Fim da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Ministro da Educação garante continuidade dos projetos em curso

Um dia depois de o Governo anunciar a extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), o ministro da Educação assegura que não vai haver alterações no financiamento dos projetos atuais. 

Antena 1 /
António Pedro Santos - Lusa

A medida está a ser questionada por várias entidades, entre as quais a Associação Académica da Universidade de Lisboa, que se mostra apreensiva em relação aos eventuais efeitos.

Em entrevista, esta sexta-feira, à Antena 1, Fernando Alexandre garante que não estão previstos quaisquer cortes nos projetos apoiados, agora, pela FCT.
O fim da FCT é um dos primeiros passos da Reforma do Estado apresentada pelo Executivo de Luís Montenegro. Aquela que é, até ao momento, a principal agência de financiamento público da investigação científica em Portugal e que foi criada em 1998 pelo então ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, dá lugar a um novo organismo chamado Agência para a Investigação e Inovação.

Sobre as mudanças apontadas para o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre fala numa reforma para simplificar os processos. É uma reforma que, sublinha o governante, fazia falta há muitos anos.
Nesta entrevista, o ministro foi também questionado sobre as críticas às propostas de alteração à Lei Laboral.

A Confederação Nacional das Associações de Pais, entre outras entidades, manifestou receios sobre possibilidade de os pais com filhos menores ou filhos com deficiência poderem ser obrigados a trabalhar à noite, aos feriados e aos fins de semana.
Confrontado com o eventual impacto destas alterações na vida das famílias e na aprendizagem dos alunos, o ministro da Educação diz apenas que a intenção do Governo é melhorar a vida da população.
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