Política
"Decidiu ser mentor de autoajuda". Esquerda critica mensagem de Natal do primeiro-ministro
O PS estranhou que temas como a saúde tenham estado ausentes do discurso de Luís Montenegro. Já o BE vincou que o primeiro-ministro falou sobre "um país que não existe".
A maioria dos partidos políticos reagiu esta quinta-feira à mensagem de Natal do primeiro-ministro, que pediu aos portugueses uma maior mentalidade de superação.
A socialista Inês Medeiros disse que “o senhor primeiro-ministro agora decidiu ser uma espécie de mentor de autoajuda, com discursos motivacionais”.
“Ora, não foi para isso que ele foi eleito. Ele foi eleito para decidir, governar e criar estratégias a curto, médio e longo prazo para resolver os problemas que efetivamente afetam os portugueses e para acalmar as nossas angústias coletivas”, defendeu.
O PS acredita que “não basta proclamar grandes chavões de motivação”, mas sim “saber criar riqueza” e “ser claro naquilo que se pretende para esta família portuguesa que é o nosso país”. Inês Medeiros estranhou ainda que o tema da saúde tenha ficado fora do discurso de Luís Montenegro.
“Ora, não foi para isso que ele foi eleito. Ele foi eleito para decidir, governar e criar estratégias a curto, médio e longo prazo para resolver os problemas que efetivamente afetam os portugueses e para acalmar as nossas angústias coletivas”, defendeu.
O PS acredita que “não basta proclamar grandes chavões de motivação”, mas sim “saber criar riqueza” e “ser claro naquilo que se pretende para esta família portuguesa que é o nosso país”. Inês Medeiros estranhou ainda que o tema da saúde tenha ficado fora do discurso de Luís Montenegro.
Já o coordenador do Bloco de esquerda, José Manuel Pureza, olhou para este discurso de Luís Montenegro com estranheza, referindo que o primeiro-ministro apresentou Portugal baseado num retrato feito pelo jornal The Economist, mas sem que o chefe do Governo o tenha lido bem.
“É um país que não existe. É uma mistificação daquilo que é Portugal”, sublinhou.
José Manuel Pureza disse ainda que o primeiro-ministro falou do país e do trabalho e esqueceu-se do pacote laboral, o que considerou “muito sintomático”.
"Treinador tem de estar presente em campo"
Do lado do PCP, Margarida Botelho referiu que só os que estão a ficar com a riqueza que é feita em Portugal é que se reconhecem nas palavras de Luís Montenegro.
A comunista considerou que esta declaração de Natal é isenta de realidade, que é por sua vez feita de salários baixos, de um custo de vida elevado, de problemas na habitação que o Governo nos últimos meses juntou a um pacote laboral rejeitado pela sociedade portuguesa.
A porta-voz do PCP disse ainda para o primeiro-ministro aproveitar esta época natalícia e de solidariedade “para ganhar forças e uma mentalidade” dos problemas reais do país.
Paulo Muacho, do Livre, considerou confiante a mensagem do primeiro-ministro, mas explicou que os portugueses não veem motivo para acreditarem na mensagem do Governo, dando como exemplo a crise no setor da saúde, bem como no setor social, com pessoas a continuar a viver em condição de sem-abrigo.
Muacho lembrou também os baixos salários e a crise na habitação, afirmando que “está tudo a andar ao contrário daquilo que o primeiro-ministro vive, num país diferente do que os portugueses vivem”. “É uma mensagem que deixa muito a desejar do que é o realismo do que um primeiro-ministro deveria ter”, considerou.
Muacho lembrou também os baixos salários e a crise na habitação, afirmando que “está tudo a andar ao contrário daquilo que o primeiro-ministro vive, num país diferente do que os portugueses vivem”. “É uma mensagem que deixa muito a desejar do que é o realismo do que um primeiro-ministro deveria ter”, considerou.
A deputada do PAN Inês Sousa Real considerou que “o ímpeto reformista” da mensagem de Natal “deixou de fora a verdadeira realidade do país”.
“O treinador tem de estar presente em campo e não fora de jogo”, apontou, lembrando que “continuamos a ter pessoas a viver em tendas” e que o combate à pobreza “é um objetivo falhado por parte do país”.
“O treinador tem de estar presente em campo e não fora de jogo”, apontou, lembrando que “continuamos a ter pessoas a viver em tendas” e que o combate à pobreza “é um objetivo falhado por parte do país”.
CDS e PSD elogiaram a mensagem de Natal
Da parte do partido da coligação governativa AD, o CDS, pela voz de Catarina Araújo, lembrou que esta é a primeira mensagem de Natal depois de um ano com dois ciclos eleitorais decisivos em que a Aliança Democrática venceu.
Para o CDS, a mensagem olha para o futuro e transmite esperança, confiança e determinação de que o Governo quer continuar a trabalhar para transformar o país e melhorar a vida dos portugueses.
Catarina Araújo referiu ainda que esta mensagem não esqueceu os mais vulneráveis e valorizou todos os que mantêm os serviços de segurança e saúde a funcionar com tranquilidade e normalidade. Apontou também que a mensagem de Luís Montenegro é um apelo claro a todos os portugueses à união e ambição coletiva que nos define enquanto país.
Da parte do partido da coligação governativa AD, o CDS, pela voz de Catarina Araújo, lembrou que esta é a primeira mensagem de Natal depois de um ano com dois ciclos eleitorais decisivos em que a Aliança Democrática venceu.
Para o CDS, a mensagem olha para o futuro e transmite esperança, confiança e determinação de que o Governo quer continuar a trabalhar para transformar o país e melhorar a vida dos portugueses.
Catarina Araújo referiu ainda que esta mensagem não esqueceu os mais vulneráveis e valorizou todos os que mantêm os serviços de segurança e saúde a funcionar com tranquilidade e normalidade. Apontou também que a mensagem de Luís Montenegro é um apelo claro a todos os portugueses à união e ambição coletiva que nos define enquanto país.
Antes destas declarações, o vice-presidente do PSD foi o primeiro a reagir, falando numa declaração cheia de sensibilidade social e com otimismo e esperança no futuro.
Carlos Coelho referiu que Luís Montenegro não esqueceu quem tem mais dificuldades, como os mais idosos, as situações de pobreza, de saúde e também todos os que sofrem de violência doméstica.
O social-democrata viu ainda o discurso como sendo de confiança no futuro alicerçada nos dados económicos de 2025, relembrando as palavras de Montenegro sobre ser “necessário acreditar em Portugal”.
Carlos Coelho referiu que Luís Montenegro não esqueceu quem tem mais dificuldades, como os mais idosos, as situações de pobreza, de saúde e também todos os que sofrem de violência doméstica.
O social-democrata viu ainda o discurso como sendo de confiança no futuro alicerçada nos dados económicos de 2025, relembrando as palavras de Montenegro sobre ser “necessário acreditar em Portugal”.