Entrevista a Mónica Freitas. PAN viu "oportunidade de fazer valer causas" na Madeira
Em entrevista à RTP3, a deputada eleita pelo PAN da Madeira, que negociou o acordo de incidência parlamentar com a coligação de PSD e CDS, encabeçada por Miguel Albuquerque, sublinhou na última noite que o partido deseja estabilidade governativa na Região Autónoma.
Sobre um eventual romper do acordo em caso de incumprimento por parte da coligação entre social-democratas e democratas-cristãos, a deputada única do PAN na Madeira enfatizou que "já existe um acordo assinado" e um "compromisso" para incluir medidas que o partido incluiu no seu programa.Mónica Freitas refere que o PAN não assinaria o acordo se não acreditasse na viabilidade do mesmo e que o partido não abdica das suas causas.
A deputada eleita para a Assembleia Legislativa regional adiantou ainda que as conversações com a coligação Somos Madeira só começaram após as eleições, na segunda-feira. E reiterou que o objetivo do PAN foi sempre "eleger um deputado".
"Nunca conseguiríamos prever que isto viesse a acontecer", admitiu Mónica Freitas. Assumiu ainda que a estrutura insular do PAN não quis fazer parte do Governo regional e que este acordo não choca com o alinhamento do partido a nível nacional.
"Somos um partido único, trabalhamos em conjunto", quis sustentar Mónica Freitas, destacando como "fundamental" o apoio da porta-voz nacional do PAN, Inês de Sousa Real.
Coligação "nunca esteve em cima da mesa"
Ao início da tarde de terça-feira, em conferência de imprensa, a cabeça de lista do partido Pessoas-Animais-Natureza deixou claro que a hipótese de uma coligação com a Somos Madeira "nunca esteve em cima da mesa".
"Não somos parte de uma maioria parlamentar e não existe essa maioria, apenas existe aqui um acordo de incidência parlamentar", que irá vigorar "por quatro anos", enfatizou.
Por sua vez, o líder do PSD da Madeira afirmou estar muito satisfeito com a solução anunciada depois da noite eleitoral de domingo. As negociações, notou, "foram encetadas e concluídas de boa-fé, tendo em vista a salvaguarda dos interesses da Região Autónoma da Madeira e da sua população e tendo em vista abarcar um horizonte de quatro anos".
Questionado sobre as razões da escolha do PAN, Miguel Albuquerque foi lacónico: "Porque escolhi".
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