“Mais segurança nas ruas” e “autoridade” reforçada “para a polícia”. Foi esta a fórmula levada pelo primeiro-ministro português a Espanha. Sobre o palco do Congresso do Partido Popular, em castelhano, Luís Montenegro voltou este sábado a isolar no ponto de mira a governação do PS de António Costa, que acusou de irresponsabilidade em matéria de imigração.
Quando se desenha uma potencial crise política em Espanha, com epicentro no PSOE de Pedro Sánchez, o primeiro-ministro português subiu ao púlpito do Congresso do PP espanhol, a decorrer até domingo.
Fê-lo, desde logo, para reafirmar que, em Portugal, os socialistas “estancaram o país e o seu desenvolvimento” e praticaram “uma política migratória irresponsável, sem regulação e sem controlo” – temas de reconhecida apetência da extrema-direita que o PSD tem procurado também empunhar.Alberto Núñez Feijóo, candidato único à liderança do PP, procura fazer aprovar uma moção de censura ao Governo de Pedro Sánchez, suportado no Congresso dos Deputados por uma complexa articulação de oito forças. O presidente do Governo espanhol, a braços com uma sucessão de casos no seio do PSOE, recusa o cenário de demissão.
Outra das acusações reservadas a António Costa, cuja eleição para a presidência do Conselho Europeu contou com o apoio oficial do primeiro Governo de Luís Montenegro, foi a de que os socialistas teriam enveredado por uma via de radicalização, acabando por promover “a fratura e a divisão”.
Os governos socialistas, ainda segundo Montenegro, teriam também “aumentado sistematicamente” a carga fiscal, degradado os serviços do Estado, quer em matéria de Educação, quer na Saúde, e concertado com a extrema-esquerda e a extrema-direita, “nos corredores da política”, a queda do Governo de PSD e CDS-PP.
“Mas o povo uniu forças nas ruas para nos legitimar e aprovou a moção que mais importa, a confiança do povo. Hoje estamos a reformar Portugal e não estamos no Governo para manter o poder a qualquer preço”, acentuou. Ana Romeu | Correspondente da RTP em Madrid
”Mudámos as regras de imigração, queremos mais segurança nas ruas, mais autoridade para a polícia, um sistema de justiça que funcione. Para nós, o Estado de direito, o respeito pelos direitos e pela lei, é o primeiro valor da democracia”, recitou o governante português.
“Se perdemos a base do Estado de Direito, perdemos o respeito do povo”.O líder laranja abordou ainda o caso da Spinumviva, recordando que, no momento em que foi questionada a sua idoneidade, submeteu à Assembleia da República uma moção de confiança. Isto sem nunca referir diretamente o quadro político espanhol e o abalo do PSOE, assolado por suspeitas de corrupção.
Num estender de mão ao congénere espanhol, Montenegro quis sustentar que o PP, assim como o PSD, “é o partido do povo”, ou ainda o “verdadeiro defensor do estado de bem-estar” e das “boas contas” públicas.
E mostrando-se convicto de que Núñez Feijóo acabará por formar governo, num momento pós-Sánchez, o primeiro-ministro português foi mesmo ao ponto de defender que tal desfecho seria melhor para a Península Ibérica.
Alberto Núñez Feijóo convocou o Congresso extraordinário deste fim de semana com base na ideia da preparação do PP para o término do Sanchismo. Eleito em 2022, o líder dos populares espanhóis venceu as legislativas de julho de 2023, mas não foi capaz de obter a maioria absoluta no Parlamento que lhe garantisse o poder executivo.
c/ agências
Fê-lo, desde logo, para reafirmar que, em Portugal, os socialistas “estancaram o país e o seu desenvolvimento” e praticaram “uma política migratória irresponsável, sem regulação e sem controlo” – temas de reconhecida apetência da extrema-direita que o PSD tem procurado também empunhar.Alberto Núñez Feijóo, candidato único à liderança do PP, procura fazer aprovar uma moção de censura ao Governo de Pedro Sánchez, suportado no Congresso dos Deputados por uma complexa articulação de oito forças. O presidente do Governo espanhol, a braços com uma sucessão de casos no seio do PSOE, recusa o cenário de demissão.
Outra das acusações reservadas a António Costa, cuja eleição para a presidência do Conselho Europeu contou com o apoio oficial do primeiro Governo de Luís Montenegro, foi a de que os socialistas teriam enveredado por uma via de radicalização, acabando por promover “a fratura e a divisão”.
Os governos socialistas, ainda segundo Montenegro, teriam também “aumentado sistematicamente” a carga fiscal, degradado os serviços do Estado, quer em matéria de Educação, quer na Saúde, e concertado com a extrema-esquerda e a extrema-direita, “nos corredores da política”, a queda do Governo de PSD e CDS-PP.
“Mas o povo uniu forças nas ruas para nos legitimar e aprovou a moção que mais importa, a confiança do povo. Hoje estamos a reformar Portugal e não estamos no Governo para manter o poder a qualquer preço”, acentuou. Ana Romeu | Correspondente da RTP em Madrid
”Mudámos as regras de imigração, queremos mais segurança nas ruas, mais autoridade para a polícia, um sistema de justiça que funcione. Para nós, o Estado de direito, o respeito pelos direitos e pela lei, é o primeiro valor da democracia”, recitou o governante português.
“Se perdemos a base do Estado de Direito, perdemos o respeito do povo”.O líder laranja abordou ainda o caso da Spinumviva, recordando que, no momento em que foi questionada a sua idoneidade, submeteu à Assembleia da República uma moção de confiança. Isto sem nunca referir diretamente o quadro político espanhol e o abalo do PSOE, assolado por suspeitas de corrupção.
Num estender de mão ao congénere espanhol, Montenegro quis sustentar que o PP, assim como o PSD, “é o partido do povo”, ou ainda o “verdadeiro defensor do estado de bem-estar” e das “boas contas” públicas.
E mostrando-se convicto de que Núñez Feijóo acabará por formar governo, num momento pós-Sánchez, o primeiro-ministro português foi mesmo ao ponto de defender que tal desfecho seria melhor para a Península Ibérica.
Alberto Núñez Feijóo convocou o Congresso extraordinário deste fim de semana com base na ideia da preparação do PP para o término do Sanchismo. Eleito em 2022, o líder dos populares espanhóis venceu as legislativas de julho de 2023, mas não foi capaz de obter a maioria absoluta no Parlamento que lhe garantisse o poder executivo.
c/ agências
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