Gouveia e Melo evita comentar crise política mas apela a solução "urgente"

Gouveia e Melo escusou-se esta sexta-feira a fazer "comentário político" sobre a atual situação em Portugal. Contudo, deixou algumas declarações sobre o processo democrático. O ex-chefe do Estado-Maior da Armada defendeu que os atores políticos devem encontrar uma solução "de forma urgente".

RTP /
Lusa (arquivo)

Questionado sobre a posição de Marcelo Rebelo de Sousa, perante o impasse político, Gouveia e Melo recusou-se a comentar o que o presidente da República "faz ou não".

"É o ator político eleito. Terá as suas razões e explicará depois aos seus eleitores esses motivos", respondeu. E acrescentou que, "além de comentário", não faz "especulação".

À margem do Congresso de Gestão em Saúde, no Porto, e questionado sobre a situação política e a possibilidade de haver eleições legislativas antecipadas, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada considerou que os atores políticos “têm a responsabilidade de resolver a situação, devem resolvê-la de forma urgente, porque todos nós precisamos de estabilidade e de credibilidade”.“Sobre o resto, não faço comentários. Não sou comentador”, repetiu Gouveia e Melo.


Sem comentar as eventuais legislativas, caso a moção de confiança do Governo seja chumbada, o almirante insistiu que “a solução tem de aparecer” e que quanto mais tarde aparecer “mais instabilidade existe”.

“Precisamos de estabilidade governativa”, vincou. “Essa estabilidade contribui imenso até para o nosso posicionamento internacional, uma vez que em termos internacionais vivemos também um período de forte instabilidade e de algum risco. O que é importante é que os atores decidam de forma urgente o que é que devem fazer”.
Em relação à já esperada candidatura a Belém, o almirante disse apenas que, neste momento, “os portugueses estão muito mais preocupados com assuntos mais urgentes” e insistiu na célere resolução dos problemas.

"A democracia é honrada sempre que o processo democrático está em curso. Não me parece que não esteja em curso. Esse processo tem os tem os seus tempos, no entanto, acho que todos os portugueses face à crise internacional desejam uma solução urgente que dê estabilidade e que dê credibilidade", rematou.
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