por isso quando nós investimos na rede de creches gratuitas, ou no pré-escolar nós queremos dar mais oportunidades às nossas crianças, mas também às suas mães para poderem ter as suas carreiras e as suas profissões”, realçou.
Referindo-se à recente proposta de um novo referendo para reverter a lei do aborto, feita pelo vice-presidente do CDS-PP, Paulo Núncio, sem mencionar o seu nome, Pedro Nuno Santos afirmou que a os partidos de direita “gabam-se de criar dificuldades no acesso à interrupção voluntária da gravidez”.
“Nós valorizamos e queremos continuar a valorizar e a defender as mulheres (…) As mulheres que trabalham em casa, trabalham fora de casa e merecem continuar a ser respeitadas e a ver o seu papel valorizado”, frisou o secretário-geral socialista.
AD “olha” para as mulheres
Pouco depois da entrevista do secretário-geral do PS à RTP, o líder da AD dedicou, num comício Barcelos, grande parte da sua intervenção “às mulheres portuguesas”, considerando que têm sido “uma força, um alento” nesta campanha”.
Dirigindo-se às mulheres, Luís Montenegro afirmou que o programa da AD "olha para elas também", na saúde, na educação, nas pensões.
"Às mulheres de Barcelos, às mulheres de Braga, às mulheres de Portugal eu quero assegurar-lhes: nós vamos mesmo dar passos seguros importantes para garantir uma verdadeira igualdade de oportunidades", acrescentou.
O presidente do PSD enquadrou "a igualdade de género" como "um pilar fundamental da igualdade de oportunidades" e salientou que em Portugal ainda há "discriminação negativa sobre a retribuição do trabalho e do esforço das mulheres face aos homens" e "há poucas mulheres a assumir cargos de direção".
"É preciso fazer alguma coisa por isso", salientou.
Para Montenegro, quando a AD se propõe "resolver o problema do Serviço Nacional de Saúde", é também "a pensar nas mulheres" que "sofreram nos últimos anos um agravamento do seu sentimento de segurança" com a falta de resposta dos serviços públicos de obstetrícia e de pediatria.
"Tratar dos alunos de Portugal é também tratar das mães e das avós de Portugal", continuou.
Luís Montenegro apontou "o acesso geral, universal e gratuito à educação dos zero aos seis anos" como outra medida que beneficia em particular as mulheres, para que possam "conciliar a vida pessoal, familiar, e a vida profissional".
Por fim, destacou a proposta de aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI), para apoiar tantas mulheres que "trabalharam segundo as regras que existiam à época", sem carreiras contributivas.
Luís Montenegro defendeu ainda que é preciso "travar os fenómenos de violência sobre as mulheres, de violência doméstica, de violência no namoro e outras manifestações de violência sobre as mulheres", bem como "combater o assédio no trabalho, outro fenómeno de violência sobre a condição feminina".
c/ Lusa