Marcelo só pondera recandidatura daqui a um ano

À saída do Hospital de Santa Cruz, onde foi submetido a um cateterismo cardíaco, o Presidente da República confessou sentir-me "muito melhor" depois da intervenção, mas remeteu para outubro do ano que vem a decisão sobre uma recandidatura. No entanto, não esconde que a saúde é um "fator positivo" para nova candidatura ao cargo.

RTP /
“Sinto-me verdadeiramente melhor do que me sentia ontem a esta hora”, confessou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à porta do hospital onde realizou um cateterismo que permitiu “com sucesso e sem complicações” tratar “obstruções coronárias importantes”. "Correu muitíssimo bem", garantiu o Presidente, entre elogios ao Serviço Nacional de Saúde e à equipa que o acompanhou no Hospital.

"É evidente que não escondo que é bom, mas é sobretudo bom para a minha saúde e para o desempenho deste mandato sentir-me melhor do que me sentia e ter outra qualidade de saúde e de vida que não tinha e não teria se não fosse a competência do SNS [Serviço Nacional de Saúde] e da equipa”, revelou o Presidente.

Numa entrevista no início do mês de outubro, Marcelo Rebelo de Sousa tinha feito depender a decisão de se recandidatar ao cargo do seu estado de Saúde. Questionado sobre se essa decisão estava agora tomada depois deste procedimento cirúrgico, o Presidente garantiu que isso só será ponderado daqui a um ano.

“Posso dizer que, tendo corrido bem esta cirurgia, e sendo a evolução seguinte positiva, isso é um fator positivo na ponderação que farei daqui a um ano, em outubro do ano que vem”, reforçou.

O Presidente da República deverá agora descansar depois destas 24 horas de internamento hospitalar, e prevê retomar a agenda normal no domingo ou na segunda-feira.

"Para a semana teremos a Web Summit, terei de me lançar outra vez a uma tarefa que está agora com a chegada do inverno ainda mais premente, que é a dos sem-abrigo, e logo a seguir terei uma visita de Estado a Itália e logo a seguir uma ida a Paris a convite da Academia Francesa" argumentou. "Para quinze dias, não é mau".
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