Política
Habitação. Ex-ministra do PS aponta "evidente correlação" entre medidas do Governo e aumento de preços
Marina Gonçalves, ex-ministra da Habitação do Governo de António Costa, considera que o aumento recorde do preço das casas verificado entre julho e setembro é um dos reflexos das políticas de habitação do Governo da AD e defende que o Executivo de Luís Montenegro e o ministro da Habitação devem seguir os caminhos recentemente apontados pela Comissão Europeia, que apresentou na última semana o Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis.
"É evidente a correlação entre as medidas do Governo e o aumento de preços. É isso que nos dizem os dados do Instituto Nacional de Estatística, é isso que diz o setor, é isso que dizem os partidos, é isso que dizem os estudos. Só o Governo é que não quer ver. Se é uma estratégia só para alguns e que quer deixar a classe média e os jovens de fora, que o diga", diz.
Em declarações na Antena 1, Marina Gonçalves lembra ainda o estudo divulgado esta semana pelo ISCTE-IUL que indica que a subida dos preços das casas tem vindo a anular as medidas adotadas pelo Governo para facilitar a compra de casa, sobretudo por parte dos jovens.
"Mostra a correlação entre o aumento dos preços e medidas como a isenção do IMT e o Imposto de Selo. Porque, quando nós centramos as medidas mais imediatas e diretas na procura sem ter um aumento da oferta compatível com o rendimento das famílias, aquilo que fazemos é afastar ainda mais os jovens para os quais parece que estamos a trabalhar e as famílias da classe média", sublinha.
No início do ano, o tema da habitação vai regressar ao parlamento com um debate agendado para dia 9 de janeiro sobre dois dos diplomas do Governo. A ex-ministra do PS espera maior abertura do Executivo para dialogar com a oposição.
"Temos alertado para a necessidade de podermos fazer esse diálogo, ainda mais agora reforçado com plano que nos é apresentado pela Comissão Europeia. Até agora, aquilo que temos tido por parte do Governo é essa postura de intransigência na discussão das medidas. Tem a sua legitimidade de fazer o que entender, mas não pode falar de diálogo e depois fechar o diálogo em qualquer uma das esferas", alerta a ex-governante na Antena 1.
No mesmo sentido, Marina Gonçalves assinala que a 9 de janeiro os deputados discutem medidas de desagravamento fiscal na oferta de habitação e de alteração ao Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação e apela à discussão: "Aguardamos que haja uma mudança da posição inicial do Governo de impedir qualquer diálogo na especialidade. Aguardamos que haja essa evolução".
Em declarações na Antena 1, Marina Gonçalves lembra ainda o estudo divulgado esta semana pelo ISCTE-IUL que indica que a subida dos preços das casas tem vindo a anular as medidas adotadas pelo Governo para facilitar a compra de casa, sobretudo por parte dos jovens.
"Mostra a correlação entre o aumento dos preços e medidas como a isenção do IMT e o Imposto de Selo. Porque, quando nós centramos as medidas mais imediatas e diretas na procura sem ter um aumento da oferta compatível com o rendimento das famílias, aquilo que fazemos é afastar ainda mais os jovens para os quais parece que estamos a trabalhar e as famílias da classe média", sublinha.
No início do ano, o tema da habitação vai regressar ao parlamento com um debate agendado para dia 9 de janeiro sobre dois dos diplomas do Governo. A ex-ministra do PS espera maior abertura do Executivo para dialogar com a oposição.
"Temos alertado para a necessidade de podermos fazer esse diálogo, ainda mais agora reforçado com plano que nos é apresentado pela Comissão Europeia. Até agora, aquilo que temos tido por parte do Governo é essa postura de intransigência na discussão das medidas. Tem a sua legitimidade de fazer o que entender, mas não pode falar de diálogo e depois fechar o diálogo em qualquer uma das esferas", alerta a ex-governante na Antena 1.
No mesmo sentido, Marina Gonçalves assinala que a 9 de janeiro os deputados discutem medidas de desagravamento fiscal na oferta de habitação e de alteração ao Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação e apela à discussão: "Aguardamos que haja uma mudança da posição inicial do Governo de impedir qualquer diálogo na especialidade. Aguardamos que haja essa evolução".