José Sócrates recusa alimentar tabus

O primeiro-ministro respondeu à declaração do Presidente da República que aponta responsabilidades do PS, no caso das alegadas escutas do Governo ao Palácio de Belém. José Sócrates afirma que se recusa "a alimentar tabus" e que pretende manter "uma relação institucional adequada e correcta". Para o Chefe do Governo esta polémica "desgasta e desprestigia as instituições".

RTP /
José Sócrates quer salvaguardar as relações institucionais entre São Bento e Belém Manuel de Almeida/Lusa

"Sempre me empenhei numa relação com o Sr. Presidente da República, e com a Presidência da República, que seja institucionalmente adequada e correcta e assim pretendo manter-me", declarou José Sócrates.

"Não alimento nenhuma polémica que desgaste as instituições e também não alimento tabus", frisou o primeiro-ministro que acrescentou que "o que havia para dizer, foi dito ontem em meu nome, e em nome do PS, pelo Dr. Pedro Silva Pereira".

Para José Sócrates "agora é o momento de nos concentrarmos naquilo que é importante para o país".

"O meu dever é concentrar-me naquilo que é importante para o país, responder aos problemas, aos desafios e assegurar uma governação que esteja à altura dos tempos que vivemos", revelou.

"Espero, portanto, que não seja necessário voltar a falar em tal tema, que é um tema lamentável que em nada contribui para a elevação e prestígio das instituições da República", acrescentou José Sócrates.

Na declaração aos jornalistas, o chefe do Governo frisou ainda "que não quer fazer mais nenhum comentário" porque considera que "fazer qualquer outro comentário seria contribuir para essa polémica que no meu entendimento desgasta as instituições da República".

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