Filipe defende que portugueses precisam de valorização geral dos salários e não de discursos motivacionais

O candidato presidencial António Filipe disse hoje que os portugueses "não precisam de discursos de tipo motivacional" mas sim de uma valorização geral dos salários que ajude a "mitigar uma inaceitável desigualdade na distribuição do rendimento".

Lusa /
Joana Almeida - RTP

Antonio Filipe reagia à mensagem de Natal do primeiro-ministro em que Luis Montenegro defendeu que Portugal vive um momento de viragem em que tem de trocar a "mentalidade do deixar andar" pela da superação, apontando o futebolista Cristiano Ronaldo como exemplo do espírito de afirmação pela excelência.

Para Antonio Filipe, que hoje visitou o parque operacional da Câmara Municipal de Sesimbra, no distrito de Setúbal, para um contacto com os trabalhadores da recolha de resíduos, a questão não se centra na mentalidade dos portugueses, mas sim na necessidade de serem valorizados através de politicas públicas.

"Acho que não é uma questão de mentalidade, porque acho que a mentalidade o povo português tem, e não precisa destes discursos de tipo motivacional, não precisa, precisava de ser valorizado, ou seja, era preciso que houvesse, de facto, políticas públicas no sentido, desde logo, da valorização significativa do salário mínimo, mas que se traduza num aumento geral dos salários, não apenas haver mais trabalhadores a ganhar o salário mínimo", frisou.

As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.

Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.

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