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Gouveia e Melo avança com candidatura à Presidência da República

por RTP
Foto: Lusa (arquivo)

O almirante Henrique Gouveia e Melo anunciou esta quarta-feira que vai avançar com a candidatura a Belém nas eleições presidenciais de 2026. A decisão foi confirmada em entrevista à rádio Renascença. "Não há dúvidas. Vou ser mesmo candidato", afirmou.

O almirante explica que a decisão tem em conta o agravamento da guerra na Ucrânia, a tensão que se vive na Europa e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, mas diz que resulta igualmente de "alguma instabilidade interna que se tem prolongado" em Portugal.

"Todas estas coisas fizeram-me refletir e contribuíram para a minha motivação para avançar", disse Gouveia e Melo.

A candidatura será formalmente anunciada no dia 29 de maio. Na corrida a Belém, com candidatura apresentada está já o antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes.
A candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República já era esperada. Ainda antes de a oficializar, o almirante era já apontado como o favorito dos portugueses para Belém, segundo uma sondagem da Católica para a RTP. De acordo com a sondagem, 62% dos inquiridos admitiram votar no almirante e 44% em Luís Marques Mendes.

O ex-chefe do Estado Maior da Armada tinha, no entanto, afirmado que iria apresentar uma eventual candidatura depois das legislativas para não criar “ruído”.

Questionado sobre a decisão de avançar agora, a quatro dias das eleições legislativas antecipadas, Gouveia e Melo alegou que o tempo para o anúncio da sua candidatura "começa a ser curto", tendo em conta que precisa de enviar convites para a cerimónia do dia 29, o que resultaria num "segredo muito mal guardado".

"E pronto, tenho esta oportunidade para dizer de viva voz que vou verdadeiramente ser candidato e no dia 29 de maio farei anúncio formal da candidatura", reiterou.

Recusando comentar as posições do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Gouveia e Melo reconheceu que em causa estão "pessoas muito diferentes" e que, caso seja eleito, a sua forma de atuar "será muito diferente do atual" chefe de Estado.

"Bem, serei diferente. Neste momento do anúncio da minha candidatura não me quero preocupar com o passado, só me quero preocupar com o futuro", referiu.
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